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Nick Mulvey faz única apresentação em São Paulo

Em agosto, o cantor e compositor inglês NICK MULVEY vem ao Brasil para única apresentação em São Paulo. O show acontecerá no dia 18 de agosto à meia noite (na virada do dia 18 para 19 de agosto) no Madrugada Cultural Tupi, no Tupi or Not Tupi, com entrada franca.

NICK MULVEY está em turnê de lançamento de seu novo álbum, Wake up Now, que tem lançamento previsto para 8 de setembro. E “Mountain to Move”, primeiro single do novo trabalho, foi lançado recentemente.

Sobre Nick Mulvey
Para Nick Mulvey e seu novo álbum Wake Up Now, as respostas são buscadas e encontradas no nosso interior. Ele diz: “Naturalmente, este álbum reflete tudo que tem acontecido na minha vida recentemente, como homem e como artista, tentando ser uma pessoa melhor. O mundo parece tão vazio de respeito pelo significado real da vida, pelo planeta e pela justiça social. Mas as sementes de esperança estão em todo lugar”. “Não estou falando que isso é simples”, ele conclui, “e eu posso estar tão perdido quanto qualquer um. Mas eu sei que existem mapas, e eu canto sobre eles”.

Você deve conhecer Mulvey, que saiu de sua banda Portico Quartet em 2011, por seu aclamado e premiado álbum de estreia de 2014, First Mind. O álbum que foi elogiado por sua combinação única de composições expressivas com tudo desde ritmos da África Ocidental até dissonância eletrônica. O álbum era tão complexo que requeria diversas audições para entender todas as suas camadas, mas também funcionava na rádio mainstream, se tornando frequente na Radio 1, onde suas complexidades não ofuscava sua popularidade melódica. Estimulando um senso sólido de groove, músicas como Cucurucu, Fever To The Form e a canção Meet Me There saíram do comum e trilharam uma estrada que seus colegas nunca fizeram. Aqui surgia um artista com um dom, que entregou um álbum desafiador e recompensador. O que você não sabe, principalmente porque foi mantido em segredo por baixo das letras do álbum, é que Nick estava imerso em uma jornada de autoquestionamento que continua até hoje.

Wake Up Now, seu marcante segundo álbum, ataca esta jornada de frente e traz estes temas à tona. A poderosa We Are Never Apart, escrita em resposta à crise do oleoduto de Dakota que passa por cima do território nativo-americano de Standing Rock (e o próprio governo pretende iniciar bem ali) foi escrita após o nascimento de seu filho e feita em um período de criatividade aguçada que se deu após se tornar pai. Transform Your Game é um groove fluido sobre se livrar do ego e a possibilidade de conexão ancestral aqui e agora, algo que Mulvey nos passa com um conselho que lhe foi dado: “Você terá tudo quando encontrar a grandeza na paz que não é sua”. Imogen, uma balada de guitarra elegante é sobre autoquestionamento e olhar para frente nesta era de “fim-dos-tempos” que vivemos.

“É fácil sentir um fim dos tempos no ar atualmente”, ele diz. “E me deixa louco pensar ‘e se estivermos vivendo o fim da nossa espécie?’ Nós raramente sabemos como pensar nisso, mas tudo muda quando você se abre para a ideia de que nós somos feitos principalmente de consciência, que há um aspecto nosso que é eterno. O que é este aspecto? O que é? Claro que é mais do que simplesmente saber intelectualmente…”

Wake Up Now é um álbum profundo, mas não é pesado e nem inacessível. Você pode ouvir toques do Graceland de Paul Simon na leveza e sofisticação das harmonias, algo de Caribou e Four Tet no eletrônico orgânico e até o espírito de Cat Stevens nos momentos mais reflexivos e acústicos. Além disso tem a qualidade de ser totalmente característico de Mulvey, mais provavelmente porque, pela primeira vez, ele está sendo o mais honesto possível sobre o que diz e como diz.

“No passado eu velava minhas letras com metáforas, mas quero ser mais claro agora. Minha ambição é ser simples, falar de modo claro, e ser entendido. Eu me escondia porque não estava pronto para tomar essa jornada nas minhas composições. Agora estou pronto. Eu percebi que é importante para artistas nesse momento serem corajosos e ousados”.

O processo do álbum começou no fim de 2015 quando Nick e sua esposa saíram de Londers para a vida rural de Wiltshire. Eles rapidamente descobriram que estavam esperando um bebê, e a composição de Mulvey acompanhou a gravidez.

“A paternidade iminente é um toque que claramente iria impactar minhas composições. Com minha esposa se preparando para o parto, eu senti um impulso de tomar conta de nosso lar, nossa casa, reunir as pessoas, deixar tudo pronto. E acho que esse impulso se estendeu além de nossa própria casa. Eu sentia responsabilidades em relação ao mundo que criamos, em que meu filho vai crescer. Eu sabia que seria impossível para mim escrever várias músicas que seriam inúteis, que não falavam sobre o que se passa no mundo”.

Os primeiros conselhos vieram de David Bowie em um sonho. “Eu lembro vividamente de um sonho que tive em que Bowie estava me dizendo onde colocar meus dedos na guitarra, me ensinando novos acordes para tocar. Você não vai discutir com ele, né? Eu achei que eu poderia tentar aqui e a música simplesmente se escreveu. Incrível!”

Ainda mais conselhos vieram de Brian Eno (em forma de sonho talvez, mas na vida real), com quem Mulvey passou dois dias em seu estúdio em Notting Hill em Março de 2016. “Brian plantou algumas sementes em minha mente. Ele me encorajou a questionar a tradição de mil jeitos, principalmente como cantor/compositor. Nós também falamos muito sobre construir uma comunidade ao redor de minha música”.

O conselho ecoou as intenções que Mulvey já tinha. “No começo do processo eu queria estar aberto e envolver meus amigos. Eu sei que seria mais divertido desse jeito, e eu sempre escrevia sozinho. Eu estava entediado com isso”. Alguns dos amigos com quem Mulvey colaboraria foram o músico, artista e professor Dean Broderick e o músico italiano Federico Bruno, um produtor e multi-instrumentista com um background em coro e Rock industrial. “Eu senti que quanto mais coragem eu tinha de me comprometer, colaboradores vinham até mim. Foi mágico”.

Mesmo com todo o apoio, no entanto, o processo não foi sempre fácil e muito de 2016 trouxe frustração e impaciência, com muita auto-crítica. “Não foi até o fim do ano e o nascimento do meu filho que todas as coisas musicais foram deixadas de lado enquanto eu apoiava minha esposa que paradoxalmente os desenvolvimentos artísticos começaram”. Com o álbum em segundo plano, Mulvey começou a ter as sacadas que dariam forma ao Wake Up Now. “Entre lavar lençois e fraldas eu comecei a entender o que fazer. Eu percebi que eu estava sendo um perfeccionista e que eu precisaria deixar minha criatividade mais livre. Eu vi que eu deveria gravar de um jeito muito ao vivo, com músicos tocando juntos em um círculo e que eu deveria aceitar todas as imperfeições. Eu vi que eu precisava trabalhar rápido e com espontaneidade”.

Agora que ele tinha um método, o plano veio rápido. O produtor Ethan Johns subiu à bordo e o estúdio Peter Gabriel Real World Studios foi alugado. John recrutou o engenheiro de som vencedor do Grammy Kevin Killen (logo após seu trabalho com Bowie em Black Star) e encorajou Mulvey a continuar a trabalhar em sua comunidade de amigos. Então, uma banda de estúdio se formou consistindo de Federico Bruno, o baterista Dan See, o baixista Nick Pini, Dean Brodrick e um trio de backing vocals – a esposa de Nick Isadora (com o bebê no berço ao lado), Fifi Dewey e Maddy Brodrick. John insistiu em usar o máximo das gravações ao vivo para capturar a pureza do momento e preservar o espírito vivo da música. Após a sessão inicial com Nick e Federico, foi papel do produtor e colaborador de longa data Dan Carey adicionar produções e eletrônicos. Em seu estúdio em Londres eles trabalharam em aperfeiçoar o álbum com equilíbrio entre orgânico e sintético. Carey acabou mixando o álbum também.

O resultado é um álbum que vibra com vitalidade e variedade, com temas de letras que falam de coração sobre o significado de estar vivo. Este álbum é belo em sua simplicidade, um antítodo para nossos tempos e, acima de tudo, profundamente musical.

Nick: “Wake Up Now é um álbum que eu sempre sonhei em fazer. Eu e a banda trabalhamos juntos em um jeito bem espontâneo, sem planejar muito, e deixando os arranjos acontecerem por si próprios.

Trabalhar deste jeito mantém o espírito vivo da música exatamente assim: vivo! Estou feliz que nos divertimos fazendo o álbum e isso fica claro”.

Nick Mulvey lançará seu novo álbum Wake Up Now no dia 8 de Setembro através da Fiction Records.

Ouça “Mountain to Move”:
https://umusicbrazil.lnk.to/MountainToMove

Mais informações:
www.nickmulveymusic.com

Serviço:
NICK MULVEY
Gratuito
Mais informações:
 www.tupiornottupi.net
Capacidade: 110 lugares
Classificação: 12 anos

TUPI OR NOT TUPI
Endereço:
 Rua Fidalga 360, Vila Madalena, tels. 3813-7404
Compra de ingressos pelo site: www.tupiornottupi.net
Classificação: 12 anos

Acesso a deficientes
Todos os cartões de crédito e de débito
Manobristas à porta

Sobre a Tupi or Not Tupi – O novo espaço, que iniciou suas atividades em março deste ano, chamado Tupi or not Tupi, trabalha em duas frentes: música no palco e pratos da cozinha brasileira nas mesas. A cozinha tem assinatura da chef Rafaela Homem de Melo.

A Tupi or not Tupi situa-se no coração da Vila Madalena. É uma casa construída na década de 1950, em um terreno de 500 metros quadrados, sem muros e com pequenos ambientes que levam a um salão principal com capacidade para 110 pessoas sentadas. Conta com projeto de design de Lee Dawkins, supervisão acústica de Clemente Zular e equipamentos do Estúdio Loop. A Tupi or not Tupi é hoje considerada uma das melhores acústicas para uma casa de shows na cidade de São Paulo.

Informações para a imprensa
Thaís Borges
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