Por Thiago Tavares
Em continuidade as comemorações aos 5 anos de existência, no último dia 03 de novembro, a gravadora e produtora de shows Abraxas trouxe para o Fabrique Club dois dos maiores representantes do rock psicodélico em atividade: Mars Red Sky e Earthless. Uma dupla que deu muito certo e agitou a galera que estava presente na casa.
Entretanto, para complementar a festa a produtora convocou uma atração brazuca para iniciar os trabalhos. Formado por Rodrigo Toscano (baixo), Alex Sheeny (guitarra) e Lucas Loureiro (bateria), a Psilocibina possui um álbum autointitulado e possui grandes influências do Stoner Rock, Psicodelismo e Kraut Rock Alemão. Diante do que foi apresentado no Fabrique, gostei bastante do repertório, onde traz técnica nos arranjos, nos quais o público fica em êxtase. É uma vertente do rock ainda pouco difundido no Brasil (formado por bandas brasileiras), porém o público que curte o estilo é bastante amplo acerca de grupos estrangeiros que veem ao Brasil ou mesmo que curtem através das plataformas digitais. Seguindo essa linha, a Psilocibina vem para marcar seu território, no qual este primeiro trabalho agrada bastante e tem muito futuro.
Em seguida, se apresentou o grupo que é mais conhecido pelo Stoner Rock, mas também conhecido pelo rock psicodélico, entretanto agressivo. O franceses do Mars Red Sky subiram ao palco e mostraram seu cartão de visitas ao público, que se aproximava mais ao palco para observar com mais atenção essa banda que com simplicidade e força em riffs pesados e elaborados. Formado por Julien Pras (guitarra,vocais), Jimmy Kinast (baixo,vocais) e Mathieau Gazeau (bateria), o grupo apresentou músicas do disco Apex III ( Praise For The Burning Soul) (2016), que convenhamos, trouxe um baixo mais pesado que qualquer outro estilo musical, mas não estragou a proposta dos caras em relação ao repertório.
E para encerrar a noite com chave de ouro, faltava a atração principal. Formada por Isaiah Mitchell (guitarra,vocais), Mario Rubalcaba (bateria) e Mike Eginton (baixo), o Earthless subiu ao palco do Fabrique Club para essa que seria sua primeira apresentação em terras brasileiras. Neste show em questão, a banda sofreu um desfalque: o baixista Mike Eginton teve um mal-estar durante a passagem da banda no México, onde quem substituiu foi o baixista do Psilocibina, Rodrigo Toscano. E a banda vem ao Brasil em um ritmo alucinante devido ao recente lançamento de Black Heaven e também do álbum ao vivo From the West, este sem previsão de lançamento no Brasil. Com fortes influências do jazz clássico, a banda mostrou toda sua versatilidade e técnica na execução de seu repertorio.
Aqui faço um destaque ao guitarrista Isaiah Mitchell, que saia de uma melodia básica com bastante facilidade, onde a galera ficava louca, mas voltava para a melodia principal para não prejudicar a cozinha. Era uma mistura de improvisação e devaneios, mas não que prejudicasse a banda por completo.
E por fim, deve-se destacar as rodas de mosh se formando ao som de Black Heaven, que agitou a galera e a execução de Uluru Rock e seus 20 minutos de rock psicodélico na cara do povo. Sem sombra de dúvidas, o show dos caras foi impecável no que se diz respeito a técnica, sonoridade e a versatilidade dos integrantes acerca da cozinha e também da técnica de Isaiah Mitchell. Um show que sem sombra de dúvidas, vale o ingresso com louvor.
O Ponto ZerØ agradece ao Erick Tedesco, da Tedesco Comunicação & Mídia pelo fornecimento da credencial ao evento.
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