Texto: Thiago Tavares
Fotos: Felipe Domingues
No último domingo, dia 20 de outubro, o Allianz Parque Hall recebeu a Nova Orquestra, onde apresentou um espetáculo sinfônico bastante desafiador para os fãs de rock dos anos 80: interpretar os maiores clássicos da lendária banda Led Zeppelin em arranjos de orquestra.

Formado por jovens com vasta experiência – com uma média de 25 anos -, o conjunto de músicos iniciou suas atividades recentemente, executando músicas de trilhas sonoras de videogames durante a Game XP no Rio de Janeiro, em junho deste ano e subiram degrau pós degrau. Em seguida, estiveram no Rock In Rio, na capital fluminense no concerto Hip Hop Hurricane ao lado de artistas do rap nacional como Rael, Rincon Sapiência, Baco Exu do Blues e Agir. Ou seja, esses jovens já tem história pra contar ao estarem em eventos de ampla importância.

Formado por cerca de 30 músicos e sob a regência do maestro Eder Paolozzi, apresentaram um repertório que agradou o público presente, onde a orquestra passeou principalmente pelos dois primeiros álbuns da banda inglesa: Led Zeppelin e Led Zeppelin II, ambos de 1969, álbuns esses que completam 50 anos em 2019.

Neste projeto, a orquestra elaborou arranjos instrumentais e sinfônicos para 15 músicas que marcaram grandemente a banda, de Whole Lotta Love a Since I’ve Been Loving You, passando por Black Dog, Dazed And Confused, D’yer Mak’er e, claro, Stairway To Heaven.

Assistindo o espetáculo no Allianz Parque Hall, é perceptível que a proposta da orquestra é clara: usar a juventude para inovar o estilo de se tocar em uma orquestra, quebrar o paradigma que usar violoncelo, um trombone ou violino é algo estritamente da música clássica e que não é adaptável aos demais gêneros musicais. E aqui deve-se se abrir parênteses a outros projetos e artistas que já vem entrando nessa onda de quebra de paradigmas como por exemplo a Orquestra Jazz Sinfônica Brasileira, que faz um mix de orquestra com músicas de diversos estilos, enfatizando a música brasileira.

Na Nova Orquestra, para se falar em Led Zeppelin, eles preparam aquela cozinha que não pode faltar em uma banda de rock: bateria, baixo e guitarra, que sem sombra de dúvidas, tornaram-se elementos obrigatórios ao espetáculo e que em determinados momentos, fizeram o público se levantar e curtir pra valer o show.

Na apresentação do último domingo lembrou literalmente uma apresentação de uma banda de rock: empolgação da galera na execução de clássicos como Dazed and Confused e No Quarter que foram cartas na maga do maestro para incentivar o público a cantar mais e mais, fazendo assim a difícil tarefa de substituir o eterno vocal da banda inglesa Robert Plant. Tá certo que é tarefa difícil substituir um vocal dessa magnitude, entretanto, a galera fez a sua parte a altura para enriquecer ainda mais o espetáculo.

Sem sombra de dúvidas, diante do espetáculo apresentado, a moçada tem um futuro brilhante com o propósito de popularizar a música clássica, misturando diversos gêneros musicais. E a caminhada deles não para por aí.

A Nova Orquestra possui agenda até 2021 com diversos compromissos. Dentre eles, dia 12 de dezembro, interpretando As Quatro Estações, de Vivaldi. Resta aguardar os próximos passos e que tragam mais projetos visando o rock e o metal. A nação agradece de antemão.

Nós do Ponto Zero, agradecemos a Marina Junqueira da área de Comunicação do Allianz Parque pelo fornecimento das credenciais ao evento.
LED ZEPPELIN IN CONCERT – NOVA ORQUESTRA – ALLIANZ PARQUE HALL – 20 DE OUTUBRO DE 2019
Whole Lotta Love
Stairway to Heaven
Black Dog
Rock and Roll
Kashmir
Good Times Bad Times
Babe I’m Gonna Leave You
Dazed and Confused
Communication Breakdown
D’yer Mak’er
The Song Remains the Same
No Quarter
Houses of the Holy
Immigrant Song
Since I’ve Been Loving You












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