Category Archives: Colunas

ESPECIAL: HALLOWEEN e DIA DO SACI

Por: Rodrigo Paulino

Cada ano a versão brasileira do tradicional “Dia das Bruxas” americano, ganha forças. Ontem mesmo eu estava no ponto de ônibus, vendo do outro lado de uma avenida movimentada, uma mulher e sua filhinha, as duas com um longo chapéu pontiagudo, o da mãe com estrelas e da filhinha todo feito de arame dourado. Ambas indo a uma festinha de amigos.

Como tudo começou? Tudo começou na Inglaterra com os celtas, nas ilhas bretãs nos anos 800 a.C. e 600 d.C., eles comemoravam o final do verão, numa festividade chamada Samhain, que também era uma homenagem aos mortos e à Deusa da Perfeição. Curiosamente, a banda We Are The Fallen possui uma musica com esse nome.

Para os cristãos, a data marcava o Dia dos Mortos, no México, até hoje se é comemorado com um grande festival para todos aqueles que já faleceram. Gosto muito de lembrar da música Welcome To The Black Parade, do My Chemical Romance, sempre que penso em dia dos mortos. O clipe tem uma estética bem interessante, mostrando uma marcha, uma parada dando boas vindas ao novo integrante daquele mundo.

Os católicos então tomaram o feriado por um outro ângulo, uma outra visão, tornando-o como o Dia de Todos Os Mártires, ou o Dia de Todos os Santos (All Hallow’s Eve), com todo o contexto virado àqueles que defenderam a sua fé. O Epica é uma banda que toca em assuntos relacionados a religião como um todo e até mesmo assuntos palpitantes com relação a liberdade de expressão. Bolando este parágrafo, pensei nessa música que fala sobre mártires e a liberdade de expressão, mas o que realmente gosto nela é o coro gregoriano cantando em latim no meio dela.

Atualmente, cada dia mais adaptado à nossa cultura, o Halloween ganha uma visão diferente: bruxas, múmias, zumbis, piratas, astronautas, políticos… Enfim, todos querem ser eles por uma noite (pasmem que alguns não precisam de máscaras para assustar). Com festa ou não, com pedidos de doces, com abóboras ou apenas na decoração das lojas no centro da cidade ou na sala de pilates da academia, estão presentes elementos como morceguinhos de papel, a abóbora, etc. Os caras do Helloween fizeram uma canção com um clipe em homenagem ao Halloween.

Existe uma musica do Nightwish, que sempre que a ouço, me remete muito às festas dessa época, ela cria um clima tão interessante para uma festa do gênero, Devil And The Deep Dark Ocean. Ainda na era Tarja, essa música era a preferida na rádio da escola durante os intervalos naquela semana e durante o baile que rolava na sexta a noite daquela semana, pediam ela também algumas vezes, era indispensável.

E AQUI NO BRASIL? Por aqui temos um dia a ser lembrado no nosso país, a cultura inglesa em alguns casos acabam meio que sobrepondo sua grandiosidade, no entanto, nesta data é comemorada o dia do Saci. Talvez alguns nem se lembrem mais da figura do menino negro, de apenas uma perna, geralmente nu, fumando um cachimbo e usando um gorro vermelho. Monteiro Lobato foi o primeiro a divulgar em sua literatura a presença do rapazinho que fazia todas as travessuras nos sítios: dar nós no rabo dos cavalos, trocar todos os temperos, enfim, um garoto muito arteiro (agradecendo aqui a todos meus professores de português, que sempre falavam do folclore nessa época na escola e me ajudaram nessa noite a lembrar de alguns detalhes do rapazinho). O Detonator e as Musas do Metal gravaram um clipe homenageando o Saci, com participação do João Gordo.

Enfim, nessa linha de folk, de folclore e outras coisas, queria encerrara matéria com uma canção que acabei conhecendo ano passado, de uma banda brasileira, que especialmente me tocou demais. A banda Kattah possui essa obra prima  de ouro, uma canção chamada Lapis Lazuli.

Forte abraço!

ESPECIAL: Dia das crianças

Por: Rodrigo Paulino

Algumas choronas, outras risonhas… Umas são tão dóceis enquanto outras são extremamente ariscas… Mas no fim, todas elas gostam de brincar, de rir, ganhar presentes (desde que não seja roupa) e podem garantir um tempo de muita diversão para seus familiares. Acho uma responsabilidade muito grande, atribuindo a elas o título de futuro da nação, uma vez que nós somos os responsáveis pelo futuro, elas apenas darão continuidade ao “modus operandi” que passarmos para elas quando deixarem de ser crianças.

Essa matéria, vou tratar de duas formas o tema: primeiro uma reflexão das crianças ao nosso redor e depois a forma que elas foram introduzidas em algumas músicas.

Em uma visão global, sabemos que estamos vivendo em uma época bem tensa no Oriente, não sabemos onde isso tudo vai culminar, ainda mais na visão política, tendo margem para um futuro incerto. Mas o que dizer daquelas crianças que perdem suas famílias, seu lar por conta da violência? Muitas são ensinadas a pegar em armas desdes pequenas, ver talvez seus vizinhos, por motivos ideológicos impostos ou até mesmo religioso como seus inimigos. A banda Orphaned Land, em seu último álbum, All Is One, tratou do assunto na faixa “Let the truce be know“. A mensagem do clipe é bem simples e objetiva, choca em cenas em que os garotos carregam armas, emociona a cena da praia e deixa reflexivo com a representação da morte em meio ao cenário de destruição. Confira:


“Levantamos nossas mãos e caminhamos
Verticalmente para nos movermos um em direção ao outro
Sem armas, sem morte entre nós
Os inimigos agora se tornaram irmãos”

Os direitos de todas as crianças muitas vezes podem não ser respeitados, isso é uma realidade constante no nosso país e em muitos outros. Acho interessante a reflexão que o Sonata Arctica fez em “I Have a right“. Acho interessante que até mesmo o abuso moral é uma temática no clipe que eles fizeram para a música, com desenhos que retratam essa realidade. A necessidade e direito de poderem e garantir algo sólido para acreditar. A letra dessa música é muito bela.


Me dê o direito de ser ouvido
De ser visto, de ser amado, de ser livre
De ser tudo que eu preciso, de ser eu
De estar seguro, de acreditar
Em algo

Agora ainda na vibe de direitos e entrando na área em que crianças mostram seu potencial na música, temos “We are the others“, do Delain, apesar da música ser uma espécie de homenagem à Sophie Lancaster, que foi brutalmente assassinada em 2007 por causa da forma que se vestia. No entanto, a banda decidiu usar um coral infantil na parte do refrão. Apesar de se tratar de um assunto não tão infantil, como o bullyng as crianças desde pequenas devem ter a consciência disso. É interessante que se pensarmos bem, essa música nos leva a meditar: “Quem é meu próximo? Amar o próximo como eu me amo? Sou eu o próximo?” É interessante meditar no fato de ser colocado um coral infantil, pois elas não ligam para aparência física de alguém. Certa ocasião, quando voltava da escola, um garotinho disse: “Mãe, fiz um novo amigo na escola, ele é muito legal!” a mãe perguntou: “Verdade? Ele é como? Moreno ou branco? Loiro ou moreno?” o garoto parou e disse: “Não reparei, ele é muito legal!” Será que todos nós não podemos aprender algo com as crianças? Cheque o vídeo da banda, com participações especiais de alguns cantores conhecidos como Sharon Den Adel e George Oosthoek:


Normal não é a norma
É apenas o uniforme
(Nós somos os outros)
Esqueça as normas
(Nós somos os outsiders)
Tire seu uniforme
(Nós somos os outros)
Nós somos bonitos
(Nós somos os outros)

Finalmente chegamos em algo que muitos consideraram o exagero de corais infantis: o álbum Imaginaerum dos finlandeses do Nightwish. Sem a pegada de “góticos leve do metal nórdico”, o último álbum com a vocalista Anette Olzon, foi um dos mais bem recebidos pelos fãs, pois possibilitou a todos que vessem o potencial máximo que a cantora podia alcançar. No entanto, elementos como instrumentos exóticos e até mesmo os corais infantis foram muito bem trabalhados. Temos uma grande participação dos corais em faixas como Storytime, Ghost River, Scaretale (essa dá medo), Rest Calm e no poema de Song Of Myself. Vale a pena também dar atenção ao filme (acabei de assistir pouco antes de revisar o texto) que é bem interessante a visão de como as relações entre pais e filhos afetam suas vidas, o longa contém uma trilha sonora própria, das músicas do álbum todas trabalhadas.


Uma curiosidade sobre essa música, o poema que é recitado no início dela, era cantado pelas crianças antes de dormir ou em cantigas de roda durante a grande praga na Europa. A letra desse poema é um tanto que… Sinistra.

O Therion, em Sitra Ahra, na canção Children of the Stone: After inquisition. A canção é toda estranha na letra, como tudo no Therion, mas trata-se do fim de uma era e seus remanescente nesse meio, que são nomeados aqui como as Crianças de Pedra.

Recentemente para um quadro de uma emissora, o Sepultura fez uma versão bem legal de um clássico brasileiro: Cirandinha. VAMOS TOCAR O TERROR NA CRIANÇADA! Brincadeira.

Espero que tenham gostado da matéria.

ESPECIAL: Memorial 11 de Setembro

Imagem da internet

Por: Rodrigo Paulino

Eram mais ou menos 11:30 quando liguei a TV, apos chegar em casa e começar a me arrumar para a escola, o Goku ia soltar um poder que todo mundo queria ver, todos estavam muito ansiosos com aquele capítulo do Dragon Ball. O dia era ensolarado, como o início da Primavera, então o Plantão entrou noticiando que um avião havia sido lançado em uma das Torres, das quais na época eu não fazia nem ideia do que eram, nos EUA e em alguns minutos outro avião se lançou também e eu dizia para minha mãe sobre o que estava acontecendo e ela ria dizendo que era um filme até ela testemunhar as torres caindo, ceifando milhares de vidas… Esse foi o cenário que eu vivenciei naquela data, talvez você se lembre do que ocorreu, onde estava, com quem e outros detalhes daquele dia que marcou a lembrança de muita gente.

O Epica, na época gravou a musica Facade Of Reality, onde utilizaram partes do pronunciamento do Primeiro Ministro britânico Tony Balir sobre os atentados.

“This mass terrorism is the new evil in our world today

For those people who lost their lives on 11 September

And those that mourn them

Now is the time for the strength to build that community

Let that be their memorial”

No mesmo ano, os caras do DreamTheater lançavam um álbum live que trazia o melhor aspecto da tour em seu lado teatral, na capa tínhamos a silhueta de Nova York cercada por chamas, notávamos na capa a presença da estátua da Liberdade e das Torres Gêmeas, coincidentemente, o álbum foi lançado 11/09/2001.

Com certeza temos uma musica pessoal para quando ocorrem coisas marcantes na nossa vida, ou talvez o fato de você ouvir uma musica num momento em que algo como o 11 de setembro ocorria, deve ter marcado.

ESPECIAL: DIA INTERNACIONAL DO ROCK

Por: Rodrigo Paulino

E estamos nessa data celebrando mais um ano de boa musica. Ótimo! Mas por que essa data? Pq 13 é from hell? NÃO! Tem uma história muito legal por trás dessa data.

A data foi escolhida em homenagem ao Live Aid, que foi um mega evento que rolou nessa data lá em 1985 e o ex vocalista do Genesis, Phil Collins, expressou que essa data fosse conhecida como o dia do rock, esse mega show contou com vozes do rock dos anos 80, como Paul McCartney, Mick Jagger, Keith Richards, Ronnie Wood, Elton John, Queen, U2, Bowie, entre outros.  O objetivo desse show era arrecadar dinheiro para combater a fome na Etiópia, o que realmente chamou a atenção foram os convidados: Black Sabbath, The Who, Sting, Scorpions, Dire Straits, Led Zeppelin entre outros.

A data também tem uma ligação com a origem do The Rolling Stones, que se deu uns anos mais cedo, em 1962.

Apesar do pedido do Phill Colins ter sido para ser lembrado, nos EUA a data se comemora no dia 9 de Julho, em homenagem ao American Bandstand, que é um programa que ajudou a popularizar o estilo por lá.

Infelizmente não achei um vídeo que tenha o show inteiro, sem interrupções, no entanto, achei um canal com pelo menos uns 59 vídeos daquele dia.

ESPECIAL: Dia dos namorados – Pra quem está acompanhado

Por: Rodrigo Paulino

COMO ASSIM O QUE EU TO FAZENDO? MEU… TU É MÓ CORTA BRISA… TÔ AQUI NO CENTRO PRA COMPRAR SEU PRESENTE, SEU IDIOTA… ACABOU DE ACABAR COM A SURPRESA… MEU COMO TU É CHATO!” foi com essa frase que me apercebi que dia 12 está aí… Dia de ir n’O Boticário comprar perfumes, cremes e passar naquela loja de chocolates, fazer aquela cestinha com um coração de pelúcia e receber um presente em troca com um caloroso “Te amo“. Isso, dia dos namorados.

Vai curtir juntinho? Venha nessa seleção breve que fizemos:

Aerosmith apesar do clima zoero, quando surge a oportunidade faz umas musicas bem interessantes com clipes bem bolados:

Numa pegada mais clássica, Shaaman marca com Fairytale:

Uma galera pra lá de romântica, são os caras do Lacrimosa… as letras deles, até o álbum Echos são sobre amores não resolvidos, com uma pegada trevótica….

Uma canção que vai fundo na alma é Behind Blue Eyes do Limp Bizkt

No álbum Imaginaerum, o Nightwish saiu com a belíssima e poética Slow, Love, Slow.

Alvo de crítica por colocarem um rapper na composição, mas uma letra formidável, temos And We Run, do Within Temptation:

E temos ainda In This Moment com Bloddy Creature Poster Girl:

Claro que tem muitas musicas que variam com o gosto de tu, amigo leitor, espero que seja de ajuda.

ESPECIAL: DIA DO NERD

Por: Rodrigo Paulino

Uma tendência que nos anos 80 era sinônimo de vergonha, falta de encontros, bullyng (na época era isso mas só hoje deram a atenção devida para a situação) e talvez um mundo que poucos conhecessem e entendessem. Por isso amigo ou amiga que usa camiseta xadrez, óculos gigantes, não penteia o cabelo e joga RPG ou assiste e quer loucamente um bonequinho de A Hora de Aventura, cheque o histórico de seu estilo. Mas vai além da roupa: o gosto por coisas do espaço, tempos medievais, RPGs, O Guia Do Mochileiro das Galáxias entre uma variedade bem grande de coisas entram nessa e claro, o metal não passa longe desses gostos.

A lenda do rock, Ronnie James Dio, pai da fantasia revestida de metal, respeitava por demais seus fãs, bem como Dungeons And Dragons, anteriormente, sua banda se chamava Elf, e depois passou a se chamar Black Sabbath, Dio também lançou álbuns com títulos bem, digamos… interessantes Magica, Killing The Dragon  e Master of the Moon. Na música que exibimos à seguir, vemos a seguinte letra: “High noon, oh, I’d sell my soul fo water, nine years worth of breakin’ my back, there’s no sun in the shadow of the wizard, see how he glides, why he’s lighter than air, oh! I see his face!”

Outra banda bem interessante que segue essa linha de elementos de RPG, são os caras do Unleash the Archers, a vocalista foge bem dos parâmetros do estilo de bandas do tipo uma vez que a maior parte das bandas dá um brilho maior para as cantoras ao estilo lírico, Brittney Hayes arrisca em algo mais orgânico e limpo. Eles estão para lançar um material novo ainda esse ano, existe um teaser com um clipe ao melhor estilo Mad Max que você confere neste link https://www.youtube.com/watch?v=9Mrl5l5zb0c. Gostaria de compartilhar com vocês, uma dos meus clipes favoritos da banda, com um contexto tão perfeito para pano de fundo de um RPG: General Of The Dark Army.

O pessoal do DragonForce (nome sugestivo, né pessoal?), também não deixa a desejar no quesito, unindo riffs rápidos, bateria insana e um vocal bem consistente, você chega a uma das músicas emblemáticas da banda: Through The Fire and Flames. Lembro-me de ter topado com eles enquanto jogava Guitar Hero, era a música de encerramento do jogo, e você apertava os botões correspondentes enquanto subiam os créditos. Confira:

O Van Canto é aquele tipo de banda bardo, não tem instrumentos, apenas uma bateria, o resto fica por conta das vozes, eles gravaram muitos covers de bandas como Sabaton, Mettalica, Ozzy etc, apenas com as vozes ao fundo. Para esse especial selecionei duas, porque essas duas musicas são perfeitas para o clima RPG. A primeira é Last Night Of The Kings:

A outra é um cover do Nightwish, vamos falar deles ainda neste especial, mas com outra canção, Van Canto fez cover de Wishmaster:

Temos os suecos do Sabaton, sua especialidade: cantar sobre guerras! Tem até uma música em homenagem aos combatentes  brasileiros que foram dar apoio ao exército italiano durante a segunda guerra  e ficaram conhecidos como cobras fumantes. Durante a guerra, 3 soldados se perderam do exército e caíram de frente com o pelotão alemão, insanos mandando eles baixarem as armas, os 3 não desanimaram, atiraram tudo o que podiam, desde todo o seu arsenal até mesmo pedras que encontravam no caminho, o primeiro deles morre com um tiro no peito, outro com um tiro no olho, já o terceiro permanece em fuga, até ser vitima de um tanque de guerra. Emocionante o relato dos 3 soldados brasileiros, que tiveram seus corpos enterrados e como lápide, feita pelos alemães, a inscrição “Drei Brasilianischen Helden” ou seja “Três Heróis Brasileiros”. O Brasil ajudou o exército italiano a obter vitória sobre o exército alemão. Recentemente, o exército brasileiro como gratidão à banda Sabaton, tocou Smoking Snakes (https://www.youtube.com/watch?v=231fzghbaNQ). Bom, fugi totalmente do contexto falando de Sabaton com vocês e essa homenagem, se curtiram a versão instrumental, procurem a original. Mas com essa pegada de nerdismo, vamos a musica que selecionei para o especial:

Chegamos ao Nightwish, apesar de ter muitas musicas que tratam de elementos de fantasia e RPG, acho que a que mais se aplica é Nightquest. Na mesma linha, podemos citar Elvenpath, que fala de grandes seres da literatura como Bilbo do lendário Tolkien, Wishmaster, já citado aqui, Beauty And The Beast e Slaying the dreamer.

Agora tenho mais duas indicações, uma delas são os caras do Blind Guardian, eles possuem uma infinidade de musicas com temas de RPGs, da literatura, inclusive um álbum inteiro baseado na obra de Tolkien, O Silmarilion, que conta os primeiros anos da Terra Média e é popularmente conhecido entre os fãs d’O Professor como a Bíblia de Tolkien.

E finalmente chegamos a um projeto novo, que teve início em 2012, com um time de peso, contando com Simone Simons, Mark Jansen, Dani Filth, Lindsay Schoolcraft, Charlotte Wessels, Mariangela Demurtas e Alissa White-Gluz, chamado Karmaflow, que contou com a contribuição dos fãs dos artistas numa campanha, teve um show gravado (futuramente lançado em DVD, assim como foi com Xystus) e um jogo para PC à venda na Steam. É um projeto muito ambicioso e muito interessante, as músicas lembram muito Final Fantasy. Confira:

Claro que temos uma pancada de sons que lembram o lado mais RPG do mundo nerd, as metal operas entre outras coisas, essa foi a minha lista de musicas. Nos vemos em um novo especial, forte abraço!

ESPECIAL: DIA DAS MÃES

Por: Rodrigo Paulino

Segundo domingo do mês de maio para muitos é uma data muito especial, para outros uma data emocionante na qual o coração impele a dar um presente para aquela que “te colocou no mundo e também tem o poder de te tirar dele” (minha mãe sempre me ala isso). SIM! Estamos falando das mães, aquela pessoa que sempre fala: “Você só vai dar valor pra mim depois que eu morrer!”, aquela que mesmo no dia de maior sol na sociedade, vira e fala: “Leva guarda-chuva e blusa, porque vai chover” e ainda assim, você não leva e volta molhado e resfriado para casa e ainda leva bronca dela por isso.

Em homenagem às nossas mães, nesse especial vamos falar de mulheres e músicas da temática maternidade ou o sentimento materno.

Para iniciar, temos um sucesso do fim dos anos 90, do Aerosmith, música tema do filme Armagedon: I Don’t Wanna Miss a Thing.

I don’t wanna miss one smile
I don’t wanna miss one kiss
Well, I just wanna be with you
Right here with you, just like this
I just wanna hold you close
Feel your heart so close to mine
And stay here in this moment
For all the rest of time

Apesar da música ter uma poética romântica, de um filme de catástrofe global onde mostra o conturbado relacionamento entre a filha e o pai, ela tem uma letra que resume aquele sentimento de mãe par filho.

Maria Brink, da banda In This Moment, também tem algumas músicas que ela dedicou a seu filho, de 19 anos a música Forever.

Forever starts today
Forever we will be
Forever’s every day
Forever faithfully

O pessoal da Cachorro Grande, famosos pelas letras simples, em uma de suas letras fala de alguém que capta a nossa essência. Quem nunca quando estava triste sentiu aquele abraço gostoso que apenas a mãe pode dar?

Os finlandeses do Nightwish gravaram a faixa Our Decades On The Sun, o que segundo eles,nos ensaios foi muito emocionante tocar essa música, pela carga emocional contida.

Mother
I am always close to you
I will be waiving every time you leave
Oh, I am you
The care, the love, the memories

Pitty no álbum Chiarosscuro, nos apresentou uma canção muito bonitinha e que apesar de ter sido composta numa fase tensa de sua vida, com relação a maternidade, foi uma canção com uma mensagem muito bela.

Essas são apenas algumas músicas que sugerimos, há uma infinidade delas, no entanto, o valor sempre deve ser dado, demonstrado e vivido. Espero vocês em um novo especial!

We are the story of one.

ESPECIAL: DIA DO PLANETA TERRA

Por: Rodrigo Paulino

Essa semana nosso Planeta teve o seu dia (eu não fazia a mínima idéia, para mim dia 22 era dia do Descobrimento do Brasil, mas ok, então: PARABÉNS BRASIL! PARABÉNS PLANETA!) daí me peguei tentando lembrar de algumas músicas do rock e do metal que falam do planeta… Eu conheço mais músicas de Metal Sinfônico, então vou falar bastante delas nesse texto. Vamos começar por aquela que diante dos fãs, é a banda que detém o título de Mãe-Terra:

Within Temptation:

O segundo álbum de estúdio entitulado Mother Earth contou com uma pegada de folk muito legal, entre elas tinha a épica Mother Earth, com direito a tudo: coral gregoriano, orquestra com estilo celta, agudos e até hoje é uma presença marcada nos shows, com até mesmo direito a dancinha da Sharon. Nessa musica, eles exploram bem as coisas que a Terra faz por nós, tudo o que ela pode nos dar e tirar, o ciclo da vida nela, todas as coisas. Durante um tempo, graças a esse álbum foi questionado a religião de Sharon Den Adel e cia, chegando a questionarem se eles eram Wicca, a banda nunca se manifestou sobre isso, o que cá entre nós, não levaria a nada, foi apenas uma curiosidade de fãs. Além de Mother Earth, o álbum continha a faixa Never-Endind Story, com uma pitada bem forte de folk semi acústico que trata da vida do planeta também, mas de maneira bem pessoal. Confira o tema Mother Earth abaixo (na minha opinião, um dos clipes mais bem feitos e bonitos):

After Forever:

Tempestade, trovão, furacão, terremoto, tsunami… Sim, estou falando dos vocais da Floor Jansen! Antes de ReVamp e Nightwish, Floor tinha uma banda com Mark Jansen do Epica, o After Forever. Até aí ok, muitos de vocês devem saber disso. Em seu álbum auto intitulado, continha a faixa Equally Destructive, que com toda a força, tanto da banda, quanto dos pulmões da Floor, ela cantou o que eu considero um marco na carreira da banda, tudo bem que é mais voltado para um lado de conscientização, mas é uma canção que sem dúvida é viciante, confira:

Epica:

Ainda na linha de proteção ao planeta azul, em uma parceria com a WWF, o Epica fez uma canção que foi lançada com o EP/single This is the time. É uma música mais no sentido do Folk também, não tem guitarra é lago beeeem leve, mas agrada quem curte as baladas da banda. O clipe tem uma sequencia de imagens de animais e locais que sofrem com a interferência do homem, com takes da Simone que, não sei se quis fazer a Mãe-Terra, mas termina com um “Piche” na cabeça… É estranho, mas é uma música muito bonita.

Queen:

Sobre as forças da natureza que regem nosso planeta, lá em 1975 o Queen lançava o álbum A Night At Opera, e apesar da faixa The Prophet’s Song estar recheada de menções bíblicas, a banda reconheceu nessa as forças da natureza que são maiores que as vontades dos homens.

Krypteria:

Ainda sobre as forças da natureza, a galera do Krypteria, lançou um clipe Liberatio lá em 2006, em uma homenagem às vítimas do tsunami que atingiu a Indonésia. A música é muito bonita, acompanhada de um coral clássico e a voz inconfundível da vocalista. Chega a emocionar.

Metallica:

Em versos super rápidos, o Metallica descreve as atrocidades que assolam o planeta e a luta do homem em busca da auto-gratificação. “Milhões de nossos anos / Em minutos desaparecem / Escurecendo em vão / A Decadência permanece.

Kamelot:

Falando em humanos, o Kamelot no álbum Ghost Opera fala um pouco da marca que os humanos deixam na terra, na sua interação com outros e o seu destino final. Eu considero este um dos marcos na carreira da banda com o Roy nos vocais. É uma musica bem pesada, mas sua mensagem é de fazer você parar para pensar. As cenas da banda que sempre curtiu usar um fundo verde para gravar seus clipes, são realmente interessantes, coisas do nosso dia a dia, que sempre fazemos.

Nightwish:

Para eles que na última semana de setembro se apresentam no Brasil, incluindo no Rock InRio para divulgar o novo álbum Endless Forms Most Beautiful, escolhi essa que representa a história desse mundão velho sem fronteiras (me senti meu pai falando agora). The Greatest Show On Earth é a canção mais longa da carreira da banda, com Floor Jansen no vocal junto com Mark e trechos do biólogo Richard Dawkins. A musica é longa, mas é linda, com o peso normal e da orquestra em dados momentos nos quais se você estiver com bons fones de ouvido, ligados em um volume bem alto, vai parecer que está sofrendo um ataque de tanto piscar (isso acontece comigo, sistema de defesa do corpo com barulhos bem altos e fortes. A musica se trata de uma visão sobre a origem do mundo e da vida nele. A primeira parte bem instrumental conta com um vocal lírico, a segunda parte já pega mais pesado com Floor falando sobre as leis que existem no mundo e não podemos ver, a parte 3 fala do homem, desde Lucy de Afar (aquele fóssil dado como o mais antigo já encontrado no planeta) até o homem descobrir suas armas e ambições, conta também com trechos mostrando a evolução da música, culminando com som do disparo de uma arma, terminando com Dawkins e o som das baleias cantando. Particularmente, me emociono muito com essa música, ela tem uma carga emocional muito forte. Confira uma gravação dessa musica de um dos primeiros shows dessa nova tour na Filadélfia, no dia 10/04/2015.

Bom galera, espero que vocês tenham apreciado essa lista. Sei que nem todo mundo pode gostar dessa seleção, no entanto, o tema é bem abrangente e deve haver muitos outros sons que estejam ligados. Logo teremos mais especiais. Um abraço a todos vocês.

PONTO ZERØ homenageia as mulheres do rock!

Por: Rodrigo Paulino

Conhecida como a “Rainha do Rock’n’Roll”, Janis Joplin foi um ícone dos anos 60 e uma referência para o Blues e o Soul da geração. Nascida no Texas, Janis era considerada a rebelde de sua geração, ao se mudar para San Francisco, participou da banda Big Brother & The Holding Company, lançando um álbum auto intitulado, em 1968 lançou Cheap Thrills, em 1969 o I Got Dem Ol’Kozmic Blues Again Mama! e, após sua morte por overdose em heroína, veio o Pearl, em 1971. A voz rouca da cantora e o estilo foi de inspiração para muitas outras jovens na época e ainda encanta muitas gerações.

https://www.youtube.com/watch?v=GoLn5hmZevs

Na década de 70, outra banda bem conhecida, foram as meninas do The Runways, apenas meninas na banda. Joan Jett teve a ideia inicial de criar a banda, comentou a ideia com a seu amigo Kim Fowley, que logo apresentou a baterista Sandy West, chamaram a baixista Micki Steele e a compositora Kari Krome. Em 75, estava formada a banda de garotas. Em 76 entrou a guitarrista Lita Ford e a cantora principal Cherrie Currie, lançando assim o primeiro álbum The Runaways e em 77 lançaram o Queens of Noise e infelizmente, em 78, depois de desacordos com empresário, gravadora e alguns desfalques na banda, elas gravaram um último álbum chamado “And Now… The Runaways”. A mensagem principal da banda sempre foi a de que mulheres podem fazer rock. Em 2010 rolou um filme sobre a banda.

https://www.youtube.com/watch?v=GvmIwhXe6rE

No anos 80, com a ascensão do heavy metal, uma banda possuía uma vocalista de voz rouca, aliás, vamos combinar que anos 80 uma série de cantoras de vozes potentes, como Bonie Tyler e Kim Carnes tinha como marco a voz rouca e forte. No entanto, vamos falar da belíssima Doro Pesch, vocalista da banda Warlock. Com o tempo, Warlock acabou e Doro permaneceu como a única membro original da banda, lançando assim sua própria banda, Doro Pesch. Fez inúmeras apresentações especiais com outras bandas como Hole Moses, cantou com UDO, Jorn Lande, apresentou um cover do Abba com Dirk Bach, gravou um dueto com o Twisted Sister no álbum A Twisted Christmas, aparece em Who I Am com Floor Jansen e atualmente cantou junto com Rafael Bittencourt no álbum Secret Garden, do Angra.

https://www.youtube.com/watch?v=GHT1sreYIho

Com a chegada dos anos 90, várias mulheres foram liderando bandas, sendo vocalistas e até mesmo formando suas próprias bandas, Nightwish, que apesar da explosão “Once” ter ocorrido apenas nos meados d 2005, existe desde o fim dos anos 90 com a vocalista Tarja Turunen e sua inconfundível voz, e apesar da demissão dela, seguiu em frente com Anette Olzon que fez participação com diversas bandas enquanto estava assumindo os vocais da banda e atualmente tem um projeto solo e sua sucessora, Floor Jansen que já participou de projetos como o Ayreon, era quem comandava o After Forever e ainda comanda o ReVamp.

O que dizer das nossas guerreiras brasileiras? Com mais de 50 anos apenas de carreira, Rita Lee passou por todos os gêneros, desde o rock psicodélico do qual Janis Joplin participou, o tropicalismo, pop rock, disco, new age e vários outros estilos. Participou da banda “Os Mutantes” e “Tutti Fruti”, trabalhou em rádio, televisão, estabeleceu parceiras, lançou 18 albuns de estúdio e 6 ao vivo. Pessoalmente amo as letras dela. Outro destaque foi Cassia Eller, que levou uma vida ao máximo, ela tinha muita presença de palco, era declaradamente uma interprete de todos os gêneros, e estava sempre envolvida em grandes projetos. No ano de 2001, Cassia teve 95 apresentações, gravou um acústico e apresentou um programa pela MTV ao lado de Rita Lee. No entanto, no mesmo ano, no dia 29 de dezembro ela faleceu de um infarto. Cassia possui 11 albuns lançados entre shows e de estúdio.

Não posso deixar de falar aqui, de uma mulher que muito me chama a atenção, pela atitude que ela tem, pela criatividade e pelo trabalho dela. Pitty, que sempre teve muito conteúdo em suas composições, apesar de já cantar em outras bandas, como a Inkoma e Shes, em 2003 sua banda foi uma das que mais venderam nos anos 2000, com uma temática filosófica, baseada em Admirável Mundo Novo de Aldous Huxley. Em 2005 tivemos o lançamento de Anacrônico, que ela intitulou ser meio auto biográfico. Em 2009 veio o Chiaroscuro, que considero um cd bem interessante pela proposta que a cantora quis oferecer aos ouvintes, com uma pitada aqui e acolá para o bolero. Em 2012 ela se aventurou em gravar Agridoce, um projeto folk, muito ousado e gostoso de se ouvir e no ano passado, ela lançou o Sete Vidas, mais diferente de todos os outros trabalhos, carregado emocionalmente, místico e muito divertido de se escutar. Apesar de grandes problemas pessoais, como a perda de um bebê e até mesmo quase morrer após uma infecção, nada disso fez a peteca cair.

São tantos nomes ainda para serem falados, tantas bandas para serem citadas, mamães que são cantoras como Simone Simons(Epica), apoiadoras de causas como Charlotte Wessels (Delain), ex-coelhinhas da Playboy como Butcher Babies e Huntress, pessoas que traçam um ideal e vão em frente, como Fernanda Hay (Overdrive) e meninas que “são colocadas para cantar” (isso é uma referência do que li num release feito pela banda) como Fabiana Santos (The Leprechaun) e até mesmo símbolos do feminismo como Christina Scabbia (Lacuna Coil) e Maria Brink( In This Moment).

Lugar de mulher é em casa!” me enche de raiva ouvir essa frase, todo lugar é lugar de mulher, seja em casa, em escritório, em lojas e até mesmo no intuito de montar uma banda, dia da mulher não é apenas dia 8 de março ano após ano, é todo dia!

A seguir, tem uma listinha básica com umas músicas de algumas moças citadas nesse especial.

http://www.youtube.com/playlist?list=PLmwL6dFjq5EImUpIMBKOe1TGH9wNZJ6Q1