O quarteto carioca Savant fechou com o renomado selo Voice Music, para o lançamento de seu novo álbum, “Savant Attack” – em CD, que será lançado entre o final de outubro e começo de novembro.
“Savant Attack” contará com 11 faixas, sendo que em uma delas, terá a participação de Fernanda Lira (Crypta) nos vocais.
O disco foi produzido, gravado, mixado e masterizado por Daniel Escobar que trabalhou com bandas como Azul Limão, Leather Leone, Forkill, Affront, Kaizen, Pombajira entre outros. “A ideia era conduzir a produção para um resultado mais orgânico, então optamos por realizar tudo da maneira mais tradicional possível, dentro das possibilidades financeiras eliminando por completo a utilização de samples e simuladores, optando por capturar as execuções mais cruas e mais próximas possíveis de uma execução ao vivo”, conta Daniel Escobar.
O processo de composição deu-se no período anterior à crise sanitária, onde Daniel residia. Com as guias prontas e anotações feitas, a banda foi para o estúdio AM no Grajaú, local esse onde Daniel trabalhava, e então, gravaram as baterias e a pré-produção para o que viria a ser o disco.
Durante a gravação, a ideia era entregar um resultado que demonstrasse força e garra. Eu fiz o possível pra entregar isso, especialmente por ser o primeiro disco que eu gravaria com a banda.
A dificuldade foi com o fato de eu ser novo no estilo, eu venho de um outro background e, além disso, gravar com o orçamento e o tempo que tínhamos disponíveis
O resultado foi algo que me deixou muito feliz, de verdade. Não apenas eu como todo o restante da banda colocou muito da gente nesse álbum e chegamos com ele na sonoridade que queríamos e com músicas que simplesmente não poderiam ter sido compostas por outra banda” – Felipe Saboia.
De posse das baterias gravadas voltaram ao home-studio Trenzalore de Daniel e gravaram as guitarras e baixo. Com alguns ‘contratempos’ como mudança na definição de timbres, após os instrumentos serem gravados, segundo Daniel; “Nós chegamos e dissemos; não vamos deixar para consertar nada na mix, o que tiver de ser decidido será decidido na gravação”. O trabalho se estendeu devido a regravações do baixo que por motivos timbrísticos foi refeito, após audição da obra. “O Antônio foi o único em que o timbre ‘bateu e ficou'”, se diverte Daniel. Daniel trocou de guitarra no meio do processo de captação pois percebeu que o timbre não estava chegando, e isso fez com que o material que fora gravado previamente precisasse ser regravado para garantir a uniformidade sonora com o que restava ainda para completar as músicas. “Tive que gravar o disco todo quatro vezes” (cada guitarra de cada guitarrista foi gravada duas vezes. A primeira para principal e a segunda para soma e abertura de harmonias) “Percebi que com a outra guitarra o timbre havia ‘chegado’, bem como ela chegou no momento certo. Então era para ser assim”. Depois das cordas gravadas, foi a vez de gravar os vocais de Antônio. Como o orçamento estava baixo, a solução foi adaptar o escritório de Antônio para absorção e refração do som, controlar a acústica e tal. Sem ar-condicionado, como nos estúdios dos anos 40, cada sessão foi uma tortura a parte, o que fez com que os sentimentos de revolta e raiva fossem captados em detalhes. Nada de muito especial foi utilizado, apenas feito da maneira tradicional, com microfones e fontes sonoras reais.
Depois das vozes captadas vieram os ‘reamps’. Processo em que se pega o sinal de linha da guitarra e se passa pelos amplificadores e caixas, microfonando-os e trazendo de volta para a música.
Com as músicas finalizadas e após uma audição coletiva detalhada a banda listou vocalistas que se encaixariam em contraste com o vocal de Antônio na faixa “Burden” Visions. Após um brainstorm, Daniel veio com a ideia em contactar Fernanda Lira para a missão.
“Já tinha ouvido ela cantar algumas frases melódicas limpas no instagram, e mentalmente somei ao que fazia no Crypta. Dessa forma, suspeitei que atenderia ao propósito, por se tratar de uma faixa de certa forma angustiante, melancólica e densa, que cresce para uma angústia externada na voz do Antônio.”
Na parte gráfica; “A capa foi assinada por Alex Genaro, e teve como arte-finalista Caio Mendonça, conhecido pelo seu trabalho com o Lacerated and Carbonized e Ereboros, que seguindo o clima, ambientou todo o encarte com base nas ideias da banda de remeter ao estilo dos quadrinhos, complementando a história do disco. “Sem o encarte a história fica incompleta. Uma espécie de liga, explicando além das letras o que cada música pretende dizer.” Complementa Daniel. Para a fotografia, foi eleito o músico/fotógrafo Felipe “Eregion”, bastante conhecido por seus trabalhos com Unearthly e Nadha.
Antônio Vargas também falou: “Esse CD é a síntese do significado de amizade, grupo, respeito, profissionalismo e talento. E tudo isso está expresso nas músicas. Esses caras abraçaram o projeto com amor, vestiram a camisa, absorveram a densidade das letras e arranjos, transformando tudo em música e energia. Esse álbum significa perseverança e resistência, pois a banda sobreviveu a inúmeras dificuldades pessoais, e a tudo que vivemos nos últimos 3 anos. O destino quis que fosse dessa forma, tudo como deve ser. Vamos parar por aqui? NUNCA, pois como disse na letra da faixa título do álbum “Persevarance is My Middle Name”. Leiam as letras e entendam as mensagens e fazendo analogia com o mundo atual. “Savant Attack” vai te pegar!” .
Frederico também completa: “No aspecto composicional, a banda quis fazer um Thrash mais trabalhado. O que não se tem ouvido ultimamente. A complexidade que se ouve nas músicas, foi proposital para mostrar o poder dessa formação. Do ponto lírico, a banda voltou um pouco ao disco “No Hope”, pois falam de coisas de um ponto de vista, que passa muitas vezes desapercebido pelas pessoas. Porém queríamos dar um recado que a banda vai pra cima e botar pra FoD#&#&# em ‘Savant Attack'”.
“Não se trata de um disco conceitual, pois, no disco anterior (“Serial Killer’s Tale”) já havia explorado esta ideia, e como se trata de um primeiro material ‘full’ composto por esta formação, naturalmente as influencias, não somente musicais, mas em termos de percepção tanto da vida quanto da música, ainda estavam em fase de equalização. Pode-se dizer que em um dado momento de composição, as músicas ganharam personalidades próprias extrapolando o interior individual e chegando a uma unidade sem pertencer a um contexto restritivo imposto por um conceito único”, diz Daniel Escobar.
Por não se tratar de um álbum conceitual é, de certa forma uma maneira mais direta de apresentar ideias que têm um cerne complexo. Em uma primeira audição, o significado é o mais direto o possível, mas ao ouvir pela terceira ou quarta vez, as entrelinhas começam a se revelar. Óbvio que isso é inerente a cada ouvinte e sua experiência com ambiente em que vive.
No dia 22/10 o Savant se apresentará no ‘Campo Grande Extreme Metal’ (Av. Cesário de Mello, 1069, Campo Grande, RJ), ao lado das bandas Innocence and Lost e Nadha. O show terá inicio às 19h, e os ingressos custam R$10 (antecipado) e R$20 (no dia).
Veja o tracklist de “Savant Attack”:
01- Savant Attack
02 – One Step To Madness
03 – Stacked Time
04 – Dark Fate
05 – Unveil Your Face
06 – Rejected Prophecy
07 – Bruden Visions
08 – Walk Alone
09 – Build Your Future
10 – Before And After (Roads)
11- Cyber Script(ures)
Até que lancem “Savant Attack”, a discografia da banda contava com os álbuns “No Hope” (2007) e “Serial Killers Tale’s” (2017) – além dos EP’s, “Portrait Of Reality” (1999) e “Evidence Elimination” (2004).
A formação do Savant traz Antonio Vargas (guitarra e vocal), Daniel Escobar (guitarra), Frederico Lima (baixo) e Felipe Saboia (bateria).
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