RESENHA: BLIND GUARDIAN – BEYOND THE RED MIRROR

Por: Rodrigo Paulino

The Ninth Wave, a primeira faixa longa do álbum começa com um longo coral de arrepiar e um instrumental animal, dando entrada a voz e a presença da banda, com guitarras cadenciadas, felizmente é daquelas músicas que simplesmente te arrepiam na primeira ouvida, a presença da orquestra dá o acabamento perfeito, a variação entre os vocais e o coral são hipnotizantes. O refrão da música chega a ser ima explosão, é muito bonito, num dado momento, perto do final da musica, fica apenas no coral, sinta-se no céu. Twilight of the Gods, começa com guitarras muito presentes, o fatos orquestral antes presente em peso dá espaço para o lado power metal, a voz mais pesada, no entanto é muito bem arranjada essa faixa, o solo funciona muito bem e não é algo enjoativo. É uma música frenética do início ao fim. Prophecies já muda totalmente o contexto, no seu inicio, chegando a lembrar um pouco músicas do Queen, no entanto, ela retorna o peso para o álbum, as guitarras cadenciadas no meio da música junto com a voz são delirantes, o solo nessa música parece ser meio “perdido”, mas ele é muito bem elaborado, um deleite para os ouvidos, vale um destaque que essa faixa é muito versátil, ela começa tranquila, fica pesada e retorna para seu fim, como uma cavalgada e termina com os backing vocals.

At Edge Of Time possui toda uma atmosfera sinfônica, com guitarras lentas e bateria tranquila, mas a voz fala muito, ela ganha força, é uma faixa muito gostosa de se ouvir, logo após um “empurrãozinho” da orquestra, os metais ganham presença e a musica ganha mais vida e mais peso, o resultado pode ser até mesmo que você sorria enquanto ouve, por se deparar com algo tão belo, a orquestra faz você sentir que está diante de algo extraordinário. É uma canção tão teatral e ao mesmo tempo tão empolgante. O solo está misto com orquestra e as duas coisas se unindo para ser uma coisa só, se completando nesse instante garante uma certa ‘magia’ na música, você se convence de que essa deveria fazer parte de uma trilha sonora de um filme épico. Ashes of eternity já é mais pesada, com riffs, vocal mais pesado e bateria bem ao estilo power metal, no entanto, com a presença de corais em determinados momentos, parece que você é levado ao céu, ou aquela sensação de estar acima das nuvens, é uma canção que varia muito no estilo dela, apesar de bateria se manter no mesmo ritmo, a musica pela sua estrutura em seu decorrer surpreende. The Holy Grail é outra música de bastante peso, essa realmente começa já com peso, ao melhor estilo de power metal, bangeadores bangearão.

The throne, não sei o que me lembrou Batman, deve ser a orquestra, mas logo ela se acelera, engraçado que a música é muito rápida e possui um dos solos mais brilhantes do álbum que ouvi até agora, com a orquestra em segundo plano, o final da canção vira um duelo entre o backing vocal e a voz de fronte. Sacred Mind possui uma atmosfera interessante, é uma das músicas mais tranquilas, instrumentalmente falando, mas tem um dos vocais mais pesados, num ponto a musica fica toda cadenciada, desde a instrumentação até a voz, até ela engrenar e ficar muito sombria, uma discussão entre o bem e o mal, o solo é enlouquecedor, muito bem trebalhado. Miracle Machine é a baladinha do álbum: piano e voz, essa faixa me lembra as músicas de Final Fantasy, de personagens que morrem no decorrer da história. Piadas à parte, é uma faixa muito interessante, muito bonita e bem bolada, chega a lembrar os rocks dos anos 80 em alguns momentos, mas é linda.

Grand Parade é uma porrada! Começa com todo o peso, mas ele parece dissolver como areias ao vento, iniciando com até mesmo um vocal mais leve, quando o front man decide aparecer, ele eleva a musica, novamente temos um espetáculo teatral, corais, orquestra épica que alguns momentos parecem os acordes de Piratas do Caribe, no entanto, a musica ganha altura e alça grandes voos, é uma pérola essa canção. Essa é a segunda canção mais longa do álbum, ela oferece um espetáculo aos ouvidos na orquestra.

Minhas impressões sobre esse álbum? É um excelente álbum de metal sifônico/power metal, sem dúvida alguma! Muito bem preparado e muito bem orquestrado, sem frescuras e muito gostoso de se ouvir.

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