Por Thiago Tavares
No último dia 26 de maio, o SESC deu continuidade ao projeto Música Extrema trazendo ao palco da Comedoria bandas do gênero rock e heavy metal e neste dia, tudo conspirava para que o local recebesse um público menor devido ao estouro da greve dos caminhoneiros, onde vem atrapalhando a vida dos brasileiros nos últimos dias. Eu disse conspirava, pois, a força da cena do heavy metal nacional falou mais alto e o público compareceu, em suas devidas expectativas, para o show de umas das bandas de heavy metal/progressivo de maior reconhecimento na região de Belo Horizonte (MG).
Fundada em 1983, a banda lançou o seu primeiro trabalho em 1985 com uma das lendas do heavy metal nacional: Sepultura intitulado Século XX/Bestial Devastation. Depois deste pontapé de respeito para iniciar a história da banda, começaram a rolar os shows e turnês Brasil a fora, com participações do próprio Sepultura em sua primeira tour. Entre idas e vindas, paradas e retomadas nestes 35 anos, em 2017, a banda voltou com tudo, realizando shows e relembrando os principais sucessos, e o SESC claro, aproveitou o embalo dessa galera para chamar e tocar o terror na unidade do Belenzinho.
A banda Overdose subiu ao palco pontualmente as 21:30, trazendo consigo um repertório de nada mais nada menos que 35 anos de carreira, onde uma parcela dessa trajetória foi devidamente apresentada a galera.
Atualmente formado por Cláudio David (guitarra), Pedro Amorim “Bozó” (vocal), Sérgio Cichovicz (guitarra), Bernardo Gosaric (baixo) e Heitor Silva (bateria), o Overdose iniciou os trabalhos executando a introdução The Front do álbum Scars de 1995, uma introdução que gosto bastante com diversas batidas diversificadas, algo que lembra elementos da música brasileira, o que é legal, onde não se foge das raízes sem perder a devida sonoridade.
Em seguida, emplacaram dois clássicos do álbum Progress of Decadence para agitar a galera: Rio, Samba e Porrada no Morro e Street Law, músicas essas também com elementos e ritmos brasileiros e tribais que foram inclusos no Trash Metal, principalmente em sua parte percussiva.
Logo após, apareceram no set as duas primeiras faixas do álbum Scars: My Rage e Manipulated Reality, músicas essas comemoradas pelo público presente.
Durante os intervalos entre as músicas, o vocalista Bozó fazia piadas, tirava um sarro, fazendo caras e bocas para o público, com o mineirês arrastado em seu sotaque, mas teve momentos em teve a hora de falar sério, agradecendo as pessoas que estavam presentes, mesmo com todos os problemas de deslocamento que a galera teve para chegar ao SESC Belenzinho.
Após essa interação com o púbico, o show deu continuidade com How to Pray do álbum Scars, sem sombra de dúvidas uma das melhores do álbum e a execução ao vivo foi fora do comum. Logo após foram executadas três músicas do álbum Progress of Decadence, músicas essas que tem por destaque seus riffs inconfundíveis, onde no show em questão, o trabalho do Cichovicz e do David foi sensacional em músicas que exigiam maior destaques nesses riffs.
Com o show perto do fim, o povo aclamava por mais clássicos, que fossem executadas músicas dos primeiros álbuns, ainda dos anos 80. Enfim, para não decepcionar os fãs, os pedidos foram prontamente atendidos. A primeira foi Anjos do Apocalipse do álbum Século XX. E por fim, foi tocada Última Estela do álbum …Conscience… onde a galera foi ao delírio e cantou junto com a banda, afim de encerrar a participação com chave de ouro.
Em nome do Ponto ZerØ, agradecemos a Jaqueline Guerra da assessoria de imprensa do SESC Belenzinho pelo fornecimento das credenciais.
SETLIST – OVERDOSE – SESC BELENZINHO
The Front
Rio, Samba e Caju
Street Law
My Rage
Zombie Factory
Manipulated Reality
How to Pray
Faithfull Death
Progress
Anjos
Última Estrela
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