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RESENHA: ERIDANUS – HELLTHERAPY

Por: Rodrigo Paulino

Aquele momento que você volta aos anos 90, veste a roupa de universitário, joga um kilo de farinha na cara e se joga como professor Tibúrcio do seriado Cultural Ra-Tim-Bum!: Eridanus é uma constelação do hemisfério celestial sul, o “sol” dessa constelação se chama Eri… e é o nome da banda da qual vamos tratar nessa resenha.

A introdução é meio freak, uma voz fake de enfermeira com um paciente, hora da terapia… É divertido a pacas, o instrumental com teclado é bacana demais, cria uma atmosfera do que exatamente esperar desse álbum.

HellTherapy abre o álbum com baterias agressivas junto com as guitarras, o vocal é muito bom, com sustenidos e vibratos muito bem aplicados, corais ao estilo de folk metal nórdico. Riffs muito interessantes também, em momentos que a bateria para, esse foi colocado ai pra ser apreciado. O som da banda lembra metal old school mas o acabamento dela é moderno. Essa música é de bangear. Daí damos entrada para “Addicted Man”, se faz presente um pianinho bem maníaco, riffs desfilando e guitarra bem presente com o crescimento da música, o teclado novamente faz a parte de uma orquestra, assim como grande parte das músicas do estilo prog power metal, o solo é muito bem arranjado e estrategicamente posto com uma bateria rítmica, os gritos do rapaz são bem potentes… a única coisa que não me agradou foi o fim, a música não tem fim… só o fade…

Fell in lust” é aquela música que já começa com tudo, essa música muito me agradou, o ritmo dela deixa a música fluir tão bem… Sem falar que em um dado momento, a música deslancha de forma que se fechar os olhos, você faz a Leila Lopes e sente tudo girar, girar e girar… Algo nessa musica me lembrou uma das últimas aberturas que o Charlie Brown Junior fez pra Malhação. Entramos então numa música com um ar tão mágico que nossa, pausei, voltei, um coral de igreja, e então: “My Mistake”, uma balada muito poderosa, ela engrena, é algo que eu esperei quando li que a banda fazia musica lenta com estilo de coisas dos anos 80, o estilo da música é demais. Imagino um clipe pra essa música, sem brincadeira (a banda ai, se precisar de ideias para roteiros…) amei o fim dela.

Set it on fire começa tranquilinha, mas então, as guitarras dominam, fica tudo tão tenso e intenso, o refrão é bem legal, gruda com uma certa facilidade, vai ficar o resto do álbum com o “Set it on fire…” em mente. É uma música bem elaborada também, digna de clipe, tem um dos solos mais poderosos que ouvi até agora nesse álbum. “Wind” começa com o vento soprando, teclado bem presente tilintintante e bateria e guitarra, é uma música que revela algo mais, melódico… O vocal mais leve, ainda que intenso, com as guitarras acompanhando de maneira magistral.

Echoes of My Heart”, senti ouvindo uma balada dos ingleses do Queen, apenas o piano e voz, é uma música tão simpática e bonita, que os apaixonados vão sorrir, logo vai aparecer a bateria de leve, o que fará você mexer a cabeça de um lado pro outro, a música ganha poder com as guitarras no refrão e volta tudo ao normal. Gosto de músicas assim, depois temos as guitarras fazendo uma leve aparição aqui e acolá, muito bonito, muito épico ainda mais com esse solo. Música na medida certa, muito boa mesmo.

FUGA, FUGA, FUGAAAA! Correria, e as guitarras com a bateria tocando o terror! Esse é o início de “Welcome to my Paradise”, mais uma música de clipe… Para finalizar o álbum com categoria, vocal agressivo e carregado, uma coisa que achei legal em todo o álbum, é a versatilidade do vocalista, ele passa do 0-100 rapidinho. Novamente aparece um coral bem irado no decorrer da música, então ela desacelera e engrena de novo ao que era antes mas agora dando espaço para um solo, boas-vindas ao paraíso e uma explosão…

Tracklist:
1 – Time for medication
2 – HellTherapy
3 – Addicted man
4 – Fell in lust
5 – My mistakes
6 – Set it on fire
7 – Wind
8 – Echoes of my heart
9 – Welcome to my paradise