Encontro das Tribos: O Festival Multicultural que Agitou São Paulo

Trap, rap, reggae e rock unidos em dois dias de música intensa no Anhembi.

Texto: Lucas Alves
Fotos: Mariana Melo

Nos dias 06 e 07 de Maio, em pleno outono em São Paulo, aconteceu no Anhembi o 21° Encontro das Tribos, edição Circus.

Edição essa que recebeu grandes nomes das cenas, trap, rap, reggae e uma pitada de rock, em  meio a imensidão do Anhembi, foram colocados 2 palcos grandes dividido por um palhaço bem no meio, para colocar a plateia imersa no tema. Contando com telões de cada lado dos palcos, para que todos pudessem ver sem problemas, foi dada a largada no sábado dia 06.

Dia esse recheado de muito trap e reggae, que teve em seu LINE: Shaodree, Lourena, Tasha & Tracie, Teto, Cabelinho, 3030, Steel Pulse, Armandinho, Glória Groove, Felipe Ret, Orochi e fechando a noite Matuê e WizKhalifa.

Dando uma volta no tempo e com esse peso no line, temos nos palcos grandes sucessos como: Little Love do Cabelinho, Corte Americano do Felipe Ret, Conexões da Máfia do Matuê, Ser You Again do WizKhalifa e vários outros hits.

3030| Foto: Mariana Melo

Do lado do Trap, Teto, Cabelinho, Felipe Ret e Matuê foram os nomes em destaque, cada um com seu show e suas peculiaridades, desde aproveitamento do palco como Teto e Cabelinho que usaram e abusaram dos efeitos, passando pela empatia de Felipe Ret que parou seu show por uns instantes para ajudar uma pessoa da plateia, até a entrada empolgante do Matuê e a sincronia com os efeitos em suas músicas e o carinho com público.

Matuê| Foto: Mariana Melo

Um dos nomes aguardados da noite pela plateia era o Orochi, que teve uma das piores performance da noite e considerado o pior show do dia, com seus 40 minutos de atraso e com uma passagem rápida pelo palco, que acabou com um pedido de desculpas no escuro e seu Autotune ainda ligado, o que levou a quase não ser entendido.

Orochi| Foto: Mariana Melo

Mas, mesmo com isso, a plateia não desanimou nem um pouco, que teve um encerramento do dia maravilhoso com Matuê e WizKhalifa entregando tudo e muito mais.

Do lado do reggae não tivemos reclamações, com o Steel Pulse que deu o melhor do reggae internacional e 3030 e Armandinho o melhor do reggae nacional, que levou a plateia a contemplar um belo por do sol regado de muito reggae.

Steel Pulse | Foto: Mariana Melo

Já no domingo, vamos do trap sendo marca registrada no sábado, para o Rap, um público diferente, mas com a mesma animação. Porém já começamos com uma notícia que deixou boa parte da plateia bem triste, Pitty não iria tocar pois estava doente, mas tirando essa triste notícia, o público seguiu animado e com um belo LINE de peso: Cidade Verde, Alma Djem, Hungria, Mato Seco, Dezarie, Chase Atlântic, Planet Hemp, Racionais MC’s e Ice Cube.

Do lado do reggae tivemos Cidade Verde e Mato seco, entregando o melhor do reggae nacional e com clássicos como: Navegantes da Ilusão do Mato Seco. E do lado internacional tivemos a tão esperada Dezarie com um reggae de tirar o fôlego.

Mato Seco | Foto: Mariana Melo

Do lado do Rap, tivemos o começo com Hungria, que foi muito atencioso com a plateia e a fã sortuda que ganhou um presente no aniversário.

Chase Atlantic que é uma banda australiana de rock que chamou muito a atenção e deixou muita gente intrigada, eles fazem uma música com uma característica bem única, misturando diversos estilos como pop rock, new wave e trap. Depois de uma rápida pesquisa, vi que a banda foi fundada em 2014, e podemos presenciar o grande fã clube que chegou cedo, ocupou boa parte da grade da pista premium e se entregaram ao máximo ao show do começo ao fim.

Chase Atlantic | Foto: Mariana Melo

E por fim as 4 últimas bandas e tão esperadas pela plateia.

Planet Hemp, que mesclou em seu set os clássicos e as músicas novas, abriu as únicas rosas de Mosh do festival inteiro e lembrou o do nosso eterno Chorão, que completava 10 anos de sua partida. Deixando a plateia em pura animação e saudade. Logo após tivemos ele, Marcelo Falcão, que não decepcionou em nada a plateia, com músicas da sua nova jornada solo e da banda O Rappa, que deixou ainda mais empolgados quem estava presente, Marcelo Falcão deixou a plateia pronta para as duas últimas e tão esperadas bandas.

Planet Hemp | Foto: Mariana Melo

Racionais MC’s com seu rap “da velha guarda” que de velho não tem nada e que dispensa apresentação e tiveram uma das entradas mais bonitas do evento inteiro, cantando vários clássicos que deixou a plateia completamente maravilhada e muita gente emocionada.

Racionais MCs | Foto: Mariana Melo

E antes da entrada do Ice Cube, Mano Brown falou sobre a importância do Rapper na carreira dos Racionais e deu vários conselhos pra quem estava presente.

E sem muita enrolação, Ice Cube entrou no palco, para encerrar a noite e o 21° Encontro das Tribos, cantando seus clássicos e deixando qualquer pessoa da plateia emocionada, Ice Cube além dos clássicos, ainda tocou músicas do N.A.W sua antiga banda e graças aos fãs que pediram muito, cantou fora do set Fuck the Police, o que fez com a noite de domingo acabasse de com o gosto de quero mais.

O Encontro das Tribos teve em seu total 5 atrações internacionais e 18 atrações nacionais, reuniu um mar de gente nos 2 dias e deixou a pessoa que vós escreve e que nunca tinha ido em nenhuma outra edição com um gosto de: Até Ano que vem né?

Em nome do Ponto Zero, agradecemos a Fernanda Burzaca da TAGA Comunicação Estratégica por darmos a oportunidade de fazer a cobertura do festival. Muito obrigado!

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