ENTREVISTA : PROJECT 46

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Tivemos o prazer de bater um papo com a banda Project 46 , onde descobrimos quem substituirá o Rafael Yamada no baixo provisoriamente, a expectativa de se apresentar no Maximus Music Festival  , falaram sobre o cenário Underground/Metal , futuro da banda , planos da banda e deixaram um recado para as novas bandas.

O novo álbum sai esse ano?
Esse ano não, estamos no meio do processo criativo, muitas ideias, estamos bem inspirados, queremos aproveitar ao máximo esse momento, é poder vir com o nosso melhor já no começo de 2017.

Tem planos de gravarem um DVD?
Temos planos sim de gravar um DVD, mas não queremos fazer qualquer DVD, e talvez não no formato comum, hoje ninguém para pra ver um DVD inteiro, é mais raro, o conteúdo tem que ser muito interessante todo tempo, mas com certeza documentaremos essa história que temos o prazer de viver, lugares onde passamos e as pessoas incríveis que conhecemos.

A banda participou do Rock in Rio , Monsters e mais festivais estão chegando, qual a expectativa da banda para se apresentar no Maximus e no Epica Metal Fest?
Gostamos muito de tocar festivais, pelo motivo de estar junto com muitas bandas e públicos diferentes. É uma experiência e tanto, aprendemos muito e conhecemos muita gente, nos sentimos bem em palcos grande, e gostamos de situações como essas que podemos mostrar a banda para possíveis futuros fãs, e onde os fãs tem chance de ver um show grande do Project46, a banda é boa se for boa ao vivo, acreditamos que o show é a hora da verdade, ou te emociona ou não.

O Rafael Yamada alem de ser um talentoso baixista , era backing vocal , com a saída dele somente o Jean ficará nesse posto?
Não, temos o Vini que canta e possivelmente o próximo baixista. Estamos procurando nos desenvolver mais nessa parte, hoje vemos mais o quanto a voz é mais importante que outros instrumentos para que a mensagem que queremos passar siga adiante.

A agenda da banda esta cheia , e com a saída do Rafael Yamada algumas apresentações serão com algum baixista convidado?

Convidamos nosso amigo e colega de profissão Baffo Neto para fazer os shows de substituto até escolhermos o próximo baixista, somos muito grato a ele por topar fazer esses shows conosco.

Todos farão as audições para a escolha do novo baixista ou serão pessoas contratadas?
Mesmo se fosse contratados teríamos que fazer algum tipo de audição, é fundamental sentir com o baixo se encaixa no nosso som, depois de escolhido alguns vídeos faremos ensaios para poder sentir como isso vai acontecer.

Vini Castellari como foi a participação na musica dormência da banda Ponto Nulo no Céu no novo álbum deles?

Vini Castellari – Foi uma experiência muito interessante, somos amigos a anos, já havíamos tocado juntos muitas vezes , porém compor é algo que necessita imergir na atmosfera musical da banda. Fiquei lisonjeado com o convite e o resultado foi bastante satisfatório, consegui deixar um pouco da minha marca sem descaracterizar o som dos caras. Ficamos muito satisfeitos com o resultado.

Jean Patton sobre o Defiance Brothers podemos esperar além de homenagens aos ícones do metal como foi o 1° vídeo gravado com som dos mestres do Pantera um Ep , CD , sons autorais? Qual a finalidade desse projeto?

O projeto ainda está em sua fase inicial, não sabemos o que será dele daqui pra frente e onde isso pode chegar, mas a princípio estamos nos divertindo, fazendo um som juntos, tocando músicas dos mestres que gostamos, mas talvez possamos fazer algum show em comemoração quando tivermos um repertório maior de homenagens. Podem esperar mais sons porrada pela frente!

Como a banda analisa o cenário nacional nesse atual momento?
Estamos em um momento delicado, sofrendo consequências da crise e da política na qual se valoriza mais o aparelho que toca a música do que a música, muitas pessoas em volta da música trabalhando, mas a música em si, desvalorizada, o dinheiro que você paga pra ouvir música vai cada vez menos pro músico. A primeira coisa a ser cortada no orçamento é o entretenimento, e estamos em um país que não valoriza a cultura, o dólar caro dificulta o acesso a instrumentos bons, mas nada melhor que a criatividade para vencer todas essas dificuldades, e gente que gosta de música pesada é o que não falta, mesmo sem espaço na mídia mainstream, o trabalho e a criatividade são o melhor remédio.

Muitas bandas novas se espelham em vocês, qual o recado de vocês para essas bandas?

Acredite no seu desejo é sonho, e trabalhe por ele, não deixe nenhum chance para ele dar errado, ter banda é todo dia e não de fim de semana, não crie argumentos para não fazer, errar é parte do acerto, Thomas Edson, não errou tantas vezes antes, apenas descobriu muitas maneiras de não fazer a lâmpada, e valorize a mensagem e não o mensageiro.
Obrigado pelo espaço e pela atenção, obrigado a todos os nossos fãs e quem nos valoriza.
Grato

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