Texto e Fotos: Felipe Domingues
Terça-feira, 31 de outubro de 2017, noite fria na cidade de São Paulo, um clima bem propicio para bruxas, lobisomens e vampiros, já que se tratava de Halloween. A festa estava marcada para acontecer no Espaço das Américas e a atração principal não eram seres místicos e sim uma das maiores bandas de metal do mundo, o Megadeth.
Por volta das 20h:30 a festa teve início com o VIMIC, banda norte-americana de heavy metal que conta com o ex-baterista do Slipknot, Joey Jordison, que acompanhado de Kalen Chase (vocal), Kyle Konkiel (baixo), Jed Simon e Steve Marshall (guitarras) e Matt Tarach (teclado), aqueceu o público com o show de pré-lançamento do seu primeiro álbum intitulado de Open Your Omen, que será lançado no início de 2018.
Jordison é um show à parte, sua pegada monstruosa na bateria animou a todos, mas toda banda merece ser destacada, os dois guitarristas também mostraram muita técnica, o baixista Konkiel junto com Tarach, tecladista, que por vezes se aventurou na guitarra, completam a cozinha com o carismático vocalista Kalen Chase, seu vocal rasgado e agudo casa perfeitamente com as músicas, na minha opinião “Fail Me (My Temple)” tem tudo para se tornar um grande clássico do metal mundial.
Era chegada a hora de uma aula de metal, o Megadeth veio ao Brasil para divulgar Dystopia, quinto álbum da banda, premiado com o Grammy 2017 de melhor performance de Heavy Metal. No palco, 34 anos de história e muita qualidade musical.
Dave Mustaine, e seus companheiros de banda, Kiko Loureiro, David Ellefson e Dirk Verbeuren, deram início ao show com “Hangar 18” do álbum Rust in Peace de 1990, já dava para ter ideia do que estava por vir, um início matador, demonstrando muita qualidade técnica e uma ótima presença de palco.
Vale destacar o retorno aos palcos brasileiros de Kiko Loureiro, o guitarrista já está bem adaptado a banda e estava bem à vontade no palco e executou com maestria todas as músicas, não é à toa que é considerado um dos melhores guitarristas do mundo. Um setlist recheado de grandes clássicos como, “Trust”, “Symphony Of Destruction”, “Peace Sells” e “A Tout Le Monde” cantada em uníssono pelo público.
Do novo álbum tocaram apenas “The Threat Is Real” e “Dystopia” faixa título, destaque para o baterista Dirk Verbeuren, que fez a sua primeira passagem por palcos brasileiros e David Ellefson que está na banda desde 1983 e dispensa comentários. É impressionante a performance e presença de palco do “tiozão” de 56 anos, o cara parece um garoto executando os difíceis riffs das músicas do Mega e ainda fazendo os vocais.
Outro grande destaque do show foi a execução de “Mechanix”, música da demo No Life ‘til Leather do Metallica, lançada em 1982, época em que Mustaine ainda fazia parte da banda e depois passou a se chamar The For Horseman, lançada no Kill ‘Em All. Para finalizar a grande noite, a clássica “Holy Wars… The Punishment Due”. Não é por menos que o Megadeth arrasta multidões por todos os lugares que passa, afinal são muitos anos de estrada com fãs espalhados pelos quatro cantos do mundo. Nos agradecimentos, Mustaine prometeu retornar em breve. Oh yeah yeah!
Agradecemos a Mainstream Concerts e a Fabiana Villela da Talento Comunicação pelo credenciamento ao Ponto ZerØ. Até a próxima…
Hangar 18
The Threat Is Real
Wake Up Dead
In My Darkest Hour
Trust
Take No Prisoners
Sweating Bullets
She-Wolf
Skin o’ My Teeth
A Tout Le Monde
Tornado of Souls
Dystopia
Symphony of Destruction
Mechanix
Peace Sells
Bis:
Holy Wars… The Punishment Due
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