Por Thiago Tavares
No último dia 07 de Julho aconteceu no templo do rock, o Manifesto Bar em São Paulo mais um show em dose dupla com bandas brasileiras. E é claro que o Ponto Zero não poderia deixar batido ou mesmo deixar em branco, ainda mais colocando em evidencia bandas de ótimo calibre e que com certeza podem desbravar esse mundo e mostrar a essência do metal brasileiro.
Coincidentemente no dia em questão acontecia a final da Copa América. Mas é claro que não havia dúvidas da minha parte em dispensar o jogo e apreciar uma porradaria de qualidade para começar a semana com o pé direito.
Cheguei a casa em cima da hora, uma vez que o metrô não estava ajudando devido a obras de melhoria em determinadas linhas. Entretanto, foi possível ver o início da banda de abertura, na qual já conhecia pelas redes sociais, porém, teria que ver ao vivo, pois não é a mesma coisa para dar um justo parecer, tem que estar in loco e observar tudo.
Formada por Naimi Stephanie (vocal), Alexis Nunes (bateria), Will Lopes (guitarra), Edy Silva (baixo) e Gabriel Bernardes (teclado) originária de São José dos Campos, interior de São Paulo, a Brightstorm tem como proposta músicas do gênero gothic metal, estilo esse que tem poucos representantes brasileiros, onde a banda abraça o estilo, sem se importar com questões de mercado, mas sim pelo devido reconhecimento do público que compra seus álbuns, merchandising ou que acompanham em suas mídias sociais, onde sou suspeito de conhecer a banda através do Facebook e do Instagram e esse reconhecimento não só do público brasileiro mas de diversos fãs pelo mundo.
Influenciados por bandas de renome internacional como Épica, Nightwish, Epica, Delain, Tristania, Lacuna Coil e Evanescence, o grupo se apresentou por mais ou menos por meia hora para aquecer o público para a atração principal, onde tocaram músicas do único álbum intitulado Through the Gates de 2017.
Sob minha visão, gostei bastante da apresentação da banda, no qual poderia até se estender por mais tempo. Esperamos que em 2018, o grupo venha com um álbum de inéditas e que possam fazer mais shows pela capital paulista. Quem esteve presente, gostou do que viu, principalmente a pessoa que vos escreve.
Uma pausa de mais ou menos meia-hora, uma espiada no jogo feio do Brasil para saber o placar e também apreciar as relíquias que estão expostas nas paredes do Manifesto, um artigo mais emblemático que o outro, onde quem nunca foi, vale a pena conferir.
Após a pausa, vem a apresentação principal da noite. A galera começou a aparecer e apreciar a volta de uma banda que há muito tempo não se apresentava no Brasil, porém, por motivos até que óbvios em proporção a qualidade apresentada pelo último trabalho.
Formada por Dani Nolden (Vocal), Raphael Mattos (Guitarra), Magnus Rosén (Baixo) e Fabio Buitvidas (Bateria), a Shadowside, fundada em Santos, litoral de São Paulo realizou uma apresentação arrebatadora no qual priorizou o último trabalho intitulado Shades Of Humanity e também relembrou sucessos dos últimos trabalhos, agradando bastante o público presente. Praticamente, a banda tinha por obrigação voltar a fazer shows em terras brasileiras, uma vez que este último disco rendeu uma turnê bem-sucedida pelos Estados Unidos.
Deve-se destacar o entrosamento da banda com a galera. Todos entrosados, descontraídos com uma performance impecável. Também deve-se citar a desenvoltura do sueco Magnus Rosén que fazia sua primeira aparição com a banda no Brasil. Mesmo ele não dizendo nenhuma palavra em português, foi a simpatia em pessoa, sempre interagindo com o público, como se ele estivesse fazendo um show para familiares ou até amigos mais próximos.
Outro momento bacana do show foi quando Dani Nolden chamou ao palco Bill Shadow, ex-guitarrista da banda para assistir a performance de Vampire Hunter do álbum Theatre of Shadows de 2005.
A cereja do bolo para encerrar os trabalhos ficou com a execução do clássico Hearts On Fire, do Hammerfall onde agradou bastante quem testemunhou um show bem empolgante, para cima e que com certeza deu um gás para a banda fazer mais e mais shows no Brasil, pois sem sombra de dúvidas Shades Of Humanity consolidou a banda no cenário do heavy metal nacional. Agora, só basta os contratantes começaram a lotar a agenda da Shadowside pois realmente não ficaram devendo e haverá muito trabalho pela frente.
Em nome do Ponto Zero, agradecemos ao Douglas Jen, da Fúria Music Produções pelo credenciamento a cobertura do show.
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