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Lo Fi comemora 10 anos no tradicional Festival DoSol 2018

Power trio lança playlist no Spotify com músicas de todos os 11 registros e de bandas que são influência e parceiras – Crédito: Andrew Bailey

Uma pausa na gravação do 12º álbum da carreira de uma década para voar de São José dos Campos a Natal, onde o Lo Fi se apresenta no dia 25 de novembro na edição 2018 do Festival DoSol. O evento deste ano acontece em dois dias, e o power trio do está escalado no domingo, 25, quando também tocam Camarones Orquestra GuitarrísticaHueyDamn YouthMolho NegroFacada, entre outros nomes da nova safra do rock independente nacional.

O show no DoSol seria o lançamento dos singles Trouble e Magic boy, porém, os tumultos da vida adulta fez com que tudo se atrasasse e os singles será lançado mais pra frente, normal.

Apesar de todos os problemas, o show no Festival Dosol não deixa de ser a oportunidade da banda comemora os 10 anos de história. Em uma década de existência a banda Lo-Fi deixou muito claro uma evolução musical em todos os seus 11 lançamentos. O que no primeiro disco parecia ser uma simples banda de punk com limites declarados, hoje demonstra maturidade, escancara diversas influências de rock e música americana.

Tocando muito por aí e ensaiando mais ainda, fica fácil para a banda externalizar suas influências, ainda mais com produção autoral intensa. O engraçado de hoje é que a banda ‘brinca’ com a ideia que esta tocando rock regressivo, já que ama King Crimson mas não teve a oportunidade de estudo como a de Robert Fripp, mesmo que na certidão de nascimento esteja escrito que o pai da banda é o hardcore.

Letras que claramente são muito simples remetem com objetividade a caminhos mais humanos, sinceros, completamente esquecidos pela superficialidade dos dias de hoje, completamente descompassados com a realidade de aparência em fotos, mídias sociais e termômetros de likes. Quem gosta de Lo-Fi não pode ter preconceito, tem que gostar de sinceridade, aceitar a realidade e ter coração aberto”.

PLAYLIST NO SPOTIFY – Para marcar os 10 frenéticos anos, o Lo Fi criou uma playlist no Spotify – chamada Love songs, dirty punk and regressive rock and roll – que repassa toda a carreria, com músicas de todas as eras, intercaladas com músicas de bandas que a influenciou ou daquelas com que dividiram patifarias e trabalhos ao longo dos anos. Tem Leptospirose, Orgasmo de Porco, We suck as a band, The Muddy Brothers, e outras. Confira aqui: https://open.spotify.com/user/12163921624/playlist/54t0fdgO4eNHoMyQ6aF2Wf?si=jz_wvm7RT6q8xPdflwIYvA

Lo Fi dia 25/11 no Festival DoSol
Evento: https://www.facebook.com/events/1244116615691387/
Data: 25 de novembro de 2018
Horário: 16h30 no Palco DoSol Sessions
Local: Beach Club
Endereço: Via Costeira Sen. Dinarte Medeiros Mariz, 4197 – Via Costeira, Natal
Ingressos antecipados:
www.sympla.com.br/festivaldosol2018 ou nas lojas Chilli Beans Natal Shopping e Midway

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Huey lança novo single, Pei!

Música estará no próximo disco, Ma, que será lançado no início de 2018 – Foto: Amanda Mont’Alvão

O amadurecimento profissional e os meses ocupados com minuciosos processos de composição e gravação de todas as músicas que irão compor o segundo disco, Ma, são agora compartilhados pelo Huey com o lançamento do primeiro single, “Pei”, uma instigante e complexa faixa que acentua o rock instrumental da banda paulista. “Pei” já disponível para streaming e download gratuito em https://hueyband.bandcamp.com.  

O single estreou com exclusividade na última segunda-feira, 27, no programa Heavy Pero No Mucho, o principal especializado em música alternativa do país que é comandado por Thiago Deejay na 89 Rádio Rock. Em breve, o Huey disponibilizará o videoclipe de “Pei” e o álbum Ma, previsto para sair nos primeiros meses de 2018, será lançado pela conceituada Sinewave Label.

“Pei” reforça a proposta do Huey em mesclar diferentes sonoridades, mas sempre explosivas e impactantes. Neste novo single, o instrumental é progressivo, tem groove e peso, contém passagens introspectivas e flerta até mesmo com batidas eletrônicas. Assim como todas as demais músicas de Ma, foi gravada no Family Mob, em São Paulo, por Steve Evetts e Hugo Silva, e masterizado por Alan Douches. 

O guitarrista Vina explica a relação deste primeiro single com o conceito do álbum. “Ma é a representação de que o silêncio é tão importante quanto o que a gente quer transmitir. Dentro disso, a música ‘Pei’ pode ser, antes de qualquer coisa, uma expressão para aquilo que a gente muitas vezes não encontra palavras para significar. Vai além do verbete ou classificação comum. É mais forte e representa bem o momento que a gente está vivendo”.

Capa do single “Pei”

HUEY – RELEASE DA BANDA

Música com arranque. Tal qual um motor potente, o som do Huey, de São Paulo, parte do silêncio para o assombro, o agressivo e, por que não, o claustrofóbico. As várias facetas do barulho são rasgadas em asperezas, em curvas e em ruídos oferecidos sem censura, para que possamos generosamente vivenciar, passo a passo, um crescendo de peso que, sem aviso prévio, se desdobra em uma suavidade repentina, fraseada em uma guitarra. O alívio coroa, então, o sufoco. Mas não por muito tempo, já que estamos falando de uma sonoridade passional.

É que no Huey, não há espaço para véus. As camadas de som são expostas, orgânicas, e econômicas nos efeitos. A combustão provocada pelas três guitarras de Vina, Dane e Minoru, com o baixo de Vellozo e a bateria de Rato, não ocorre em quatro paredes, mas sim, diante de nossos olhos. Ao vivo, sem maquiagem, com a vulnerabilidade convertida em força.

Desde 2010, o Huey vem catalisando as paixões de seus integrantes em canções que nascem das experiências e sensações vividas em uma metrópole de intensidades cotidianas. Em termos de sonoridade, falamos de um metal instrumental construído sobre inspirações diárias e executado com catarse. Parece forjado em um calabouço, mas é o pleno exercício sonoro da liberdade. É alto, dramático e assertivo, sem meias palavras. Na verdade, à margem delas.

Na ausência do que poderia ser dito, aguarde braçadas violentas na bateria e graves imponentes no baixo. Das três guitarras, jamais espere timidez ou contenção: elas virão distorcidas, aceleradas e declaradamente expressivas. É esse o extrato sonoro verificado no disco “Ace” (2014); no EP “¡Qué no me chingues wey!”(2010), e no single Por Detrás de Los Ojos (2012).

No Huey estão presentes influências seminais da música contemporânea, mas sem compromisso com a temporalidade.  O quinteto costura, consciente e inconscientemente, os arrepios na espinha provocados pelos anos de Black Sabbath, Metallica, Led Zeppelin, Pelican, Russian Circles, Queens of the Stone Age, Deftones, Sonic Youth, Faith no More e Sepultura, apenas para citar alguns.

O tumulto aos ouvidos, portanto, está garantido. As palavras estão aqui, e vão embora após cumprirem sua pretensão descritiva. Elas deixam apenas uma pista: aumente o volume.

HUEY:
Dane El
Minoru
Rato
Vellozo
Vina

DISCOGRAFIA:

Ma (LP, 2017)
Produzido por Huey e Steve Evetts
Gravado no Family Mob Studios por Steve Evetts

Assistente de gravação – Hugo Silva
Mixado por Steve Evetts e masterizado por Alan Douches
Arte por Fábio Cristo

Ace (Sinewave, LP, 2014)
Produzido por Huey e Aaron Harris (Isis/Palms)
Gravado no Palmquist Studios – Infrasonic Sound (Los Angeles/CA) por Aaron Harris
Mixado por Aaron Harris e masterizado por Chris Common
Arte por Danilo Kato

Valsa de Dois Toques (Sinewave, single, 2014)
Produzido por Huey e Aaron Harris (Isis/Palms)
Gravado no Palmquist Studios – Infrasonic Sound (Los Angeles/CA) por Aaron Harris
Mixado por Aaron Harris
Masterizado por Chris Common 

Por Detrás de Los Ojos (Sinewave, single, 2012)
Gravado no Estúdio 12 Dólares

¡Que no me chingues wey! (Sinewave, EP, 2010)
Gravado por Bernardo Pacheco no estúdio Fábrica de Sonhos