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Viper: 25 anos depois do lançamento no Japão, ‘Vipera Sapiens’ sai finalmente no Brasil

Álbum foi gravado durante as sessões de ‘Evolution’ e lançado apenas no Japão para promover a turnê do VIPER no país. ‘Vipera Sapiens’ é um dos lançamentos mais aguardados da história do heavy metal brasileiro

Um dos álbuns mais aguardados pelos fãs de heavy metal chega finalmente ao mercado brasileiro: ‘Vipera Sapiens’, do VIPER. O álbum foi lançado no Japão em 1993 para promover a turnê da banda brasileira no país.

‘Vipera Sapiens’ foi gravado durante as sessões do álbum ‘Evolution’ na Alemanha, em 1992. Ao todo, o VIPER gravou 15 canções compostas no mesmo período, que mais tarde foram divididas entre o ‘Evolution’ e ‘Vipera Sapiens’. ‘Vipera Sapiens’ foi lançado no Japão como EP, com 6 músicas: ‘Acid Heart’, ‘Silent Enemy’, ‘Crime’, ‘Wasted Again’, ‘Killing World’, e ‘The Spreading Soul (Acoustic Version)’. A versão brasileira, que chega às lojas em mais um lançamento do selo Wikimetal, traz diversos extras e 15 músicas ao todo.

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Além do repertório original, há versões demo de todas as canções e demos de canções como ‘Dance of Madness’ e ‘Pictures of Hate’, do álbum ‘Evolution’. ‘Vipera Sapiens’ termina com uma música inédita do Viper, a vinheta instrumental ‘Amaury’. A formação do VIPER no ‘Vipera Sapiens’: Pit Passarell (baixo e vocal), Felipe Machado e Yves Passarell (guitarras) e Renato Graccia (bateria). O álbum foi produzido por Charlie Bauerfeind, o mesmo de ‘Evolution’.

Por que ‘Vipera Sapiens’ demorou tanto para sair no Brasil? “Na época foi um lançamento exclusivo para o Japão e por isso a gravadora acabou optando por lançar apenas lá. No Brasil não havia a cultura de lançar mini-álbuns e por isso fomos deixando o ‘Vipera’ de lado. Agora, como estamos relançando toda a discografia do VIPER em versões digipack, com muitos extras e fotos inéditas, acabou chegando a hora”, explica o guitarrista Felipe Machado.

A série de relançamentos do VIPER pelo Wikimetal inclui os álbuns de estúdio ‘Soldiers of Sunrise’, ‘Theatre of Fate’, ‘Evolution’ e ‘Vipera Sapiens’, além do CD/DVD ao vivo ‘To Live Again – VIPER Live in São Paulo’.

As gravações que deram origem ao EP ‘Vipera Sapiens’ foram as mesmas que deram origem ao álbum ‘Evolution’. O VIPER gravou a bateria no Union Studios, em Munique, as guitarras, baixo e vocais no Tommy Newton Studio, em Hannover, e a mixagem foi no Chateau du Pope, em Hamburgo.

“O ‘Vipera Sapiens’ não apenas um apêndice do ‘Evolution’, mas uma espécie de irmão mais novo. Sim, porque ao chegar na Alemanha e discutir o assunto com o produtor Charlie Bauerfeind, descobrimos que seria demais colocar 15 músicas em um álbum só. De qualquer maneira, fomos em frente e gravamos todas com os mesmos instrumentos, a mesma vontade, a mesma emoção”, afirma Machado.

E como decidir quais entrariam no ‘Evolution’ e quais seriam lançadas depois, no ‘Vipera Sapiens’? “Foi uma escolha difícil. Não, não escolhemos as melhores para o ‘Evolution’ e as piores para o ‘Vipera Sapiens’ – até porque todas as músicas eram excelentes. Era, no entanto, preciso haver um equilíbrio, porque, segundo o Charlie, seria péssimo para a carreira da banda fazer dois lançamentos com qualidade diferente”, afirma o guitarrista.

As canções do ‘Vipera Sapiens’

‘Acid Heart’, uma das melhores do repertório, foi escolhida para abrir o EP, mesmo embora tenha sido composta na mesma leva de ‘Rebel Maniac’ e ‘Pictures of Hate’, que acabaram no ‘Evolution’. A banda também escolheu uma do Yves para o ‘Evolution’ (‘Dead Light’), outra para o ‘Vipera Sapiens’, ‘Silent Enemy’.

‘Crime’ é uma das canções com mais histórias da carreira do Viper. Composta pelo Pit e o Yves, ela não tem muito a ver com o resto do repertório. Mas a banda sempre teve um carinho especial por ela. Foi composta ainda na época do Andre Matos, e há inclusive versões ao vivo cantadas por ele. Chegaram a gravá-la durante as sessões do álbum ‘Theatre of Fate’, mas o produtor Roy Rowland achou que ela destoava muito do resto do repertório e ‘Crime’ foi deixada de lado. Acabaram resgatando a canção para entrar no ‘Evolution’, mas ela também era tão diferente do resto que foi parar no ‘Vipera Sapiens’.

Gravaram também uma versão diferente para a música ‘Wasted’, por sugestão do produtor Charlie Bauerfeind. Ele achava que ‘Wasted’ poderia ser um single, mas era muito longa: então a banda fez uma versão mais curta e batizou de ‘Wasted Again’.

Além de uma versão apenas acústica de ‘The Spreading Soul’, ‘Vipera Sapiens’ tem também outra composição incrível do Pit Passarell: ‘Killing World’. Acabou não entrando no ‘Evolution’ porque o Pit gravou o vocal dela sozinho, em Hamburgo, durante as sessões de mixagem.

O álbum termina com uma música instrumental chamada ‘Amaury’. É apenas uma vinheta de um minuto, mas que traz uma amostra da felicidade e do bom humor de quatro garotos que estavam prestes a realizar seu sonho e gravar no exterior pela primeira vez.

VIPER
VIPERA SAPIENS

1. Acid Heart (3:17)
2. Silent Enemy (3:59)
3. Crime (4:07)
4. Wasted Again (3:22)
5. Killing World (3:29)
6. The Spreading Soul – Acoustic Version (4:48)

BONUS TRACKS

7. Wasted – DEMO (4:33)
8. Pictures of Hate – DEMO (4:27)
9. Dance of Madness – DEMO (4:34)
10. The Spreading Soul – DEMO (4:24)
11. Acid Heart – DEMO (3:04)
12. Silent Enemy – DEMO (3:47)
13. Crime – DEMO (3:53)
14. Killing World – DEMO (3:07)
15. Amaury – DEMO (1:00)

Links relacionados:
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