Por Tiago Nascimento
Fotos Felipe Domingues
Não sei se existe ansiedade por despedidas, mas eu estava mais do que ansioso para o sábado dia 20 de outubro, pois iria me despedir do Matanza, que é uma banda que curto muito, além da expectativa de ver o Claustrofobia ao vivo e conhecer a banda Quinta Travessa.
Me planejei chegar na casa antes das 23 horas, porém, devido ao trânsito próximo ao aeroporto me atrasei e muito, com isso, acompanhei apenas as 3 últimas músicas da Quinta Travessa que despertou em mim uma curiosidade boa, pois a banda tem presença de palco, atitude e uma “pegada” New Metal na qual me agradou muito. Com certeza irei num show deles na próxima oportunidade para prestigiar a banda pois vale a pena conferir.
Na sequência, Claustrofobia subiu ao palco e o Power Trio é devastador, com seu peso, seus riffs agressivos me fez curtir mais a banda.
Me aventurei num mosh pit, não poderia perder a oportunidade de entrar na música Bastardos do Brasil, que retrata cada vez mais o cenário midiático nacional.
Uma observação que não pode passar em branco é o Rafael Yamada (ex-Project 46) que caiu como uma luva na banda, tanto na precisão, nos vocais, onde dá para ver nitidamente que ele está super a vontade. Um ponto alto do show foi o cover de Rapante dos Raimundos, onde a banda com toda sua versatilidade entoou em uníssono com o público.
A banda encerrou sua participação com Peste, onde todos sem exceção curtiram e aplaudiram, Marcus vocal e guitarrista agradeceu por diversas vezes os presentes e disse que é sempre um prazer tocar em SP.
Contudo isso, é evidente que não é a toa a banda ter mais de 2 décadas e ser respeitada por todos e ter um público fiel no Brasil e fora dele.
Superou minha expectativa ver a banda ao vivo, já quero ir num próximo e que a apresentação seja mais extensa!
Com a aglomeração frente ao palco, aliás em todos os lugares pois a casa estava lotada, uma ansiedade tomava conta de todos quando uma introdução de alguma música clássica fez se abrir as cortinas.
O Matanza subiu ao palco para delírio de todos, sucesso atrás de sucesso. Todas sem exceção cantadas por Jimmy e público.
Privilegiados somos nós que estávamos presentes porque a cada música era uma atmosfera de energia.
Jimmy com passar dos anos adquiriu uma presença de palco gigantesca, sempre interagindo com o público e fazendo suas caretas e gestos incentivando a abrir a roda de mosh.
Músicas de todos os CDs foram tocadas um verdadeiro prato cheio para os fãs assíduos como eu.
Sucessos como O chamado do bar, Ressaca sem fim, Clube dos Canalhas não ficaram de fora.
Algo estava faltando no show quando de repente Jimmy agradece todos presentes e diz que o Matanza tem prazer em tocar em SP. E que o Aquarius Rock Bar é quase a casa para a banda, e entoou o tradicional “Puta que o Pariu”.
Quando a banda tocou Tempo Ruim quase não dava para ouvir a voz do Jimmy porque o público encheu os pulmões para cantar no final da música gritos de Matanza, Matanza e particularmente quase escorreu “suor másculo dos meus olhos” porque passou as lembranças de cada show da banda que acompanhei, onde a minha primeira cobertura como repórter foi do Matanza isso em 2010 e de lá pra cá, quase todas apresentações da banda em São Paulo lá eu estava.
Não sei o motivo do término da banda, pois não divulgaram mais cabe a todos o respeito.
Porém algo me deixou triste, ao final da apresentação Jimmy se despediu do público e entrou porta adentro para o camarim, e na sequência o “maestro” Maurício Nogueira , Jonas e Sony foram a frente do palco para agradecer os presentes.
Tomara que não seja uma despedida, e sim um até breve.
O Brasil, a cena, o Underground agradece o Matanza.
O Ponto ZerØ agradece ao Aquarius Rock Bar, a Ana Paula pela parceria.
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