Segunda parte de uma trilogia conceitual, “Eldorado” vem com vinil duplo com tom dourado e capa dupla
A Fuzz On Discos, união dos selos AMM (All Music Matters), Melômano Discos e Neves Records, relança “Eldorado” (2023), segunda parte de uma trilogia conceitual lançada em 2023 pelo vocalista e compositor Edu Falaschi, em vinil duplo com tom dourado e capa dupla. “Estou muito feliz de poder lançar mais um trabalho meu em formato LP. Cresci na era de ouro dos lançamentos em vinil, então tem uma conexão emocional nesses lançamentos. Foi um sonho realizado com ‘Vera Cruz’ e agora, mais uma vez, com ‘Eldorado’, que está sendo lançado pela Fuzz On Discos”, comentou Falaschi. “Trata-se de um disco duplo, com o LP em dourado, coisa mais linda! Serão vendidas apenas 500 cópias, então é mega exclusivo, item de colecionador! Carlos Fides mais uma vez fez uma obra de arte! Não vejo a hora da galera ter isso em mãos”, acrescentou.
“Eldorado”, que teve sua turnê de sucesso encerrada em grande estilo na segunda edição do festival Summer Breeze Open Air Brasil, mescla elementos históricos, ficção e uma abordagem cinematográfica. Se a primeira parte da história foi ambientada no Brasil e em Portugal, em “Eldorado” ela se passa no México. Assim, aliadas ao vigoroso power metal, as composições do sucessor do também aclamado “Vera Cruz” (2021) trazem influências latinas, flamenco, músicas latinas e astecas com instrumentos únicos.
Roberto Barros e Diogo Mafra (guitarras), Raphael Dafras (baixo), Aquiles Priester (bateria) e Fábio Laguna (teclados) acompanharam Falaschi no álbum, que traz músicas em espanhol e línguas nativas, apresentando ritmos, harmonias e melodias que capturam a essência dessa riqueza cultural e artística. Com mixagem e masterização de Dennis Ward, o álbum conta com participações especiais de José Andrëa (ex-Mägo de Oz), Fábio Lima, Sara Curruchich.
Lançamento já disponível para compra vem em vinil colorido vermelho, capa dupla e pôster exclusivo tamanho A2
“Shades of Sorrow”, o mais recente álbum da banda Crypta, formada por Fernanda Lira (vocal e baixo), Tainá Bergamaschi (guitarra), Jéssica di Falchi (guitarra) e Luana Dametto (bateria), acaba de ganhar uma versão em vinil através da Fuzz On Discos. A edição nacional exclusiva conta com vinil vermelho, capa dupla e pôster em tamanho A2.
“Shades of Sorrow” traz uma sonoridade ainda mais técnica, fincada no death/thrash metal, mas com elementos de black metal e do metal extremo em geral. “O novo disco mostra de maneira natural que evoluímos tecnicamente. Sempre queremos mostrar alguma coisa diferente em relação ao anterior, e isso envolve técnica”, analisou Fernanda Lira em entrevista à revista Roadie Crew.
O sucessor do debut, “Echoes of the Soul” (2021), que também foi lançado em vinil pela Fuzz On Discos, foi capaz de fazer com que a banda entrasse em sete rankings da parada americana, incluindo o Top 10 em “New Artist Albums” e “Current Hard Music Albums”. Além disso, com suas turnês pelo mundo, forte presença na mídia, inclusive estampando algumas capas de revistas de metal, a Crypta se consolida como um dos nomes mais promissores do metal mundial.
Álbum ao vivo foi gravado em noite histórica no Hangar 110
Em meio às comemorações de 30 anos de formação, o Blind Pigs divulgou o lançamento do álbum ao vivo “Suor, Cerveja e Sangue” em vinil, através do conglomerado de selos, Fuzz On Discos, que agrupa a AMM (All Music Matters), Melômano Discos e Neves Records.
O único álbum ao vivo do Blind Pigs foi gravado há 20 anos, em 22 de novembro de 2003, no habitat preferido do punk nacional na capital paulista, a lendária casa de shows Hangar 110. “Não creio que existirá outro”, diz o vocalista Henrike. “Os shows dos porcos cegos nessa época eram uma explosão de energia, literalmente uma mistura de suor, cerveja e sangue. Os roadies sofriam com a molecada que incansavelmente invadia o palco, cantava os refrões com os punhos cerrados para depois se jogar no mar de corpos que lotava o Hangar”.
Foto de divulgação
A banda, no auge da carreira, não se preocupava em acertar as notas, e dois microfones pendurados no teto da casa captavam a plateia ensandecida, que neste registro, e durante toda a trajetória do Blind Pigs, esteve onipresente cantando mais alto que qualquer instrumento. Para o baixista Mauro Tracco, a dificuldade estava em transformar a energia que funcionava no palco, em um registro “decente” para a eternidade. “Não tinha como”, concluiu, já que o Blind Pigs que entrava em estúdio era completamente diferente do Blind Pigs que subia nos palcos. “O primeiro era metódico, polido e perfeccionista. O segundo era um arruaceiro bêbado. E os dois Blind Pigs entraram em conflito. Várias vezes ao longo do processo, o lançamento foi quase abortado. O Blind Pigs perfeccionista dizia que o resultado não estava à altura do seu padrão de qualidade. O bêbado achava que estava bem acima. Após muita discussão, histeria e perda de tempo, o bêbado ligou o foda-se, mandou a master pra fábrica e o ‘Suor, Cerveja e Sangue’ nasceu”, revela o baixista.
Mesmo com tanta resistência por parte da banda, “Suor, Cerveja e Sangue”, lançado originalmente em CD em 2004, foi o disco mais vendido da história do Blind Pigs. A versão em LP, que chegou às lojas nesta semana, é uma edição limitada de 250 cópias. Em vinil amarelo splatter, o álbum de 22 faixas conta com uma nova arte, capa dupla e encarte com a reprodução do cartaz do show.
Lançamento em edição limitada traz encarte com as letras e um pôster exclusivo tamanho A3
A Fuzz On Discos, que agrupa a Anomalia Distro, Melômano Discos e Neves Records, abriu a venda do lançamento em vinil do debut do The Troops of Doom, “Antichrist Reborn” (2022). O lançamento do LP em edição limitada traz a capa com logo dourado, encarte com as letras e um pôster exclusivo tamanho A3. A arte da capa foi pintada por Sergio “AlJarrinha” Oliveira, artista por trás da arte original de “Bestial Devastation”, do Sepultura. “O sugestivo título do álbum tem uma forte ligação com a música ‘Antichrist’, da minha época no Sepultura e, claro, porque nosso som é um resgate daquela aura do death metal dos anos 80”, declarou Jairo “Tormentor” Guedz.
“Antichrist Reborn”, que sucede os EPs “The Rise of Heresy” (2020) e “The Absence of Light” (2021), foi mixado pelo produtor sueco Peter Tägtgren (Hypocrisy, Pain, Dark Funeral, Dimmu Borgir, Therion, Amon Amarth, Immortal, Enslaved e outras) no icônico The Abyss Studio e masterizado por Jonas Kjellgren no Blacklounge Studio, na Suécia. O álbum conta com participações especiais de João Gordo (Ratos de Porão) em “A Queda”, única cantada em português, além de Alex Camargo e Moyses Kolesne, do Krisiun, na versão de “Necromancer”, clássico do Sepultura da fase com Jairo “Tormentor” Guedz.
O The Troops of Doom, formado por Alex Kafer (vocal e baixo), Jairo “Tormentor” Guedz (guitarra), Marcelo Vasco (guitarra) e Alexandre Oliveira (bateria), atualmente está em turnê promovendo “Antichrist Reborn”. Originalmente, o álbum saiu no exterior pela gravadora Alma Mater Records, de Fernando Ribeiro (Moonspell), e no Brasil em CD pela Voice Music e Rock Brigade Records.
Formada em 1988 por Gabriel Thomaz (Autoramas), Bacalhau (Ultraje a Rigor) e Zé Ovo, a banda brasiliense Little Quail & The Mad Birds lançou o primeiro álbum, “Lírou Quêiol en de Méd Bârds”, em 1994 pela Banguela Records, com produção de Carlos Eduardo Miranda. Nesta segunda-feira (15) o conglomerado de selos Fuzz On Discos, que agrupa a Anomalia Distro, Melômano Discos e Neves Records, anunciou a reedição do álbum em LP.
Em vinil azul, “Lírou Quêiol en de Méd Bârds” ganhou um novo encarte, com fotos inéditas da banda e quatro faixas bônus – “Sex Song” e “Pump Up The Bird (Pâmp Ap De Bârd)”, músicas que vinham como bônus apenas na versão do disco em CD, e “Lembranças De Uma Saudade” e “1,2,3,4 (Aerobic Version)”, que eram as faixas escondidas do formato. As primeiras cópias também virão com um exclusivo slipmat de feltro para toca discos.
“Esse foi um disco que marcou época e chegou a ser lançado em vinil assim que saiu. Essa prensagem inicial passou a alcançar um valor muito alto. Agora as pessoas terão acesso ao disco a um preço justo e com edição de luxo”, diz Gabriel Thomaz, que conta também sobre a representação do disco na sua carreira. “Foi meu primeiro álbum, tocou bastante, teve música no número 1 na MTV. Tocamos esse repertório por muitos anos até conseguirmos lançá-lo. O Little Quail foi uma banda que tocava pesado as influências dos anos 50 e 60. Viajamos muito e desbravamos o cenário brasileiro”.
O vocalista e guitarrista revela, ainda, que a banda se reunirá para tocar no show Tributo ao Canisso, em 29 de junho na capital paulista.
“Black Force Domain”, álbum de estreia do Krisiun, foi originalmente lançado em CD em 1995 e nunca havia saído em vinil
A Fuzz On Discos, que agrupa a Anomalia Distro, Melômano Discos e Neves Records, abriu a pré-venda para o lançamento em vinil de “Black Force Domain”, álbum de estreia do Krisiun. O LP, em vinil vermelho, traz encarte e bônus de “Total Death” do Kreator. A Fuzz On informa que as 100 primeiras cópias da pré-venda, com envio programado para o dia 5 de junho, virão também com um slipmat (feltro) exclusivo.
O baterista Max Kolesne recorda que o primeiro disco do Krisiun foi gravado “em São Paulo na raça, inspirado no ódio e no espírito de revolta e vingança contra tudo e todos”. Segundo Max, o repertório é carregado de fúria, velocidade e agressão. “Subversivo, técnico, caótico e cru, ‘Black Force Domain’ não só definiu nosso estilo, mas quem é o Krisiun. Por isso, sempre estará entre meus prediletos e será fonte de inspiração para cada novo trabalho do Krisiun. Espero que continue inspirando as novas gerações que não seguem modas. E, claro, estamos muito felizes com o lançamento em vinil no Brasil!”, acrescentou.
Gravado por Alex Camargo (vocal e baixo), Moyses Kolesne (guitarra) e Max Kolesne (bateria) no Army Studios (SP), o debut sucede o EP “Unmerciful Order” (1994). Lançado originalmente em CD pela Dynamo Records no Brasil e relançado pela alemã Gun Records em 1997, “Black Force Domain” é motivo de orgulho para a cena do metal extremo brasileiro. “Revolucionário! Tomou de assalto toda a cena do death metal mundial. Um dos meus discos favoritos de todos os tempos. Percebe-se até hoje a quantidade de bandas que seguiram a mesma linha e proposta, todos fortemente influenciados pelos ‘três diablos’!”, declarou o baterista Edu Lane (Nervochaos) certa vez à revista Roadie Crew.
O guitarrista Moyses Kolesne recorda que “Black Force Domain” foi gravado no estúdio Army, que tinha o ex-guitarrista da banda Salário Mínimo, Arthur Crom, como um dos sócios e depois lançou, como selo, o primeiro trabalho do vocalista Edu Falaschi no Split-LP Mitrium e Sweet Pain. “Gravamos nos estúdio Army através de uma permuta que o Eric de Haas tinha com o dono. Ganhamos duas semanas, sendo uma para gravar e a outra para mixar. Então, gravamos guitarra e bateria ao vivo já valendo, sem overdubs, e somente botamos umas dobras e solos depois junto com baixo e vocal. Por sinal, usamos aquela famosa bateria do fogo da Luthier Drums, do Tibério Correa (Harppia), que Exciter, Venom, Metallica e Sepultura já tinham tocado. Gravamos em dezembro de 1994 e depois tivemos que esperar até fevereiro de 1995 para mixar e finalizar algumas coisas”.
Se no Brasil ainda ninguém entendia muito do death metal mais moderno e com mais técnica de blast beats, dois bumbos, bomb blast e outros elementos, o Krisiun sofreu, segundo Moyses, pela falta de informação. “A garra e vontade superaram as adversidades e esse álbum abriu as portas para o Krisiun. Depois de lançado, começaram a aparecer os caras da Flórida falando que era um dos melhores álbuns de 1995. Saiu na Metal Maniacs, RIP, Metal Forces e outras revistas. Trey Azagthoth, do Morbid Angel, fui umas das pessoas que ajudou muito, botando o ‘Black Force Domain’ no topo dos melhores álbuns para eles naquela época”, concluiu o guitarrista.
Show de lançamento de Necropolítica, o 13º disco da banda, acontece dia 29 de maio em São Paulo, no Kool Metal Fest
Em outubro de 2021 o Ratos de Porão comemorava exatos 40 anos enquanto gravava o um novo álbum, seu primeiro desde 2014. Neste meio tempo o Brasil passou por um processo de degradação política e social como não se via há décadas.
Se por um lado o país nunca esteve perto de resolver seus problemas estruturais, estes últimos anos trouxeram de volta a fome, a inflação, as ameaças de rompimento com a democracia e, como se não bastasse, uma pandemia.
O resultado de tudo isso foi “Necropolítica”, um álbum conceitual sobre a era Bolsonarista e a ascensão da extrema direita no país. A parte musical por sua vez traz uma revisitação do período crossover da banda no final da década de 1980, época igualmente marcada pela crise e desilusão.
Em mais de 40 anos de carreira, os Ratos conseguiram manter sua essência durante diversas fases. Só na década de 80, passaram pelo hardcore reto de influência americana da coletânea “SUB”, o d-beat nórdico-paulistano de “Crucificados Pelo Sistema” e o metalpunk sombrio de “Descanse em Paz” até chegarem na fórmula que para muita gente definiu mais do que todas a identidade da banda.
Trata-se da trilogia crossover, “Cada Dia Mais Sujo e Agressivo” (1987), “Brasil”(1989) e “Anarkophobia” (1990). Foi quando o Ratos de Porão viveu sua fase de atividade mais intensa e desenvolveu a receita mágica misturando precisão thrash metal, entrega hardcore e letras relatando a realidade nacional em tom hora satírico, hora jornalístico.
Dos anos 90 em diante a banda não parou de evoluir. Seguiu se reinventando a absorvendo novas influências a cada novo trabalho, mas o espírito da trilogia sempre se manteve como a fundação sobre a qual as novas ideias eram construídas.
E eis que agora esta fase gloriosa é revisita e atualizada no que talvez seja o álbum mais emblematicamente Ratos de Porão desde o “Anarkophobia”. E não há momento mais propício para isto.
No final da década de 80 o Brasil vendia o sonho da redemocratização mas entregava miséria, hiperinflação e violência, além de uma epidemia de HIV. Já na última década, a história se repetiu em tragédia e a bonança dos anos 2000 deu lugar a um pout-pourri distópico que trouxe volta a fome e a inflação dos anos 80 alinhada à demagogia autoritária da ditadura e, de gorjeta, a pandemia da Covid-19.
Assim como o punk brasileiro foi filho da repressão do regime militar e o hardcore nos EUA e Reino Unido são resultado das mazelas da era Reagan/Thatcher, o Brasil bolsonarista fertilizou o terreno para “Necropolítica” com o esterco repressivo produzido pelo gado verde-e-amarelo.
O álbum poderia se chamar “Brasil parte 2”. Como no trabalho de 1989, trata-se mais uma vez de um disco conceitual sobre o país, uma ode às mazelas, à decepção e às massas que colaboram de maneira bovina com seu próprio destino de subdesenvolvimento enquanto assistem à decomposição social diante de seus olhos.
A maioria das bandas que duram décadas se contenta em viver das glórias do passado ou, pior, tentar se adequar às tendências do momento. Os Ratos de Porão nunca caíram nestas armadilhas e sempre souberam usar o próprio legado para criar coisas novas. Assim, “Necropolítica” não é um álbum de nostálgico ou retrô. É a reciclagem de um espírito que de repente volta a fazer sentido.
A produção do disco ficou por conta da própria banda no estúdio Family Mob em São Paulo, durante outubro de 2021. A mixagem foi feita em janeiro de 2022 por Fernando Sanches no estúdio El Rocha.
Ratos de Porão no Kool Metal Fest
O show de lançamento do Necropolítica acontece no dia 29 de maio, na pesada edição 2022 do Kool Metal Fest. O evento, em São Paulo, terá o Carioca Club como palco, a partir das 14h.
Além do RDP se apresentam a banda austríaca Belphegor e as nacionais Krisiun, Crypta, Nervochaos, Vazio e Cerberus Attack.
O vinil também será lançado na Europa, Japão e EUA, além de CD e vinil na Itália e na também na Argentina. São três opções de cores do vinil: vermelho (500 cópias), transparente esfumaçado (400 copias) e splatter (100 cópias).
Ficha técnica de Necropolítica Gravado no Family Mob Studios por Davi Menezes em outubro de 2021 Assistente de gravação: Otávio Rossato Mixado e masterizado no Estúdio El Rocha em fevereiro de 2022 por Fernando Sanches Backing vocals Jão, Juninho, Gordo e Rafa Di Sessa Produzido por Ratos de Porão em São Paulo
Todas as músicas por Ratos de Porão
Letras traduzidas por Pedro Carvalho
Arte e layout por Raphael Gabrio
Revisão e arte final por Rodrigo Chã
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