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Summer Breeze Brasil 2023: A Explosão do Metal e Rock em Solo Nacional

Texto: Thiago Tavares e Rodrigo de Oliveira
Fotos: Felipe Domingues e Silvia Sant’Anna

Nos dias 29 e 30 de Abril aconteceu a primeira edição do Summer Breeze Brasil, evento de origem alemã e hoje presente em solo nacional, realizado no Memorial da América Latina, em São Paulo. Grandes nomes do metal e do heavy metal estiveram presentes.  Blind Guardian, Lamb of God, Sepultura, Stone Temple Pilots, Parkway Drive, Kreator e Avantasia foram as atrações principais do festival, onde nesta edição as atrações foram distribuídas em três palcos espalhados pelo complexo do Memorial.

A ESTRUTURA DO FESTIVAL

Para esta edição, a organização apostou em quatro palcos neste festival para agradar todos os gostos e ter uma variedade de experiências: Os palcos Ice e Hot Stage, ambos os principais com maior estrutura de som e com telões nas laterais, o palco Sun Stage, menor, logo com uma estrutura mediana e sem telões em volta, o palco Waves Stage, instalado no auditório Simão Bolívar, que além de receber atrações músicas, recebeu as palestras do vocalista do Iron Maiden Bruce Dickinson e a vocalista da banda Épica Simone Simons, além da avant-première do segundo episódio do documentário André Matos – Maestro do Rock.

Além dos shows, o festival montou também uma feira geek com temáticas referentes a games, quadrinhos e terror, feira de cultura urbana, praça de alimentação com diversos food trucks. Sem dúvidas, com muitas atrações disponíveis nos dois dias, ficou bem difícil aproveitar tudo o que estava disponível.

Um ponto negativo que pode ser registrado, comum aos dois dias do festival trata-se do meio de locomoção do pessoal dos palcos Ice e Hot para o Stage e vice-versa. O caminho era feito através de uma passarela que em proporção a quantidade de pessoas era insuficiente para comportar o número de pessoas, pois é bem estreita. Com o alto fluxo de pessoas transitando e com um intervalo de shows pequeno (uma média de 5 minutos) era certo que o público iria perder uma parte do show.

Algo que chamou a atenção trata-se do som que estava bem alto em relação aos últimos eventos (até mesmo mais alto que o Monsters of Rock, por exemplo) ao ponto da galera tomar sustos com a altura, podendo ouvir até mesmo na área de desembarque do metrô. No primeiro dia, a equipe sofreu bastante, mas não negligenciou no segundo dia com o uso de protetores auriculares.

No que diz respeito a alimentação, havia uma variedade de comidas e bebidas para o público. Os preços variavam, mas estavam na média do que se esperava de um evento de grande porte. A água custava R$ 7,00 por copo, o refrigerante em lata R$ 10,00 e cervejas como a Beck’s e Heineken por R$ 15,00, além da variedade de cervejas artesanais e outras bebidas. Se batesse aquela fome, um cachorro-quente simples saía por R$22, já o hambúrguer custava entre R$35 e R$45, e tinha ainda pastel por R$15, além de outras coisas gostosas para comer.

Em linhas gerais, o evento correu dentro dos conformes e foi de grande proveito para a galera. Por ser a primeira experiência em receber este tipo de evento com este porte, os amantes do rock e do metal estavam empolgados e soltaram toda sua energia ao verem seus artistas preferidos e também dar uma chances a novas bandas que estão chegando ou estão batalhando para ter o seu lugar ao sol.

QUEM INICIA OS TRABALHOS É O PATRÃO DA FESTA

Responsáveis por abrir o Summer Breeze Brasil 2023, a história do Voodoo Kiss é bastante peculiar. Originários da Alemanha em 1995, o grupo praticamente acabou no início dos anos 2000, quando o baterista Achim Ostertag se dedicou integralmente à organização do Summer Breeze. Em comemoração aos 25 anos do festival, a banda se reuniu em 2022 e lançou seu primeiro álbum. A formação é composta por Marin Beuther (guitarra), Klaus Wieland (baixo) e a dupla Gerrit Mutz e Steffi Stuber compartilhando os vocais.

Voodoo Kiss|Foto Felipe Domingues

Como esperado, o Voodoo Kiss enfrentou um palco praticamente vazio. A banda não possui muitos fãs no país e, além disso, o som dos alemães é um tanto genérico, transitando entre o metal tradicional e o hard rock. Durante o show, Gerrit Mutz assumiu a responsabilidade de interagir com a plateia, apesar de aparentar timidez em alguns momentos.

Voodoo Kiss|Foto Felipe Domingues

A banda toca de maneira bacana, mas não apresenta “potência” suficiente para um grande festival. É mais uma curiosidade devido à sua história incomum do que uma atração propriamente dita. “The Beauty and the Beast” e “The Prisoner”, mostraram ao público presente do que os vocais são capazes. No entanto, é possível afirmar que a banda cumpriu seu papel de abrir o festival, ao ponto de não surpreender.

Voodoo Kiss|Foto Felipe Domingues
Voodoo Kiss|Foto Felipe Domingues

APÓS TOUR CONTURBADA NOS ESTADOS UNIDOS, CRYPTA VOLTA MAIOR AOS PALCOS

A julgar pelo grande número de pessoas que se reuniram no Sun Stage sob o sol escaldante do inicio da tarde (aproximadamente 13 horas) no palco mais distante da área principal de shows, pode-se afirmar que a Crypta estabeleceu-se como uma das principais bandas brasileiras da atualidade – e havia demanda para que se apresentassem em um palco maior sem dúvidas.

Crypta|Foto Felipe Domingues

O show da Crypta marcou a volta aos palcos brasileiros após uma tour bastante agitada e turbulenta nos Estados Unidos juntamente com a banda Morbid Angel. Durante a saga, um tornado em Illinois ocasionou a morte de um fã e destruiu o motorhome que a banda usava para seus deslocamentos e que com a ajuda dos fãs, conseguiram se reerguer com uma rápida arrecadação de dinheiro para que pudessem continuar a tour.

Crypta|Foto Felipe Domingues

A banda teve alguns problemas de áudio no início de sua performance, mas soube entreter o público com as músicas do álbum de estreia intitulado “Echoes of the Soul”. As performances de riffs e solos  das guitarristas Tainá Bergamaschi e Jéssica di Falchi foram o destaque do show, enquanto Luana Dametto demonstrou sua habilidade na bateria.

Crypta|Foto Felipe Domingues

Porém, foi Fernanda Lira, a cativante baixista e vocalista, quem realmente liderou o espetáculo, capturando a plateia com sua presença, obtendo respostas da galera que respondia prontamente a interação da mesma.

Crypta|Foto: Felipe Domingues

Diante de uma apresentação relativamente curta, dados as questões de terem apenas o disco de estreia na praça, Lira já deixou os fãs com um gostinho de ansiedade no ar com o anúncio de que o segundo disco já está a caminho.

1. Death Arcana

2. Possessed

3. Kali

4. Under the Black Wings

5. Starvation

6. Shadow Within

7. I Resign

8. Dark Night of the Soul

9. Blood Stained Heritage

10. From the Ashes

A HOMENAGEM IMPROVISADA A ANDRE MATOS

Um tributo ao saudoso Andre Matos aconteceu no Ice Stage de forma bastante protocolar e até simplória. Com atraso, o Viper foi a primeira banda a subir ao palco e executou três músicas. Leandro Caçoilo (voz), Felipe Machado (guitarra), Kiko Shred (guitarra), Guilherme Martin (bateria) e o sempre “caótico” Pit Passarell (baixo) sofreram com um som estourado no começo e só empolgaram mesmo com “Living for the Night”, a última do curto set com direito a brincadeiras de Pit no palco, onde pareceram tirar mais reação da plateia do que alguns momentos do show.

Viper+Shaman|Foto: Felipe Domingues

Na sequência, integrantes do Angra e Shaman subiram ao palco para tocar “Lisbon” e “Make Believe” que foram executadas por Alírio Netto (voz), Hugo Mariutti (guitarra), Rafael Bittencourt (guitarra) e Felipe Andreoli (baixo), além de Rodrigo Oliveira (Korzus) ocupando a vaga de Ricardo Confessori, pivô do fim do Shaman, na bateria. Por fim, no segundo tempo, Luis Mariutti (baixo) e Fabio Ribeiro (teclados) se apresentaram, e o próprio Sherman Rodrigo Oliveira interpretou três músicas: ‘Turn Away’, ‘For Tomorrow’ e ‘Fairy Tale’.

Viper+Shaman|Foto: Felipe Domingues

Apesar de enfrentar problemas de áudio, Alirio aparentemente fez o trabalho, o que pode aumentar as esperanças de que o projeto continue sem o Confessori, embora os membros tenham negado isso. Em seguida, Rafael Bittencourt, Felipe Andreoli e Felipe Machado voltaram à ação para um encerramento icônico com ‘Carry On’.

Viper+Shaman|Foto: Felipe Domingues

O tributo a Andre Matos parecia mais uma apresentação improvisada de duas bandas fazendo um show do que uma única atração. Parece que muito pouco foi preparado para esta oportunidade. O cantor falecido nunca foi mencionado na tela, nem foi muito mencionado durante o set. Este discurso bastante longo, no qual Alirio relatou seu primeiro encontro com o “maestro” e sua gratidão ao Queen, aparentemente ocorreu enquanto questões técnicas estavam sendo resolvidas. Talvez Andre devesse ter recebido uma homenagem bem mais elaborada, mas deixou a desejar perante o que foi visto.

Repertório – homenagem a Andre Matos:

Viper

1. Under the Sun

2. A Cry from the Edge

3. Living for the Night

Shaman

1. Lisbon (com Rafael Bittencourt e Felipe Andreoli)

2. Make Believe (com Rafael Bittencourt e Felipe Andreoli)

3. Turn Away

4. For Tomorrow

5. Fairy Tale

6. Carry On (com Rafael Bittencourt, Felipe Andreoli e Felipe Machado)

BRUTAL BREGA: QUANDO O BREGA ENCONTRA O PUNK

O Sunstage foi aberto pelo Brutal Brega, projeto liderado por João Gordo (Ratos de Porão) e o guitarrista Val Santos (Toyshop, Viper). Um projeto que transforma os hits do Brega em batidas punk/hardcore. A formação é completada por Rogerio Wecko na guitarra (Laboratori, Nem Liminha Ouviu, Hostiland), Daniel Giometti no baixo e Guilherme Martin na bateria (Viper, Toyshop).

Brutal Brega|Foto: @raphagarcia

O repertório gira em torno de várias versões do álbum de estreia do projeto, como ‘Fuscão Preto’ (Trio Parada Dura), ‘Sandra Rosa Madalena’ (Sidney Magal) e ‘Tô Doidão’ (Reginaldo Rossi). Há espaço para músicas que não apareceram no disco, como ‘Pavão Misterioso’ (Edinaldo), ‘Tropicana’ (Arceu Valenza) e ‘Atras do Trio Elétrico’ (Caetano Veloso). 

Brutal Brega|Foto: @welpenilha

Parece ousado, mas funciona e é divertido, especialmente porque seu som é muito mais clássico punk/HC do que o crossover thrash que tornou famoso o Gordo no Ratos. Isso permite que você mantenha a melodia que torna a música identificável. Enquanto sua execução instrumental é impecável, João extrai o charme do show de seu carisma irresistível. João mal se move, lendo as letras de uma pasta enquanto prende a atenção do público com seus vocais distintos e interações engraçadas durante os intervalos. 

Brutal Brega|Foto: @raphagarcia

Gordo, aliás, estava claramente ressentido por aparecer tão cedo – engraçado, é claro. Ele reclamou, brincando, que tocou músicas demais de Sidney Magal (três no total), e  que o Brutal Brega era só para mantê-lo ocupado durante a pandemia. Formando uma tímida roda punk ao som de falsos hits, dependendo da resposta do público, o projeto vai durar muito, mesmo que sempre haja incidentes devido às atuais limitações do vocalista.

SKID ROW RESSURGE COM ERIC GRONWALL: UMA COMBINAÇÃO PERFEITA

Os fãs têm me perguntado sobre a volta de Sebastian Bach ao Skid Row desde que a banda decidiu continuar sem ele em 1999 — três anos depois de nos separarmos após um show no Brasil. Mas essas reivindicações estão se tornando cada vez menos relevantes. Isso se deve ao ex-vocalista do H.E.A.T, Eric Gronwall, que se juntou a nós em 2022, juntamente com Dave “Snake” Szabo (guitarra), Scotty Hill (guitarra), Rachel Bolan (baixo) e Rob Hammersmith (bateria).

Skid Row |Foto: Felipe Domingues

Os resultados no álbum The Gang’s All Here (2022) foram satisfatórios por si só, mas fazem todo sentido quando se trata do palco do Skid Row. Como espectador, pude testemunhar a energia contagiante do vocalista de 35 anos, que se recuperou recentemente de uma leucemia. Apoiado por uma banda excepcionalmente talentosa, ele não fica parado no palco e demonstra uma voz poderosa – talvez o único pequeno problema seja ocasionalmente exagerar um pouco nos vocais, algo que será aprimorado naturalmente com mais tempo de palco.

Skid Row |Foto: Felipe Domingues

Vale ressaltar que, para essa ocasião, o Skid Row montou um repertório mais pesado do que o usual. Parece que o trauma do show no Brasil em 1996, quando o grupo foi vaiado injustamente por parecer “leve demais” para os fãs de Iron Maiden e Motörhead, deixou suas marcas. Agora, músicas como “Quicksand Jesus” e até mesmo o sucesso “I Remember You” foram deixadas de lado para dar espaço a faixas como a enérgica “Riot Act”, que nem sempre estava presente nos setlists recentes, e manter clássicos como a arrebatadora abertura “Slave to the Grind”, “The Threat” e “Livin’ on a Chain Gang”.

Skid Row |Foto: Felipe Domingues

No entanto, a resposta mais empolgante veio durante a execução das músicas mais conhecidas. A incrível “Big Guns”, a semibalada “18 and Life”, a intensa “Monkey Business” e o encerramento com “Youth Gone Wild” receberam reações calorosas, assim como a única balada do set, “In a Darkened Room”. Scotty Hill na guitarra Les Paul adicionou um solo incrivelmente envolvente. Também gostei muito das novas faixas “Time Bomb” e “The Gang’s All Here”. Isso é um bom sinal depois do controverso trabalho de direitos autorais com o falecido Johnny Solinger nos vocais.

Skid Row |Foto: Felipe Domingues

Infelizmente, o show teve apenas uma hora de duração. Deixou em mim aquela sensação de “quero mais”. Uma apresentação comovente no Summer Breeze fará com que o quinteto e seus apelos para “voltar ao Brasil” nas mídias sociais sejam ainda mais frequentes.

Skid Row:

1. Slave to the Grind

2. The Threat

3. Big Guns

4. 18 and Life

5. Riot Act

6. Piece of Me

7. Livin’ on a Chain Gang

8. Time Bomb

9. Monkey Business

10. In a Darkened Room

11. The Gang’s All Here

ESQUEÇA O BRUCE DICKINSON VOCALISTA E ENTRA O BRUCE PALESTRANTE

Como não bastasse a grandiosidade do festival, com nomes de peso nesta primeira edição, a organização queria colocar mais experiências a disposição. Mas não era uma experiência qualquer. Muitos conhecem o Bruce Dickinson, vocalista do Iron Maiden, mas e o palestrante Bruce Dickinson?. O vocalista do Iron Maiden tem apresentado seu estilo de ‘spoken word’ desde a década passada, e no ano passado veio ao Brasil para falar sobre empreendedorismo em um evento no Rio de Janeiro. Porém, a palestra é muito mais do que isso.

Bruce Dickinson |Foto: Silvia Sant’Anna

Dickinson compartilhou memórias de sua infância em Sheffield, falou sobre seus primeiros passos na música (começando como baterista, mas possuindo apenas um bongô) e, somente depois, abordou seus grandes projetos: a empresa área que possui e as cervejas com a marca da banda que são vendidas mundo a fora.

Bruce Dickinson |Foto: Silvia Sant’Anna

Tudo o que não envolve diretamente compor, gravar ou subir ao palco com a banda de heavy metal foi abordado, e tudo isso com um imenso carisma. Mesmo para aqueles que já conheciam as histórias, ouvi-las diretamente de Bruce torna tudo ainda melhor. Assim que ele pisa no palco, já tem a plateia em suas mãos – para muitos, a proximidade com o artista por si só já vale o ingresso, pois ele é capaz de fazer todos rirem alto, mesmo quando fala sobre sua luta contra o câncer em 2015, da qual saiu vitorioso.

É claro que a polimatia de Bruce facilita a situação. Seu domínio sobre diversos assuntos faz com que ele saiba exatamente quando encaixar cada informação, observação ou piada. Sobre música (mas não sobre o Iron Maiden), ele prometeu um novo álbum solo para 2024, o que arrancou vibrações da plateia, e ainda cantou um trecho de ‘Let it Be’, dos Beatles, enquanto contava sobre sua primeira banda e o vocalista australiano com um sotaque peculiar.

Bruce Dickinson |Foto: Silvia Sant’Anna

Uma hora foi muito pouco para a quantidade de conteúdo que Dickinson tinha para compartilhar. Aqueles que assistiram à palestra no palco Waves certamente saíram entretidos e revigorados para continuar a maratona do Summer Breeze Brasil.

A MISTURA DE GÊNEROS NO PALCO: STP EM MEIO AO METAL

Uma parcela considerável do público ficou bastante chateado sobre o conflito de horários das 18h30. O Stone Temple Pilots, um dos headliners do evento, se apresentou no palco Ice Stage, exatamente quando o Accept, uma atração muito querida pelo público brasileiro, dominou o palco Sun Stage, do outro lado da passarela.

Stone Temple Pilots |Foto: Felipe Domingues

Eu decidi assistir ao STP e acabei presenciando um show morno, influenciado por vários fatores. Em primeiro lugar, a própria escolha do grupo grunge – talvez a banda mais classic rock do movimento de Seattle – em meio a tantas outras atrações de metal, incluindo as mais extremas. A mistura de gêneros é interessante, porém é sabido que a banda dos irmãos Dean (guitarra) e Robert DeLeo (baixo), junto com Eric Kretz (bateria) e Jeff Gutt (voz), possui um repertório menos agitado.

Stone Temple Pilots |Foto: Felipe Domingues

Além disso, ficou evidente que uma grande parte do público preferiu o Accept, o que resultou em uma plateia menos numerosa para o Stone Temple Pilots, em comparação por exemplo, o Sepultura. E, claro, também houve alguns equívocos por parte da própria banda – que apresentou um show tecnicamente impecável.

Stone Temple Pilots |Foto: Felipe Domingues

O início foi promissor, com as empolgantes “Wicked Garden” e “Vasoline”, seguidas pela sensual “Big Bang Baby”. Durante “Down”, Gutt – muito mais carismático ao vivo do que nos vídeos – interagiu com o público, tocando as mãos de quase todos que estavam na grade. No entanto, as reações da plateia foram se tornando cada vez mais tímidas à medida que as faixas mais arrastadas “Silvergun Superman”, “Still Remains” e “Big Empty” eram executadas (esta última incluindo um solo sonolento de slide por parte de Dean). Os maiores sucessos, “Plush” e “Interstate Love Song”, foram tocados em sequência… e a partir desse ponto não havia mais hits para manter o interesse.

Stone Temple Pilots |Foto: Felipe Domingues

A parte final do show destacou-se com a pesada “Crackerman”, o balanço de “Trippin’ on a Hole in a Paper Heart” e a conclusiva “Sex Type Thing” – Jeff interagiu com o público novamente durante essas duas últimas músicas. Foi um bom show; talvez em um local e circunstâncias não tão ideais.

Repertório – Stone Temple Pilots:

1. Wicked Garden

2. Vasoline

3. Big Bang Baby

4. Down

5. Meadow

6. Silvergun Superman

7. Still Remains

8. Big Empty

9. Plush

10. Interstate Love Song

11. Sin

12. Crackerman

13. Dead & Bloated

14. Trippin’ on a Hole in a Paper Heart

Bis:

15. Piece of Pie

16. Sex Type Thing

Claro que nesta resenha, iremos nos restringir nos shows e experiências que estivermos presentes nesses dois dias de festival, mas sem sombra de dúvidas, para quem estava presente, principalmente a nós do portal, surpreendemos bastante pela estrutura, os shows e demais elementos. É praticamente impossível relatarmos todas as atrações mas entretanto alguns apontamentos devem ser expostos para fins de aprimoramento da experiência do expectador para a próxima edição, marcada para abril de 2024

Banheiros Químicos: Era perceptível o cheiro de urina que exalava próximo aos banheiros químicos entre o período da tarde e noite dos dois dias do festival.

A distribuição de bandas nos palcos: Acept e Stratovaius no Sun Stage no mínimo não exaltou o bom senso.

Entrada única para acesso a pista premium aos palcos Ice e Hot Stage: No mínimo não soa uma ideia inteligente este procedimento visto a quantidade de pessoas que tinha acesso a pista premium e que poderia mudar de palco ou até mesmo sair da área para poder ir para o terceiro palco, do outro lado da ponte. Não sei como ninguém ali foi pisoteado ou algo do gênero quando as pessoas quiseram sair dali até mesmo pois não tinha afinidade pela próxima banda ou mesmo recarregar as baterias com alguma comida ou bebida. Imagine se alguém passasse mal, por queda de pressão, por exemplo (o que acontece pontualmente em outros festivais) a operação de guerra para fazer a retirada. Mas para auxiliar a vida do pessoal, uma saída para a esquerda é essencial.

A oscilação do som (as vezes alto demais): É algo que não é específico do Summer mas foi perceptível no primeiro dia do festival, onde perante a troca de bandas, você sentia a diferença dos graves e o estouro nos retornos. A imprensa e os fotógrafos que tinham que lutar e muitos retornaram para o segundo dia com um protetor auricular.

Sem dúvidas, o Summer Breeze já entrou com os dois pés no peito no calendário oficial de eventos da capital com a devida assinatura da organização alemã. Certamente, o Memorial da América Latina ficou pequeno para receber um público numeroso que conferiu uma série de shows e experiências fora do comum. Para quem não foi em 23, junte suas economias e se prepare para 2024 pois haverá atrações de peso e a experiência certamente será ampliada. A resposta do sucesso foi devidamente apresentada com o rápido anuncio da segunda edição: Uma semana após ao segundo dia de festival. É esperar para ver e apreciar tudo isso.

Em nome do Ponto Zero, agradecemos a Free Pass Entretenimento, Roadie Crew e Agência Taga pela parceria e pelo fornecimento do credenciamento para a cobertura.

Shaman é um dos nomes confirmados na primeira edição do Summer Breeze Open Air Brasil

Banda apresentará homenagem para Andre Matos ao lado do Viper e dos membros do Angra Rafael Bittencourt e Felipe Andreoli

O Shaman foi confirmado pelo Summer Breeze Open Air Brasil como uma das atrações da primeira edição brasileira do festival alemão que acontece no Memorial da América Latina, em São Paulo, nos dias 29 e 30 de abril de 2023. A banda irá apresentar uma homenagem para o saudoso Andre Matos ao lado do Viper e integrantes do Angra. O festival ainda conta com nomes como Stone Temple Pilots, Avantasia, Kreator, Accept, Stratovarius, Sepultura, Testament, Marc Martel, Skid Row, Grave Digger, H.E.A.T, entre outros. Mais bandas serão confirmadas em breve. 

“Tocar na primeira edição do Summer Breeze em nosso país é um privilégio. Fico muito feliz que festivais como este aconteçam por aqui, pois isso ajuda muito o cenário. Estou muito ansioso para fazer parte dessa história, ainda mais em uma homenagem ao mestre Andre Matos do lado de grandes amigos” – Alírio Netto, vocalista do Shaman

Me apresentar com o Shaman na primeira edição do Summer Breeze no Brasil é uma honra. Prestar uma homenagem para o meu amigo Andre Matos é maior ainda. Os fãs podem esperar o melhor da banda no palco, vamos dar o melhor de nós. Ter os amigos do Viper e do Angra juntos é importante para mostrar que estamos unidos em um bem maior. Para o Shaman, esse festival é uma consagração desta formação” – Hugo Mariutti, guitarrista do Shaman

O Shaman acabou de lançar o álbum “Rescue”, marcando a chegada do vocalista brasileiro Alírio Netto ao time com os integrantes originais Hugo Mariutti (guitarra), Luís Mariutti (baixo), Ricardo Confessori (bateria) e Fábio Ribeiro (teclado). 

Assista videoclipe de “The “I” Inside”https://youtu.be/Syd4BjKu6i8
Assista o lyric vídeo de “Gone too Soon”https://youtu.be/xCQmJL01Voc
Ouça “Rescue” no Spotifyhttps://sptfy.com/83T7

Mais informações sobre o festival no press release abaixo:

SUMMER BREEZE OPEN AIR
ACONTECEU NA ALEMANHA A COLETIVA OFICIAL DO TRADICIONAL FESTIVAL DE ROCK. 
O EVENTO DIVULGOU ALGUNS DOS NOMES QUE ESTARÃO NO BRASIL EM 2023

Esta é a primeira vez que um grande festival de rock europeu desembarca no Brasil trazendo toda a excelência e grandiosidade de uma marca como a do Summer Breeze Open Air, construídas em 25 anos de existência.

Com sua edição especial de 25 anos acontecendo neste momento, em Dinkelsbühl/Alemanha, o megafestival Summer Breeze Open Air realizou uma coletiva de imprensa especial e anunciou, entre outras coisas, parte do lineup de sua primeira edição fora de seu país de origem, que acontece no Memorial da América Latina (São Paulo), nos dias 29 e 30 de abril de 2023. O evento contou com a presença dos realizadores brasileiros Rick Dallal e Claudio Vicentin, além de Bruno Gomes – diretor executivo do projeto. 

Aqui no país, o evento contará com quatro palcos distribuídos pela estrutura e que receberão mais de 40 nomes das diversas vertentes do rock. Entre eles já estão confirmados:

Stone Temple Pilots
Avantasia
Kreator
Accept
Stratovarius
Sepultura
Testament
Marc Martel
Skid Row
Grave Digger
H.E.A.T.
Shaman + Viper + Felipe e Rafael (Angra) – Homenageiam Andre Matos*
Benediction
Perturbator
Voodoo Kiss
Beast in Black
Project46
Crypta
João Gordo (Brutal Brega)

*Uma homenagem ao maestro e eterno ídolo do metal no Brasil, Andre Matos, será preparada e trará ao palco para um show inesquecível duas das bandas em que o músico atuou: Shaman, Viper, junto com integrantes do Angra.

“Diferente do que acontece na Alemanha, pensamos em trazer um mix de vertentes do rock para o Brasil. Esta é só uma amostra do que vem para cá ano que vem, faltando ainda anunciarmos algumas bandas do lineup, incluindo os headliners, palestras e outros conteúdos exclusivos e originais – como no caso da homenagem ao Andre Matos. O que já parece bom, ficará ainda melhor.”, comenta Rick Dallal, Free Pass Entretenimento.

Estão previstas quase 30 horas de música rolando nos dois dias de evento. E, como tradicionalmente ocorre nos festivais europeus, o público poderá aproveitar uma atmosfera única que vai além dos shows em si, pois a estrutura do evento abrigará opções de entretenimento diversas, proporcionando uma experiência inesquecível: 

– Gastronomia diversa e com a culinária alemã presente 
– Feira Geek
– Feira de Cultura Urbana e Tatuagens
– Lojas com diversos produtos relacionados a cultura da arte e da música
– Merchandising variado do festival e das bandas participantes
– Um verdadeiro espaço kids com brinquedos diversos e monitoria
– Sessões de autógrafos com as bandas presentes no festival 
– Side Shows acontecendo na Audio, antes e após às datas do festival

O evento aqui no Brasil acontecerá anualmente e fará parte do calendário oficial da cidade de São Paulo – contando com o apoio da Prefeitura da cidade de São Paulo e do Governo do Estado. Com isso, o festival espera dar visibilidade a bandas nacionais e estrangeiras e gerar muitos empregos diretos e indiretos.

“É a hora de o Brasil ser, através de São Paulo, a segunda casa da marca Summer Breeze. São Paulo é uma cidade que respira rock, onde os shows do estilo sempre acontecem de casa cheia desde os anos 90. Esperamos mais de 30 mil pessoas neste evento, que só tem a agregar positivamente à capital. Estamos muito felizes em poder trazer o melhor festival de rock da Alemanha para cá. E ele veio para ficar!”, completa Claudio Vicentin, Roadie Crew.

Mais informações sobre atrações, headliners, experiências e palestras no evento serão divulgas em breve.

A data da abertura de vendas de ingressos será anunciada em breve.