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Blind Pigs 30 anos: banda lança “Suor, Cerveja e Sangue” em vinil

Foto: Tiago Rossi

Álbum ao vivo foi gravado em noite histórica no Hangar 110

Em meio às comemorações de 30 anos de formação, o Blind Pigs divulgou o lançamento do álbum ao vivo “Suor, Cerveja e Sangue” em vinil, através do conglomerado de selos, Fuzz On Discos, que agrupa a AMM (All Music Matters), Melômano Discos e Neves Records.

O único álbum ao vivo do Blind Pigs foi gravado há 20 anos, em 22 de novembro de 2003, no habitat preferido do punk nacional na capital paulista, a lendária casa de shows Hangar 110. “Não creio que existirá outro”, diz o vocalista Henrike. “Os shows dos porcos cegos nessa época eram uma explosão de energia, literalmente uma mistura de suor, cerveja e sangue. Os roadies sofriam com a molecada que incansavelmente invadia o palco, cantava os refrões com os punhos cerrados para depois se jogar no mar de corpos que lotava o Hangar”.

Foto de divulgação

A banda, no auge da carreira, não se preocupava em acertar as notas, e dois microfones pendurados no teto da casa captavam a plateia ensandecida, que neste registro, e durante toda a trajetória do Blind Pigs, esteve onipresente cantando mais alto que qualquer instrumento. Para o baixista Mauro Tracco, a dificuldade estava em transformar a energia que funcionava no palco, em um registro “decente” para a eternidade. “Não tinha como”, concluiu, já que o Blind Pigs que entrava em estúdio era completamente diferente do Blind Pigs que subia nos palcos. “O primeiro era metódico, polido e perfeccionista. O segundo era um arruaceiro bêbado. E os dois Blind Pigs entraram em conflito. Várias vezes ao longo do processo, o lançamento foi quase abortado. O Blind Pigs perfeccionista dizia que o resultado não estava à altura do seu padrão de qualidade. O bêbado achava que estava bem acima. Após muita discussão, histeria e perda de tempo, o bêbado ligou o foda-se, mandou a master pra fábrica e o ‘Suor, Cerveja e Sangue’ nasceu”, revela o baixista.

Mesmo com tanta resistência por parte da banda, “Suor, Cerveja e Sangue”, lançado originalmente em CD em 2004, foi o disco mais vendido da história do Blind Pigs. A versão em LP, que chegou às lojas nesta semana, é uma edição limitada de 250 cópias. Em vinil amarelo splatter, o álbum de 22 faixas conta com uma nova arte, capa dupla e encarte com a reprodução do cartaz do show.

Garanta a sua cópia:
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Ouça “Suor, Cerveja e Sangue” no Spotify:
https://cutt.ly/hwkgiV0O 

“O perigo está nos extremos”: Plebe Rude reflete situação política ao lançar lyric video de “O Pêndulo Da História”

Foto: Caru Leão

Faixa fecha o projeto “Evolução”

Quando a música “Evolução” foi composta em 1989, a Plebe Rude não sabia o que fazer com a canção, já que a letra, “irreverente” demais, seria de difícil encaixe no repertório. Philippe Seabra então, teve a ideia de mostrar a música para Evandro Mesquita, seu vizinho na época.  O líder da Blitz ouviu e foi muito gentil, mas não gostou. Seabra pensou, “Caramba, nem pra Blitz serve, a banda mais irreverente do Brasil!  Mas se o Evandro falou, tá falado”. A Plebe Rude arquivou a música por 30 anos.

Durante as pesquisas para a autobiografia do Philippe, que será lançada em 2024, a letra de “Evolução” reapareceu e a banda viu nela a possibilidade de um projeto que tomaria proporções impensáveis e viraria uma ópera rock num disco duplo com 28 músicas. E assim nasceu “Evolução, Volumes 1 e 2”, que narram a saga da humanidade e o seu desenvolvimento através da violência do homem, desde o despertar da consciência no Homo Sapiens. Para ser ouvido de cabo a rabo e na ordem, até o último acorde. 

Como todo musical precisa de um final arrebatador, a canção que encerra o espetáculo se chama ‘”O Pêndulo Da História” e ganhou nesta quinta-feira (24), um lyric video dirigido por Adriano Pasquá. “‘O Pêndulo Da História’ fecha ‘Evolução’ numa grandiosidade como os musicais ‘Hair’ e ‘Tommy’ (‘Let the sunshine in’ e ‘Listening to you’ respectivamente) com o tema principal do musical reaparecendo num grosso naipe. É o momento, mais para o final da música, de todo o elenco no palco aparecer cantando com os braços abertos. Dúvida? Dê uma ouvida”, desafia Seabra. O baixista André X completa: “Se o musical fosse encenado, seria um encerramento épico, com vozes, dança, cordas e metais acompanhando a banda”.

Philippe Seabra se vale da mensagem da faixa para fazer paralelo com a situação política atual no Brasil. “A Plebe Rude finaliza essa empreitada com a imagem de um pêndulo gigante que vai e vem no balançar natural de sua cadência durante a história, às vezes tendendo à hesitação, ficando suspenso em uma das extremidades, ora de um lado ora de outro, alternando entre a glória e a dor, a redenção e erros. O perigo mesmo está nos extremos. Desde a formação da Plebe, a banda assiste o pêndulo ir de um lado para o outro. Mas nas últimas duas décadas da história recente do país, o pêndulo hesitou num dos lados por muitos anos, criando as condições – e o impulso – para que fosse para o outro lado muito, muito mais extremo“, reflete o vocalista. “Talvez tenha havido essa necessidade quase que fisiológica para o brasileiro tirar isso do seu sistema, que está no seu DNA desde o governo Vargas. Mas felizmente para as pessoas de bem, o nível de ignorância, truculência e intolerância simplesmente sem precedentes – aliada a liberdade dada às pessoas mostrarem seu pior lado (empoderados por péssimos exemplos vindos “de cima”) – encurtou essa ‘hesitação’, pois isso não se sustenta. Fatalmente o pêndulo voltará em nossa direção, e cabe a gente que volte a uma posição mais moderada, ou que no mínimo não oscile tão opostamente”, completa.

Para André X, a música traz um “fio de esperança”. “O futuro é uma folha em branco, basta a gente escrever nela nosso destino. A música também contém um alerta: se não dosar a empatia, o respeito e a tolerância, se não incluir todas, todos e todes, será um futuro instável e amaldiçoado”, diz o baixista.

E se tratando de música, a Plebe Rude escreve o passado, reflete o presente e não deixa de fazer novos planos para o futuro. Durante a turnê Evolução Vol. II, Philippe Seabra terminou a trilha sonora do longa “Sobreviventes”, de José Barahona, e contou com a participação honrosa de Milton Nascimento. Entre os shows da banda e os trabalhos paralelos de seus integrantes, veio uma nova ideia: “Queremos fazer um acústico”, conta André X. “A ideia seria tocar as músicas clássicas, claro, mas rechear o repertório com algumas mais desconhecidas. Seria um presente para os Plebeus raízes”. Mais um.

Ouça “Evolução Vol. 1 e Vol.2” no Spotify: 
https://cutt.ly/Twh3kQbK

Confira as datas dos próximos shows da Plebe Rude:

16/09 – Araraquara/SP – SESC Araraquara
17/09 – Jacutinga/MG – Rock In Lago
22/09 – Extrema/MG – Parque de Eventos de Extrema
01/10 – Brasília/DF – Porão do Rock
07/10 – Diadema/SP – Festival Lado Punk ABC (Clube Chácara e Irmãos)

Kiko Zambianchi e Abel Capella se unem em “Bem Longe”, single lançado em videoclipe pelo selo New House

Kiko Zambianchi e Abel Capella divulgaram nesta terça-feira (11) o single inédito “Bem Longe”, que representa a união de dois talentos da música brasileira, um com reconhecimento consolidado e o outro, um promissor novato no cenário musical. O lançamento de “Bem Longe” é realizado pelo selo New House, idealizado por Zambianchi, que tem como um dos propósitos, dar espaço e visibilidade a novos artistas, como é o caso de Capella.

Morador do Morro do Segredo em Palmas, no Tocantins, Abel Capella se descreve como “um mensageiro da Nova Terra” e criador de “canções que refletem sobre questões existenciais”. O músico revela como foi trabalhar com o autor de “Primeiros Erros”: “Foi incrível, o Kiko é um cara muito especial. Definitivamente foi uma honra, sou muito grato ao universo por ter conspirado a favor deste acontecimento. Fizemos a música em poucos minutos, e já gravamos os vocais enquanto íamos compondo. Foi uma cumplicidade e sintonia difíceis de alcançar“.

Kiko Zambianchi também comentou sobre a parceria com Abel Capella, relembrando como a amizade entre eles surgiu em uma viagem à Palmas há muitos anos. “Foi uma amizade instantânea, daquelas que parece ser de outras vidas. Nos demos muito bem e tudo fazia crer que algo surgiria dessa amizade. A parceria na música “Bem longe” veio de uma composição que eu tinha guardada no meu celular, entre muitas outras. Ouvimos e soubemos que era a música certa. Abel começou a escrever e em pouco tempo tínhamos montado a letra e completado a melodia. O resultado foi essa música linda, que mexe com os sentimentos e com o espírito de quem escuta“, diz Zambianchi.

https://faromusic.us12.list-manage.com/track/click?u=497b181146c1440e2c2bf2f5f&id=aa0dd345a3&e=ff20bc14ff

“Bem Longe” foi mixada por Guilherme Canaes e masterizada no Abbey Road Studios em Londres. O single ganhou ainda, um videoclipe dirigido por Roberto Giovannetti Pahim, que adiciona uma camada visual e narrativa à intensidade da canção. O roteiro ficou por conta do próprio Abel Capella. “Fiz uma versão moderna do mito da caverna, trazendo elementos do nosso tempo, como a tecnologia dos óculos VR e o metaverso. A atriz está inconsciente em uma realidade simulada, enquanto sua mente é alimentada por uma ilusão de mundo. Mas aí o Kiko vai lá e a salva, por meio do seu avatar, que sou eu”, revela.

Ouça “Bem Longe” no seu tocador favorito:
https://found.ee/abelcapellakikozambianchi_bemlonge

João Gordo lança o álbum “Brutal Brega” em LP com edição limitada

“Brutal Brega”, álbum do João Gordo em parceria com o produtor Val Santos, está de volta em uma edição especial em vinil. O conglomerado de selos, Fuzz On Discos, que agrupa a AMM (All Music Matters), Melômano Discos e Neves Records, anunciou o lançamento deste projeto divertido, que traz releituras punk rock de clássicos da música brega que dominavam as rádios AM.

Com 14 faixas, o disco conta com canções originalmente interpretadas por artistas como Sidney Magal, Ângelo Máximo, Reginaldo Rossi e Jane e Herondy. Entre os destaques estão os sucessos “Fuscão Preto”, “Tô Doidão”, “Amante Latino” e “Domingo Feliz”. A romântica “A Namorada Que Sonhei” e o dueto com a atriz Marisa Orth em “Não Se Vá”, revela a versatilidade de João Gordo em explorar diferentes estilos musicais.

A edição limitada de apenas 300 cópias do “Brutal Brega” em LP, foi prensada em vinil de 180 gramas na cor laranja. “Eu tô muito feliz com o lançamento”, revela João Gordo, que também é colecionador de discos. “Para mim é muito importante o disco sair em vinil. A gente nunca deixou o formato, desde a época do CD, sempre lançamos os discos do Ratos em vinil, então eu não penso em outro formato, a não ser lado 1, lado 2, vinil colorido, encartes, capa, eu penso desse jeito. O ano passado o Ratos de Porão foi a banda que mais teve lançamentos em vinil do Brasil. Como colecionador, é uma correria sensacional“.

João Gordo conta que, assim como no Ratos de Porão, este projeto também deve permanecer investindo em lançamentos em vinil. “O Brutal Brega é uma banda que foi feita na pandemia, e de um projeto só, já virou dois ou três projetos, porque daí veio o ‘Brutal MPB’ e agora eu e o Val estamos fazendo o ‘Brutal Samba’, que é só samba dos anos 70. E todos terão formato de vinil colorido, capa alternativa e todas aquelas coisas que só vinil pode nos dar“, afirma.

“Brutal Brega” em LP já está disponível e é uma oportunidade para os fãs de João Gordo experimentarem uma abordagem única e ousada do gênero brega.

Garanta a sua cópia de “Brutal Brega” em vinil: 
www.fuzzondiscos.com.br/produtos/joao-gordo-brutal-brega/

Confira a lista completa de músicas:
1. Fuscão Preto (Atilio Versutti / Jeca Mineiro)
2. Tenho (Sanchez, Roberto / Anderle, Petri Oscar / Sidney Magal)
3. Ciganinha (Carlos Alexandre / Aarão Bernardo Fermata Do Brasil)
4. Domingo Feliz (Daniel Boone / Rod McQueen / Rossini Pinto)
5. A Namorada Que Sonhei (Osmar Navarro)
6. Pepino (Jacó / Jacozinho)
7. Não Se Vá (dueto com Marisa Orth) (Alain Barriere / Jane Vicentina Do Espírito Santo)
8. Amante Latino (Antônio Filho Silveira / Juan Carlos)
9. Verdes Campos da Minha Terra (Charlie Jr. Puttman / Geraldo Figueiredo)
10. Eu Vou Rifar Meu Coração (Lindomar Castilho / Letinho)
11. Feiticeira (Carlos Alexandre / Osvaldo Garcia)
12. Tô Doidão (Jean Michel Franck Rivat / Franc Georges / Fernand Combes / Joseph Ira Dassin / Reginaldo Rodrigues Dos Santos)
13. Doces Beijos (J.Seixas / C.Villa / A.Monroy)
14. Sandra Rosa Madalena (Livi / M Cidras)

Ouça o álbum no Spotify:
https://cutt.ly/rwyW3vrp

“Dead Lovers”: álbum de estreia da Sick Dogs in Trouble sintetiza os primeiros anos da banda

Foto: Nanda Arantes

Mixado e masterizado por Raul Zanardo, “Dead Lovers” reflete o processo de transformação tanto da banda, quanto de seus integrantes. “Alguns amores e amantes realmente morreram ao longo da produção deste disco. Às vezes pra seguir em frente, alcançar objetivos e estar bem psicologicamente, é necessário deixar um pouco de bagagem pra trás, não dá pra carregar tantas coisas. É preciso continuar a caminhada com mais leveza. A morte significa renovação e a possibilidade de viver outros amores. Embora seja o nosso primeiro disco, ele fala sobre o passado e neste sentido, representa o fim, mas também a abertura para um novo começo”, revela Signorini.

Após o videoclipe do single “Better Be Alone”, a banda escolheu a faixa “Cold Affection” para destacar o lançamento do álbum. A música, composta por Signorini e Matheus Krempel (The Bombers), mostra um lado mais sombrio do Sick Dogs In Trouble. “A gente queria mostrar que a banda pode soar mais agressiva, mais obscura, sem deixar de ser Pop. Já a letra, fala sobre esses encontros casuais na noite paulistana, ou em qualquer outro lugar, que acabam se tornando voluptuosas paixões, pouco correspondidas, que na verdade nunca deveriam ter acontecido”.

Durante a divulgação de “Dead Lovers”, a Sick Dogs in Trouble pretende levar o disco pra estrada. A banda já está ensaiando para uma turnê no segundo semestre. Além disso, o guitarrista Felipe Skid diz que com a atual formação, que conta com Junior (bateria) e Fabiones (baixo), o grupo ganhou uma nova energia, que deve trazer mudanças. “No começo do ano que vem pretendemos começar a trabalhar num álbum novo que, certamente, vai trazer um Sick Dogs mais agressivo, mais pesado, sem deixar o swing do rock’n roll de lado”.

Ouça “Dead Lovers” na íntegra no seu tocador favorito:
https://found.ee/WxkDg

Álbum de 1994 do Little Quail & The Mad Birds ganha edição de luxo em vinil

Foto: Patrick Grosner

Formada em 1988 por Gabriel Thomaz (Autoramas), Bacalhau (Ultraje a Rigor) e Zé Ovo, a banda brasiliense Little Quail & The Mad Birds lançou o primeiro álbum, “Lírou Quêiol en de Méd Bârds”, em 1994 pela Banguela Records, com produção de Carlos Eduardo Miranda. Nesta segunda-feira (15) o conglomerado de selos Fuzz On Discos, que agrupa a Anomalia Distro, Melômano Discos e Neves Records, anunciou a reedição do álbum em LP.

Em vinil azul, “Lírou Quêiol en de Méd Bârds” ganhou um novo encarte, com fotos inéditas da banda e quatro faixas bônus – “Sex Song” e “Pump Up The Bird (Pâmp Ap De Bârd)”, músicas que vinham como bônus apenas na versão do disco em CD, e “Lembranças De Uma Saudade” e “1,2,3,4 (Aerobic Version)”, que eram as faixas escondidas do formato. As primeiras cópias também virão com um exclusivo slipmat de feltro para toca discos. 

“Esse foi um disco que marcou época e chegou a ser lançado em vinil assim que saiu. Essa prensagem inicial passou a alcançar um valor muito alto. Agora as pessoas terão acesso ao disco a um preço justo e com edição de luxo”, diz Gabriel Thomaz, que conta também sobre a representação do disco na sua carreira. “Foi meu primeiro álbum, tocou bastante, teve música no número 1 na MTV. Tocamos esse repertório por muitos anos até conseguirmos lançá-lo. O Little Quail foi uma banda que tocava pesado as influências dos anos 50 e 60. Viajamos muito e desbravamos o cenário brasileiro”.

O vocalista e guitarrista revela, ainda, que a banda se reunirá para tocar no show Tributo ao Canisso, em 29 de junho na capital paulista.

Garanta a sua cópia de “Lírou Quêiol en de Méd Bârds” em vinil:
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Ouça o álbum no Spotify:
https://open.spotify.com/album/16EoubCxayt4sd4ToSYii6

Gypsy Tears, banda hard rock mineira, lança single “Walking Alone”

Foto: André Luíz

O guitarrista e compositor Thiago Valle, diz que as influências para a música vêm do que costuma ouvir: Led Zepellin, The Who, Stones, Cinderella e Guns N’ Roses. Ele cita como inspiração ainda, a atmosfera do filme norte-americano Midnight Cowboy (Perdidos na Noite) de 1969. “‘Walking Alone’ fala de uma caminhada solitária em busca de algum tipo de perdão. Imagine uma mente cansada e arrependida de algo que fez, buscando, sozinho, essa redenção, percebendo que é uma caminhada árdua e repleta de recordações difíceis pela qual tem que passar. Esse é o clima de Walking Alone”.

A faixa, lançada de forma independente, fará parte do álbum “Gypsy Tears II”, segundo disco da banda, composta atualmente por John Laporte (voz) e Arthur Luíz (baixo e bateria), além de Thiago Valle (guitarra). “‘Walking Alone’ sintetiza vários elementos presentes no disco. Tem riffs pesados, refrão marcante, vocal crescente e explosivo, com solo de guitarra igualmente crescente e o uso de slide (bottle neck), que tem uma sonoridade que eu gosto muito nos riffs de Hard Rock”, revela o guitarrista.

O single vem acompanhado de um vídeo dirigido e filmado pelo próprio Valle, que também é artista plástico. A ideia é ilustrar o clima de solidão descrito em “Walking Alone”. “Sempre gostei de mesclar várias ramificações das artes em um mesmo trabalho. Música, videoclipe, pinturas e HQ estão juntas no meu trabalho com o Gypsy Tears. Esse disco é uma extensão honesta e verdadeira de mim”, afirma o músico.

Ouça “Walking Alone” no seu tocador favoritohttps://orcd.co/n0dd08m

Arte: Thiago Valle

Sick Dogs in Trouble lança videoclipe; assista “Better Be Alone”

Foto: Nanda Arantes

A banda paulistana Sick Dogs in Trouble, formada em 2018, lançou na última quarta-feira (3) o videoclipe do single “Better Be Alone”. A faixa faz parte do álbum de estreia “Dead Lovers”, previsto para o próximo dia 31.

A canção, composta pelo vocalista e guitarrista Raul Signorini, versa sobre momentos em que o isolamento precisa ser compreendido, segundo o músico, de forma generosa e paciente. Quando cortar laços se torna realmente necessário. “Sabe aquele ditado: ‘é melhor estar sozinho do que mal acompanhado’? A música nasceu num momento em que eu me sentia exatamente assim: embora acompanhado, havia um profundo sentimento de solidão. Então compreendi que deveria transformar a solidão em solitude”.

Com influências de Social Distortion e Backyard Babies, “Better Be Alone” sintetiza o que o público pode esperar do primeiro álbum da banda. “A faixa tem um riff Hard Rock, um refrão Pop, uma ponte onde a música fica mais pesada e tem solo de guitarra. Enfim, tudo que a gente adora”, diz Signorini. O guitarrista Felipe Skid concorda, e revela ainda: “Na ponte para o solo quisermos nos aproximar um pouco da sonoridade do HIM, que é uma banda a qual Raul e eu amamos, mas que foge bastante do Sick Dogs, então tentamos colocar ali de forma discreta”.

“Better Be Alone”, foi mixado e masterizado por Raul Zanardo e ganhou um videoclipe dirigido por Nanda Arantes da produtora Red Rat, que agradou a banda. “O resultado ficou incrível”, diz Signorini. “Acho que as cores do clipe é o que mais vai chamar a atenção do público. Realmente sem palavras. Destaque pro nosso amigo Daniel Casanova que fez a iluminação”, completa Skid.

Além de Raul Signorini (Guitarra e Voz) e Felipe Skid (Guitarra), atualmente fazem parte da banda, Junior Drummer (Bateria) e Fabiones (Baixo).

Ouça “Better Alone” no Spotify:

Arte de Capa: Nicolas Aqsenen

Duelo de titãs: Armada e O Preço sobem no ringue do Hangar 110

Faz sete anos que a banda punk rock Blind Pigs anunciou o fim das atividades, com a saída de um dos seus fundadores, o guitarrista Christian Targa, conhecido como Gordo. Do fim turbulento, surgiram duas bandas: de um lado a Armada, formada por quatro quintos do Blind Pigs – incluindo o vocalista Henrike e o tripulante recém-chegado, Ricardo Galano -, e de outro O Preço, composto por Gordo e três novos integrantes.

Se os fãs do Blind Pigs ficaram decepcionados com o anúncio do fim de um dos principais nomes do punk rock dos anos 90, ganharam também duas novas bandas para escutar que estavam dispostas a não perder tempo. O Armada lançou em 2018 o álbum “Bandeira Negra”, em 2019 o EP “Ditadura Assassina” e se prepara para o lançamento de um disco inédito ainda neste ano. Já O Preço fez sua estreia em 2019, com o álbum homônimo, e conta com o EP “Sonhos de Televisão” de 2021.

No entanto, entre uma farpa e outra, ficava clara a rivalidade entre as bandas e a certeza de que não só o Blind Pigs não voltaria, como também, que Armada e O Preço jamais tocariam juntos. Alguns anos se passaram e a gravadora que detinha os direitos das últimas gravações do Blind Pigs resolveu lançar o material, que deu origem ao álbum “Lights Out” (2021) e ao EP “The Last Testament” (2022). E com isso, veio toda a burocracia, que colocou os integrantes novamente em contato. Assim, o que parecia impossível, deixou de ser.

No dia 3 de junho, Armada e O Preço se apresentam no Hangar 110, no palco que consagrou o Blind Pigs com shows históricos no começo dos anos 2000. Além das duas bandas, Fibonattis e Injetores também se juntam à festa, que terá início às 19h.

Para os fãs, resta saber, agora, se é (im)possível que aconteça aquele ‘bis’ que reúna as duas bandas para relembrar o Blind Pigs. Será? Só indo ao show para descobrir!

Garanta o seu ingresso e vá ao show:
https://pixelticket.com.br/eventos/13524/armada-o-preco-fibonattis-injetores

Serviço completo:

Sábado, 03 de junho de 2023
Local: Hangar110 – Rua Rodolfo Miranda, nº 110, Bom Retiro. São Paulo – SP
Abertura da casa: 19hs / Término 23:30hs

Classificação: 18 anos *
(* permitida a entrada de maiores de 10 anos, desde que acompanhados do representante legal, durante todo o evento, mediante a documentos de identidade comprobatórios).

Ingressos antecipados (meia ou promocional)**:
1º lote – R$ 30,00 / 2º lote – R$ 40,00 / 3º lote – R$ 50,00
(** mediante à apresentação da carteira de estudante OU a doação de 1kg de alimento não perecível (exceto sal e açúcar) OU um pacote de absorvente feminino, a ser entregue no dia do show).
https://pixelticket.com.br/eventos/13524/armada-o-preco-fibonattis-injetores

“Pop é Punk: 60’s”: Coletânea reúne sucessos da música nacional dos anos 60 em versões punk rock

Jorge Ben, Caetano Veloso, Chico Buarque, Roberto Carlos, Ronnie Von e Celly Campello, são alguns dos nomes que tiveram suas músicas interpretadas por bandas contemporâneas de punk rock na coletânea “Pop é Punk: 60’s”.

O álbum com regravações de clássicos da música brasileira, já está disponível nas principais plataformas digitais, e faz parte de um projeto que deve contar com seis edições que contemplarão as décadas de 1960 a 2010. “A primeira edição já deu super certo. A ideia é convidar outras bandas, inclusive de estilos diferentes, para participar das próximas e alcançar um número maior de artistas”, revela Felipe Medeiros, da Grudda Records, gravadora que assina o lançamento. A ideia do selo é que os novos artistas injetem uma perspectiva atual em cada clássico que foi escolhido. “É uma forma a manter estas músicas vivas e ativas, e prestigiar a música brasileira e a nova safra de bandas que tem aparecido”, afirma Medeiros.

Ouça “O Pop é Punk” no Youtube

Confira a lista completa de músicas:

1. F.Snipes – “Zazueira” (Jorge Ben)
2. Dan & The Gummy Hunters – “Roda Viva” (Chico Buarque)
3. Emersson Ramone – “Nossa Canção” – Luiz Ayrão (Roberto Carlos)
4. Ildefonsos – “O Bom” (The Fevers) – Carlos Imperial
5. Rosa Tigre – “Preciso Ser Feliz” (Renato e Seus Blue Caps)
6. Roger Capone e os Planárias – “Quero que tudo vá pro inferno” (Roberto Carlos)
7. Estragonoff – “Alegria, Alegria” (Caetano Veloso)
8. Bubblegumers – “Se alguém chorou” (Ronnie Von)
9. Rooster – “Ando meio desligado” (Os Mutantes)
10. Os Texugos – “Gatinha manhosa” (Erasmo Carlos e Roberto Carlos)
11. Morenas Azuis – “E Por Isso Estou Aqui” (Roberto Carlos)
12. Dead Nomads – “Trabalhar” (The Bubbles)
13. Janelles – “Broto Legal” – Celly Campello (Renato Corte Real)
14. Davi Pacote – “Se Você Pensa” (Erasmo Carlos / Roberto Carlos)

Ouça “Pop é Punk: 60’s” no seu tocador preferido:
https://onerpm.link/731095410685

“Essas Noites”: Novo single da SoulCity é homenagem à Disco Music

Depois de uma estreia cheia de suingue com o single “Invenções”, a banda paulista SoulCity lança nesta segunda-feira (10) a faixa “Essas Noites”, uma celebração à Disco Music.  

Composta pelo baixista Leandro Maciel, a música encarna a era dançante numa mistura que inclui MPB, Jazz e Bossa Nova.  “‘Essas noites’ é um tributo à Disco Music, que é uma das minhas grandes influências, ao lado de nomes como Steve Wonder, Prince, Donna Summer, Chic, Quince Jones. A ideia é somar todas essas referências com a música brasileira e criar um estilo próprio”, revela Maciel.

O mestre Tim Maia, Lulu Santos e Marina Lima servem de norte quando a banda se refere à flertes bem-sucedidos com a Soul Music. “Dá para fazer pop com qualidade, com groove, arranjos refinados da música brasileira, voz potente, e que seja uma música para curtir, pra dançar”, afirma o baixista.

Além de Leandro Maciel, a SoulCity é formada por Camila Caetano (voz), Luy D’Souza (guitarra), Diego Felipe (bateria) e Cláudio Cambé (trompete). A banda deve lançar o primeiro EP, intitulado “Invenções”, ainda neste semestre.

“Essas Noites” contou com um vídeo gravado e produzido por Rogério Dinniz.

Ouça o single no seu tocador preferido:
https://onerpm.link/853577814031

Plebe Rude lança novo álbum e anuncia turnê; ouça “Evolução Vol.II”

Foto: Caru Leão

A Plebe Rude lançou a segunda parte do projeto “Evolução”, que teve início antes da pandemia e foi interrompido devido a pausa nas atividades do setor cultural e de eventos. O álbum “Evolução Vol. II”, disponibilizado nesta quarta-feira (22) nas principais plataformas digitais, fecha um ciclo na trilha sonora do musical sobre a evolução humana. Ao todo, o projeto conta com 28 músicas.

“Foi uma experiência fantástica compor não só pensando na linha evolutiva do homem, mas também em coreografia, movimentação de palco, imagens projetadas ao fundo e cenografia”, revela o vocalista Philippe Seabra, que já tinha experiencias anteriores com trilha sonora, o que facilitou estabelecer tanto narrativa, quanto dramaticidade ao espetáculo. “Com momentos orquestrados, interlúdios eruditos, rock clássico se mesclando com o punk, percussão norte-africana, duas músicas com mais de 10 minutos e trechos que teriam que ter a voz de uma criança, valia de tudo em ‘Evolução'”.

“Evolução Vol.II” soma-se ao “Evolução Vol.I” num álbum duplo temático produzido e gravado por Seabra no Estúdio Daybreak, em Brasília. Com participações de Walter Casagrande Jr., Jarbas Homem de Mello, Fabio Yoshihara, Dani Buarque e Ana Carolina Floriano, o disco passeia por eventos tão díspares da humanidade quanto os estilos musicais apresentados por ele. Mas o vocalista afirma que o recado de “Evolução” é simples – “Se a nossa herança da Terra foi por acaso, a nossa passagem pelo universo é um grão de areia” – e faz uma reflexão sobre a situação política atual no país. “Esse momento esdrúxulo no Brasil da ascensão da extrema direita que a democracia conseguiu sobreviver então, é uma molécula nesse grão e no arco do tempo, e será visto e julgado pela história apenas como lapso, uma aberração na linha evolutiva. O arco do universo moral é longo, mas se inclina em direção à justiça. Mas a eterna vigilância continua sempre necessária”.

Para divulgar o lançamento, a Plebe Rude tem uma turnê marcada, com estreia na próxima sexta-feira (24) no Circo Voador, no Rio de Janeiro. A banda tem datas confirmadas também em Belo Horizonte (25/03), São Paulo (08 e 09/04), Jundiaí (28/04), Campinas (29/04), Contagem (13/05) e Curitiba (15/07). “Finalmente voltaremos para a estrada! E com material novo! Isso no dá o maior gás. Podem esperar uma Plebe com todos os hits, coisas do Evolução e outras surpresas“, adianta o baixista André X. “Temos uma grande expectativa em tocar as músicas ao vivo e ver a reação dos ‘plebeus’. Tem coisa lá que é muito teatral, muito cinematográfica (foi feita para o palco!) e outras que são de um estilo diferente do usual da Plebe.  Vai ser interessante ver a reação da plateia”, completa.

André X, acredita que com o lançamento de “Evolução Vol.II” e toda a obra disponibilizada para o público, o ciclo se fecha e a banda parte para novos projetos, mas deixa claro que esse ciclo não será esquecido. Seabra concorda: “É estudando o passado que conseguimos enxergar o futuro. A história não se repete igual, mas certamente rima”. Essa é a deixa para o vocalista dar um último recado: “Depois de 200 mil anos do Homo Sapiens na Terra, sobrevivemos a todas as adversidades desde impérios desenfreados, genocídios, pragas letais, da idade média a guerra fria, e chegamos até aqui só para nos destruirmos por intolerância? Não é à toa que a última frase cantada do espetáculo é: ‘Evoluir é aprender (a) conviver com as diferenças'”.

Formada em 1981, a Plebe Rude atualmente é composta por Philippe Seabra (Voz e Guitarra), Clemente Nascimento (Voz e Guitarra), André X (Baixo) e Marcelo Capucci (Bateria).

Ouça o álbum no seu tocador preferido:
https://onerpm.link/549554414118

“Bomayê”: Com EP político, Rota 54 comemora 15 anos de estrada

Foto:  Jeff Marques

Após o lançamento do single “Ali”, o Rota 54 divulgou nesta sexta-feira (3) o EP de quatro faixas, “Bomayê”. O novo trabalho, que carrega questionamentos políticos e sociais, marca os 15 anos de estrada da banda paulistana.

A reflexão já parte do título “Bomayê”, termo que aparece na música Ali e que no dialeto africano lingalês, significa “Acabe com”. “A mensagem que queremos passar com o EP é: Bomayê (acabe com) o racismo, a homofobia, o machismo, a intolerância religiosa, o genocídio do povo negro e indígena”, conta o vocalista Caio Uehbe. “Usar um termo africano tem muito significado, pois é necessário superar essa visão eurocêntrica, judaico-cristã, heteronormativa e masculina. É necessário descolonizarmos nosso olhar e nos africanizarmos em busca da nossa verdadeira essência e de uma nova forma de encarar as relações sociais e do ser humano com a natureza”.

A faixa destaque no lançamento do EP é “Mais Uma Estação”, que narra um retrato da rotina da maior parte da população da cidade de São Paulo, em que a jornada de trabalho é cada vez mais extensa, e suas condições cada vez mais precarizadas. “Nossos sonhos vão se perdendo na nossa rotina extenuante e vamos deixando um pouquinho de nós em cada lugar que passamos no cotidiano metropolitano: ‘O velho herói que sempre fui… Barra Funda, Liberdade, Ipiranga, Carrão… Se perdeu em alguma estação… Tiradentes, Paraíso, Sacomã, Conceição… O que perdi em cada vagão”, revela Uehbe.

Com produção de Wagner Bernardes e lançamento assinado pelo selos Rota Recs e RedStar Recordings, “Bomayê” conta com as faixas “Ali”, “Mais Uma Estação”, “Honestidade” e uma releitura de “Hey Ho Catadão”, música do álbum, “Subvivência” do Rota 54. “O disco vem num contexto pós pandemia e sobretudo pós governo Fascista no Brasil, onde todo o histórico genocida do país ficou escancarado na forma que o governo conduziu a pandemia, a questão dos povos originários, as políticas públicas de inclusão das minorias etc. A capa do disco mostra essa face do estado brasileiro que há mais de 500 anos elegeu seus alvos e que no último período intensificou a política de sua eliminação”, explica o vocalista.

Além de Caio Uehbe (vocal e guitarra), a banda é formada por Daniel Moura (guitarra), Camarada Renan (baixo) e Vinícius Coelho (bateria). O Rota 54 fará o show de lançamento do EP, disponível também em CD, em 11 de março na capital paulista.

Ouça “Bomayê” na íntegra:
https://cutt.ly/G8cP5Eh

Vá ao show:
Quando: 11 de março, a partir das 19h30.
Local: Red Star Studio, Rua Teodoro Sampaio, 512.
Saiba mais: www.sympla.com.br/evento/show-rota-54-lancamento-do-disco-bomaye-com-deserdados-e-refugiadas/1870841

Lhanura lança EP provocador; ouça “Antropoceno”

Foto: Juliano Toledo

Após a estreia do single “Busque o Melhor”, a banda paulista Lhanura lança nesta quarta-feira (14) o primeiro EP, intitulado “Antropoceno”, uma combinação do peso e da liberdade rítmica presentes no nu-metal, com o compromisso e as contestações observadas no rap e no hardcore.

Com reflexões sobre os meandros da vida contemporânea, o novo trabalho, de acordo com o vocalista Bollo, é um exercício de escopo sociológico a respeito dos desdobramentos e efeitos da vida em sociedade. “É uma leitura antropológica das questões que permeiam o modo de vida no Brasil. Trouxemos provocações que vão desde o problema da identidade no mundo globalizado e sua liquidez, passam pela motivação de ser quem se é, de reconhecer os pares, da aceitação e naturalização da desigualdade, e ainda, sobre estruturas de poder que reproduzem falácias legitimadas”, revela.

Para destacar o lançamento do EP, Lhanura escolheu a música “Toga Vil” com o intuito de representar a energia e autenticidade emanada pela banda. “É uma faixa que denuncia o descalabro provocado por omissões do poder judiciário. Ela critica as históricas decisões de arquivamento quando personagens brancos, ricos, correligionários ou herdeiros de figuras importantes, estão no foco de atos criminosos”, diz o vocalista.

“Antropoceno” se apresenta como uma amostra do caminho o qual a banda pretende trilhar, de forma poética, incisiva e cativante. Além de “Busque o melhor” e “Toga Vil”, o EP reúne as faixas “Nos Reconhecer”, “Ainda Não” e “Quem é você?”. “Todas elas contêm características que pretendemos carregar durante nossa jornada. É o nosso grito inicial, um chamado a quem pondera o misto de racionalidade e emoção – um convite à plenitude”, finaliza Bollo

Lhanura é formada ainda por Vinao (Bateria), Minhoca (Guitarra) e Kahlil (Baixo).

Ouça “Antropoceno” nas principais plataformas digitais:
https://ditto.fm/antropoceno 

“Ameaça”, novo single de Livy, resgata origem roqueira

Foto: Paulo Macarini

A cantora e compositora paulista LIVY lançou nesta terça-feira (13) o single “Ameaça”. A faixa é a primeira do álbum de estreia “It was never dead, just resting”, previsto para 2023.

Pautado pelo renascimento, o disco apresenta também algumas canções compostas no início da carreira de LIVY, o que ela considera o “lado B” do álbum. Curiosamente, é uma dessas faixas, “Ameaça”, a escolhida como primeiro single. “Escolhi essa música porque ela representa minha raiz, de onde eu vim, e as nossas raízes dizem bastante sobre a gente. Honre-as sempre que possível. Isso nunca vai fazer com que você erre a direção. Honre mesmo aquela versão ‘rascunho’ que fez você chegar até aqui. ‘Ameaça’ é sinônimo da artista em formação, buscando identidade e se colocando no mundo. Acho que é uma boa forma de recomeçar”, explica.

LIVY também recorda que na época em que compôs a faixa, ouvia bastante hard rock como Halestorm e The Pretty Reckless, o que justificaria a pegada mais roqueira da música. “Pode ter um elemento ou outro dessa combinação”. Já a letra, segundo ela, aborda a dualidade, o maniqueísmo, a ameaça em algo inevitavelmente sedutor. “A música fala também em estados de exceção, totalitarismo. O verso ‘dizem que ninguém escapa desse charme de sempre, dessa velha ameaça’ não parece atual num contexto de democracia tão recente quanto a nossa? Esse flerte com a ausência do Estado de Direito não tem nada de novo e continua se alastrando nos dias atuais, travestido de nacionalismo”, revela.

Em julho deste ano, numa retomada de carreira, LIVY lançou “Baby, é o Fim do Mundo” em videoclipe. A ótima repercussão, deu o gás que a artista precisava para trabalhar no novo álbum, e “Ameaça” é o início do que está por vir em 2023.

Ouça “Ameaça” nas principais plataformas digitais:
https://ffm.to/x8bdy9p.OPR 

Arte: Levi Quinezi

CONFIRA O NOVO EP DO CATALÉPTICOS EM VINIL 10″

“Hungry For Meat Thirsty For Blood” é o nome do novo EP do Catalépticos, lançado em vinil 10″ pela gravadora paulista Neves Records. O disco conta com duas faixas de estúdio – “Hungry For Meat Thirsty For Blood” e “Death March”, disponíveis nas principais plataformas digitais desde 2020 – e outras quatro gravadas ao vivo no festival Psycho Carnival em 2020 – “Death Train”, “Psychopath Fever”, “Freaks!” e “Brand New Cadillac”, exclusivas para a versão em vinil.

Formada em 1996 na cidade de Curitiba, a banda psychobilly já se apresentou no maior festival do estilo, o Big Rumble, na Inglaterra. A partir de então, teve seus discos lançados em diferentes partes do mundo.  Em 2006 o grupo se separou e retomou as atividades 11 anos depois com o relançamento do primeiro álbum, “Little Bits Of Insanity” em vinil e shows com ingressos esgotados no Brasil e Estados Unidos.

Para o baixista Gus Tomb, o lançamento de “Hungry For Meat Thirsty For Blood” é um marco importante para a banda. “Era fundamental para a gente fazer esse lançamento. Tínhamos muita gana em provar – até para nós mesmos – que a gente podia fazer isso. Trabalhar em músicas novas sem perder a nossa essência, a nossa origem. Não nos interessava virar uma banda cover de nós mesmos”, explica. “Quanto ao formato, o vinil, hoje em dia nem pensamos em lançar algo diferente disso“.

Foto: João Urban

Produzido por Virgílio Milleo, com arte de capa por Marcial Balbás, o novo EP do Catalépticos tem edição limitada de 275 cópias em vinil púrpura. 

Questionado sobre os próximos planos da banda, Gus Tomb conta que a ideia a princípio era lançar mais um EP e um novo álbum. “Esse era nosso plano para 2020. Com a pandemia tudo mudou. O mundo virou de cabeça para o ar. Acabaram os shows. Os ensaios passaram a ficar perigosos. Estamos de resguardo aguardando que tudo isso acabe. Hoje um pouco mais desanimados, porque ao que tudo indica, mesmo com a existência da vacina, a depender da competência de nossos políticos e autoridades, o problema ainda vai demorar para acabar“.

Garanta a sua cópia de “Hungry For Meat Thirsty For Blood”:
https://cutt.ly/FkQQxyM 

Ouça “Hungry For Meat Thirsty For Blood” e “Death March” no Spotify:
https://cutt.ly/9kQQWvo

PLEBE RUDE GRAVA “P DA VIDA” COM PARTICIPAÇÃO DE AFONSO NIGRO; ASSISTA AO VIDEOCLIPE

Nesta sexta-feira (27) a Plebe Rude, uma das bandas pioneiras do rock nacional dos anos 80, divulgou o videoclipe da faixa “P da Vida”, com a participação de Afonso Nigro. A música, lançada originalmente em 1987 pelo grupo pop Dominó, é uma versão do compositor Edgard Poças para “Tutta La Vita” do italiano Lucio Dalla. Poças revela que quando escreveu a letra, a ideia era fazer algo diferente, que considerasse importante de dizer na época. “Veio a ideia de falar sobre o que tava acontecendo no mundo, mas me deu aquele choque: puxa! será que aqueles meninos vão cantar isso? Porque eles cantariam coreografando e ficaria um choque visual com as palavras que eram de mais peso. Mas fui em frente e cada vez a música foi ficando mais forte, então a chamei de ‘Puto da Vida’ e naquele tempo isso era um negócio proibitivo, né? Então mudamos para “P da Vida“‘.

Assista “P da Vida”:

A faixa em português chamou a atenção dos integrantes da Plebe Rude, que sempre prezaram por temáticas atuais e que reconheceram na letra, forte e impactante, a possibilidade de conciliar apelo comercial e conteúdo. “Eu já gostava da música desde a década de 80. Achava ousado o fato da banda mais pop da história da música popular brasileira ter conseguido gravar uma letra com cunho social contundente.Como ‘P da vida’ não envelheceu, muito pelo contrário, a Plebe ficou muito a vontade de fazer a versão.“, conta o vocalista Philippe Seabra.

A parceria inusitada entre a banda de Brasília e o ex-Dominó se deu, de acordo com o grupo, por uma piada recorrente sobre a semelhança física entre Philippe e Afonso. “A similaridade naquela época era gritante. Um era confundido com o outro na rua por pessoas pedindo autógrafos“, conta o baixista André X, que vê a parceria como divertida e bem humorada.

Segundo Afonso Nigro, o dueto improvável deve surpreender muita gente e só foi possível, já que a música é atual, política e remete de certo modo ao momento pelo qual estamos passando. “Regravar ‘P da Vida’ foi o máximo, ainda mais com uma banda que eu sempre admirei. Um amigo em comum nos conectou e a empatia foi imediata. O Philippe é super querido e eu adorei a concepção de arranjo. Tem o Clemente também, meu ídolo de infância. Tô muito feliz com o resultado“, afirma.   

Foto: Adriano Pasqua

Com o peso das guitarras distorcidas no lugar dos teclados, e a alternância dos vocais entre Philippe e Afonso, “P da Vida” faz parte do lançamento homônimo que conta ainda com mais uma faixa, a inédita “O Gigante Adormece”, composição de Seabra que seria adicionada a versão da Plebe Rude de “P da Vida”, no entanto, devido à dificuldade em obter a autorização do espólio do autor original na Itália, virou uma segunda música.
 
O vocalista da Plebe Rude conta que a faixa inédita é sobre a “passividade do brasileiro, que não consegue manter o foco no meio do ruído das redes sociais e rapidamente perde qualquer noção de indignação. É a nossa resposta a canção ‘P da vida’, o brasileiro fica puto mas esquece, a indignação desaparece, tem o governo que merece e o gigante – que todos acharam que acordou nas manifestações de 2013 – logo adormeceu de novo“. E o baixista completa: “É mais uma lista de coisas que deixam a gente p da vida. É tanta notícia ruim, tanta energia negativa, que temos medo das pessoas ficarem anestesiadas. Importante não relaxar, não dormir“.  

Assista “O Gigante Adormece”:

“P da Vida” é um EP digital de duas faixas, com lado A e lado B, assim como nos antigos vinis. Este é o primeiro lançamento da banda após o álbum “Evolução, Vol.1”, e foi produzido por Philippe Seabra no QG da Plebe Rude, o estúdio Daybreak em Brasília. O videoclipe da faixa título é assinado por Seabra e Adriano Pasqua.

Ouça nas principais plataformas digitais: 
http://sl.onerpm.com/pdavida 

ARMADA RESGATA A ESSÊNCIA DO PUNK NA INÉDITA “OS RATOS”

Arte: Paulo Rocker

O isolamento social decorrente da pandemia de coronavírus alterou o modo como as bandas têm produzido música. Exemplo disso é a faixa inédita “Os Ratos”, lançada nesta terça-feira (15) pela Armada. O grupo, que sempre prezou pela qualidade impecável de suas gravações, desde a época em que seus integrantes faziam parte da lendária Blind Pigs, agora troca os estúdios pelo celular e considera que a mensagem é mais importante que o meio.

“Estamos vivendo um momento delicado e perigoso politicamente no Brasil, a necessidade de colocar para fora o que sentimos em relação a isso é muito grande. Não dá pra entrar em estúdio? Então vamos gravar com nossos celulares!”, explica o vocalista Henrike Baliú.

O som cru e a atitude “faça você mesmo” são características já conhecidas do punk rock, e é natural que o Armada beba desta fonte, mesmo que em outros momentos tenha optado por não se limitar ao punk, misturando diferentes estilos musicais.  

“Os Ratos” conta ainda com um videoclipe desenvolvido também à distância e editado pelo baixista Mauro Tracco. “A letra do Henrike é uma analogia, mas queria que as imagens fossem para outro lado. Queria que fossem explícitas, sem muito lugar pra subjetividade”, diz Tracco. A ideia do baixista foi mostrar os ratos como inimigos nojentos e desprezíveis. Para isso, se valeu de cenas de filmes B dos anos 70 e 80 com essa temática. “A intenção é deixar o espectador nauseado com tanto rato, que é como nos sentimos em relação aos verdadeiros personagens aos quais a letra se refere”, revela.

Assista ao videoclipe de “Os Ratos”:
https://faromusic.us12.list-manage.com/track/click?u=497b181146c1440e2c2bf2f5f&id=d5366d103c&e=ff20bc14ff

  Foto: Rafael Cusato   

OUÇA “DITADURA ASSASSINA”, O NOVO EP DO ARMADA

Em meio a tensão política latente, o Armada lançou nesta quarta-feira (4) o EP intitulado “Ditadura Assassina”. O novo trabalho marca o posicionamento da banda em relação ao revisionismo histórico empregado por uma ala conservadora que tem crescido no país nos últimos anos.  “A ditadura militar brasileira foi cruel e assassina, sim! E é uma vergonha ver figuras políticas louvando torturadores e pedindo a volta do AI-5. É triste ver uma parte da população pedir intervenção militar no Brasil“, diz o vocalista Henrike Baliú.

Composto pelas faixas “Nas Trincheiras” e “A Rua de Trás”, “Ditadura Assassina” já está disponível nas principais plataformas de streaming e também em vinil 7 polegadas colorido pela gravadora Neves Records, com lançamento que será marcado por um show acústico gratuito no próximo sábado (7) na capital paulista.

A arte assinada pelo ilustrador brasiliense Paulo Rocker mistura história em quadrinhos com referências que remetem aos tempos de exceção no país. A capa é uma releitura de uma fotografia que estampou os jornais na época, os integrantes da Armada são apresentados em fichas que lembram as do Departamento de Ordem Política e Social (DOPS) e as letras de cada uma das músicas aparecem em documentos vetados pela censura.

“‘A Rua de Trás’ é uma música sobre ser criado no Brasil dos anos de chumbo e faz um paralelo com os dias atuais. ‘Nas Trincheiras’ é a estória em primeira pessoa de um jovem soldado enviado para lutar na guerra, onde perde a inocência da juventude e testemunha os horrores que o homem comete contra seus similares”, revela o vocalista.

“Nas Trincheiras” ganhou um ganhou lyric video idealizado por Henrike e editado por André Riolo. 

ttps://faromusic.us12.list-manage.com/track/click?u=497b181146c1440e2c2bf2f5f&id=f5e2354808&e=ff20bc14ff

O Armada é formado por ex-integrantes da banda punk rock Blind Pigs, que decidiram ampliar os horizontes sonoros e fizeram sua estreia em 2018 com o álbum “Bandeira Negra”, que contou com as participações especiais de Sérgio Reis e Kiko Zambianchi.

Vá ao show de lançamento do EP “Ditadura Assassina”: 

Pocket show acústico
Data: Sábado, 7 de dezembro de 2019
Horário: Das 18h às 20h30 
Local: Loja Monstra – Praça Benedito Calixto, 158, Pinheiros. São Paulo – SP
Entrada gratuita 

COM MAIS DE 10 MINUTOS, “DESCOBRIMENTO DA AMÉRICA” É O NOVO SINGLE DA PLEBE RUDE

Foto: Caru Leão

O terceiro single do décimo disco da Plebe Rude, “Evolução – Volume I”, que narra a trajetória do ser humano na terra, foi divulgado nesta sexta-feira (22). Intitulada “Descobrimento da América”, a faixa de exatos dez minutos e trinta segundos convida o ouvinte a entrar no clima de ópera rock do novo álbum, com lançamento marcado para o próximo dia 6.

“‘Descobrimento da América’ cobre a peregrinação à América do Norte e a colonização da América do Sul, ambos tendo resultados bastantes diferentes, mas terminando com o eventual repúdio aos respectivos Reis. Fugindo da intolerância religiosa, ou colonizando e escravizando, a chegada dos europeus às Américas seria desastrosa para as civilizações locais, com milhares de anos de história praticamente aniquilados da noite para o dia se for medido no tempo do grande arco da história da humanidade (e do espetáculo), que data desde do surgimento do Homo sapiens, há 200 mil anos”, conta o vocalista Philippe Seabra.

“Evolução”, álbum duplo, dividido em dois volumes, também está previsto para virar um musical com direção de Jarbas Homem de Mello em 2020. “Eu conhecia um ator de Brasília, o Fabio Yoshihara que atuava em musicais na ‘Broadway Brasil’ como Rent e Fantasma da Ópera. Entrei em contato com ele com a demo na mão, sem saber exatamente o que fazer com aquela obra. Trabalhei muito com direção musical e composição de trilhas sonoras para cinema, inclusive fui o ganhador do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro 2014 pela trilha sonora original de Faroeste Caboclo, mas isso era novo pra mim. Em meia hora ele me colocou em contato com o Jarbas Homem de Mello, que quase instantaneamente topou dirigir”, lembra Seabra.

Assim como os singles anteriores, “Evolução” e “A Mesma Mensagem”, “Descobrimento da América” também ganhou um lyric video dirigido por Fernando Dalvi.

Assista ao lyric video de “Descobrimento Da América”:
https://youtu.be/OQDhR5bGvzQ

Ouça a faixa nas principais plataformas digitais:
https://onerpm.lnk.to/DescobrimentoDaAmerica