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Sick Dogs in Trouble lança videoclipe; assista “Better Be Alone”

Foto: Nanda Arantes

A banda paulistana Sick Dogs in Trouble, formada em 2018, lançou na última quarta-feira (3) o videoclipe do single “Better Be Alone”. A faixa faz parte do álbum de estreia “Dead Lovers”, previsto para o próximo dia 31.

A canção, composta pelo vocalista e guitarrista Raul Signorini, versa sobre momentos em que o isolamento precisa ser compreendido, segundo o músico, de forma generosa e paciente. Quando cortar laços se torna realmente necessário. “Sabe aquele ditado: ‘é melhor estar sozinho do que mal acompanhado’? A música nasceu num momento em que eu me sentia exatamente assim: embora acompanhado, havia um profundo sentimento de solidão. Então compreendi que deveria transformar a solidão em solitude”.

Com influências de Social Distortion e Backyard Babies, “Better Be Alone” sintetiza o que o público pode esperar do primeiro álbum da banda. “A faixa tem um riff Hard Rock, um refrão Pop, uma ponte onde a música fica mais pesada e tem solo de guitarra. Enfim, tudo que a gente adora”, diz Signorini. O guitarrista Felipe Skid concorda, e revela ainda: “Na ponte para o solo quisermos nos aproximar um pouco da sonoridade do HIM, que é uma banda a qual Raul e eu amamos, mas que foge bastante do Sick Dogs, então tentamos colocar ali de forma discreta”.

“Better Be Alone”, foi mixado e masterizado por Raul Zanardo e ganhou um videoclipe dirigido por Nanda Arantes da produtora Red Rat, que agradou a banda. “O resultado ficou incrível”, diz Signorini. “Acho que as cores do clipe é o que mais vai chamar a atenção do público. Realmente sem palavras. Destaque pro nosso amigo Daniel Casanova que fez a iluminação”, completa Skid.

Além de Raul Signorini (Guitarra e Voz) e Felipe Skid (Guitarra), atualmente fazem parte da banda, Junior Drummer (Bateria) e Fabiones (Baixo).

Ouça “Better Alone” no Spotify:

Arte de Capa: Nicolas Aqsenen

Duelo de titãs: Armada e O Preço sobem no ringue do Hangar 110

Faz sete anos que a banda punk rock Blind Pigs anunciou o fim das atividades, com a saída de um dos seus fundadores, o guitarrista Christian Targa, conhecido como Gordo. Do fim turbulento, surgiram duas bandas: de um lado a Armada, formada por quatro quintos do Blind Pigs – incluindo o vocalista Henrike e o tripulante recém-chegado, Ricardo Galano -, e de outro O Preço, composto por Gordo e três novos integrantes.

Se os fãs do Blind Pigs ficaram decepcionados com o anúncio do fim de um dos principais nomes do punk rock dos anos 90, ganharam também duas novas bandas para escutar que estavam dispostas a não perder tempo. O Armada lançou em 2018 o álbum “Bandeira Negra”, em 2019 o EP “Ditadura Assassina” e se prepara para o lançamento de um disco inédito ainda neste ano. Já O Preço fez sua estreia em 2019, com o álbum homônimo, e conta com o EP “Sonhos de Televisão” de 2021.

No entanto, entre uma farpa e outra, ficava clara a rivalidade entre as bandas e a certeza de que não só o Blind Pigs não voltaria, como também, que Armada e O Preço jamais tocariam juntos. Alguns anos se passaram e a gravadora que detinha os direitos das últimas gravações do Blind Pigs resolveu lançar o material, que deu origem ao álbum “Lights Out” (2021) e ao EP “The Last Testament” (2022). E com isso, veio toda a burocracia, que colocou os integrantes novamente em contato. Assim, o que parecia impossível, deixou de ser.

No dia 3 de junho, Armada e O Preço se apresentam no Hangar 110, no palco que consagrou o Blind Pigs com shows históricos no começo dos anos 2000. Além das duas bandas, Fibonattis e Injetores também se juntam à festa, que terá início às 19h.

Para os fãs, resta saber, agora, se é (im)possível que aconteça aquele ‘bis’ que reúna as duas bandas para relembrar o Blind Pigs. Será? Só indo ao show para descobrir!

Garanta o seu ingresso e vá ao show:
https://pixelticket.com.br/eventos/13524/armada-o-preco-fibonattis-injetores

Serviço completo:

Sábado, 03 de junho de 2023
Local: Hangar110 – Rua Rodolfo Miranda, nº 110, Bom Retiro. São Paulo – SP
Abertura da casa: 19hs / Término 23:30hs

Classificação: 18 anos *
(* permitida a entrada de maiores de 10 anos, desde que acompanhados do representante legal, durante todo o evento, mediante a documentos de identidade comprobatórios).

Ingressos antecipados (meia ou promocional)**:
1º lote – R$ 30,00 / 2º lote – R$ 40,00 / 3º lote – R$ 50,00
(** mediante à apresentação da carteira de estudante OU a doação de 1kg de alimento não perecível (exceto sal e açúcar) OU um pacote de absorvente feminino, a ser entregue no dia do show).
https://pixelticket.com.br/eventos/13524/armada-o-preco-fibonattis-injetores

“Pop é Punk: 60’s”: Coletânea reúne sucessos da música nacional dos anos 60 em versões punk rock

Jorge Ben, Caetano Veloso, Chico Buarque, Roberto Carlos, Ronnie Von e Celly Campello, são alguns dos nomes que tiveram suas músicas interpretadas por bandas contemporâneas de punk rock na coletânea “Pop é Punk: 60’s”.

O álbum com regravações de clássicos da música brasileira, já está disponível nas principais plataformas digitais, e faz parte de um projeto que deve contar com seis edições que contemplarão as décadas de 1960 a 2010. “A primeira edição já deu super certo. A ideia é convidar outras bandas, inclusive de estilos diferentes, para participar das próximas e alcançar um número maior de artistas”, revela Felipe Medeiros, da Grudda Records, gravadora que assina o lançamento. A ideia do selo é que os novos artistas injetem uma perspectiva atual em cada clássico que foi escolhido. “É uma forma a manter estas músicas vivas e ativas, e prestigiar a música brasileira e a nova safra de bandas que tem aparecido”, afirma Medeiros.

Ouça “O Pop é Punk” no Youtube

Confira a lista completa de músicas:

1. F.Snipes – “Zazueira” (Jorge Ben)
2. Dan & The Gummy Hunters – “Roda Viva” (Chico Buarque)
3. Emersson Ramone – “Nossa Canção” – Luiz Ayrão (Roberto Carlos)
4. Ildefonsos – “O Bom” (The Fevers) – Carlos Imperial
5. Rosa Tigre – “Preciso Ser Feliz” (Renato e Seus Blue Caps)
6. Roger Capone e os Planárias – “Quero que tudo vá pro inferno” (Roberto Carlos)
7. Estragonoff – “Alegria, Alegria” (Caetano Veloso)
8. Bubblegumers – “Se alguém chorou” (Ronnie Von)
9. Rooster – “Ando meio desligado” (Os Mutantes)
10. Os Texugos – “Gatinha manhosa” (Erasmo Carlos e Roberto Carlos)
11. Morenas Azuis – “E Por Isso Estou Aqui” (Roberto Carlos)
12. Dead Nomads – “Trabalhar” (The Bubbles)
13. Janelles – “Broto Legal” – Celly Campello (Renato Corte Real)
14. Davi Pacote – “Se Você Pensa” (Erasmo Carlos / Roberto Carlos)

Ouça “Pop é Punk: 60’s” no seu tocador preferido:
https://onerpm.link/731095410685

“Essas Noites”: Novo single da SoulCity é homenagem à Disco Music

Depois de uma estreia cheia de suingue com o single “Invenções”, a banda paulista SoulCity lança nesta segunda-feira (10) a faixa “Essas Noites”, uma celebração à Disco Music.  

Composta pelo baixista Leandro Maciel, a música encarna a era dançante numa mistura que inclui MPB, Jazz e Bossa Nova.  “‘Essas noites’ é um tributo à Disco Music, que é uma das minhas grandes influências, ao lado de nomes como Steve Wonder, Prince, Donna Summer, Chic, Quince Jones. A ideia é somar todas essas referências com a música brasileira e criar um estilo próprio”, revela Maciel.

O mestre Tim Maia, Lulu Santos e Marina Lima servem de norte quando a banda se refere à flertes bem-sucedidos com a Soul Music. “Dá para fazer pop com qualidade, com groove, arranjos refinados da música brasileira, voz potente, e que seja uma música para curtir, pra dançar”, afirma o baixista.

Além de Leandro Maciel, a SoulCity é formada por Camila Caetano (voz), Luy D’Souza (guitarra), Diego Felipe (bateria) e Cláudio Cambé (trompete). A banda deve lançar o primeiro EP, intitulado “Invenções”, ainda neste semestre.

“Essas Noites” contou com um vídeo gravado e produzido por Rogério Dinniz.

Ouça o single no seu tocador preferido:
https://onerpm.link/853577814031

Plebe Rude lança novo álbum e anuncia turnê; ouça “Evolução Vol.II”

Foto: Caru Leão

A Plebe Rude lançou a segunda parte do projeto “Evolução”, que teve início antes da pandemia e foi interrompido devido a pausa nas atividades do setor cultural e de eventos. O álbum “Evolução Vol. II”, disponibilizado nesta quarta-feira (22) nas principais plataformas digitais, fecha um ciclo na trilha sonora do musical sobre a evolução humana. Ao todo, o projeto conta com 28 músicas.

“Foi uma experiência fantástica compor não só pensando na linha evolutiva do homem, mas também em coreografia, movimentação de palco, imagens projetadas ao fundo e cenografia”, revela o vocalista Philippe Seabra, que já tinha experiencias anteriores com trilha sonora, o que facilitou estabelecer tanto narrativa, quanto dramaticidade ao espetáculo. “Com momentos orquestrados, interlúdios eruditos, rock clássico se mesclando com o punk, percussão norte-africana, duas músicas com mais de 10 minutos e trechos que teriam que ter a voz de uma criança, valia de tudo em ‘Evolução'”.

“Evolução Vol.II” soma-se ao “Evolução Vol.I” num álbum duplo temático produzido e gravado por Seabra no Estúdio Daybreak, em Brasília. Com participações de Walter Casagrande Jr., Jarbas Homem de Mello, Fabio Yoshihara, Dani Buarque e Ana Carolina Floriano, o disco passeia por eventos tão díspares da humanidade quanto os estilos musicais apresentados por ele. Mas o vocalista afirma que o recado de “Evolução” é simples – “Se a nossa herança da Terra foi por acaso, a nossa passagem pelo universo é um grão de areia” – e faz uma reflexão sobre a situação política atual no país. “Esse momento esdrúxulo no Brasil da ascensão da extrema direita que a democracia conseguiu sobreviver então, é uma molécula nesse grão e no arco do tempo, e será visto e julgado pela história apenas como lapso, uma aberração na linha evolutiva. O arco do universo moral é longo, mas se inclina em direção à justiça. Mas a eterna vigilância continua sempre necessária”.

Para divulgar o lançamento, a Plebe Rude tem uma turnê marcada, com estreia na próxima sexta-feira (24) no Circo Voador, no Rio de Janeiro. A banda tem datas confirmadas também em Belo Horizonte (25/03), São Paulo (08 e 09/04), Jundiaí (28/04), Campinas (29/04), Contagem (13/05) e Curitiba (15/07). “Finalmente voltaremos para a estrada! E com material novo! Isso no dá o maior gás. Podem esperar uma Plebe com todos os hits, coisas do Evolução e outras surpresas“, adianta o baixista André X. “Temos uma grande expectativa em tocar as músicas ao vivo e ver a reação dos ‘plebeus’. Tem coisa lá que é muito teatral, muito cinematográfica (foi feita para o palco!) e outras que são de um estilo diferente do usual da Plebe.  Vai ser interessante ver a reação da plateia”, completa.

André X, acredita que com o lançamento de “Evolução Vol.II” e toda a obra disponibilizada para o público, o ciclo se fecha e a banda parte para novos projetos, mas deixa claro que esse ciclo não será esquecido. Seabra concorda: “É estudando o passado que conseguimos enxergar o futuro. A história não se repete igual, mas certamente rima”. Essa é a deixa para o vocalista dar um último recado: “Depois de 200 mil anos do Homo Sapiens na Terra, sobrevivemos a todas as adversidades desde impérios desenfreados, genocídios, pragas letais, da idade média a guerra fria, e chegamos até aqui só para nos destruirmos por intolerância? Não é à toa que a última frase cantada do espetáculo é: ‘Evoluir é aprender (a) conviver com as diferenças'”.

Formada em 1981, a Plebe Rude atualmente é composta por Philippe Seabra (Voz e Guitarra), Clemente Nascimento (Voz e Guitarra), André X (Baixo) e Marcelo Capucci (Bateria).

Ouça o álbum no seu tocador preferido:
https://onerpm.link/549554414118

“Bomayê”: Com EP político, Rota 54 comemora 15 anos de estrada

Foto:  Jeff Marques

Após o lançamento do single “Ali”, o Rota 54 divulgou nesta sexta-feira (3) o EP de quatro faixas, “Bomayê”. O novo trabalho, que carrega questionamentos políticos e sociais, marca os 15 anos de estrada da banda paulistana.

A reflexão já parte do título “Bomayê”, termo que aparece na música Ali e que no dialeto africano lingalês, significa “Acabe com”. “A mensagem que queremos passar com o EP é: Bomayê (acabe com) o racismo, a homofobia, o machismo, a intolerância religiosa, o genocídio do povo negro e indígena”, conta o vocalista Caio Uehbe. “Usar um termo africano tem muito significado, pois é necessário superar essa visão eurocêntrica, judaico-cristã, heteronormativa e masculina. É necessário descolonizarmos nosso olhar e nos africanizarmos em busca da nossa verdadeira essência e de uma nova forma de encarar as relações sociais e do ser humano com a natureza”.

A faixa destaque no lançamento do EP é “Mais Uma Estação”, que narra um retrato da rotina da maior parte da população da cidade de São Paulo, em que a jornada de trabalho é cada vez mais extensa, e suas condições cada vez mais precarizadas. “Nossos sonhos vão se perdendo na nossa rotina extenuante e vamos deixando um pouquinho de nós em cada lugar que passamos no cotidiano metropolitano: ‘O velho herói que sempre fui… Barra Funda, Liberdade, Ipiranga, Carrão… Se perdeu em alguma estação… Tiradentes, Paraíso, Sacomã, Conceição… O que perdi em cada vagão”, revela Uehbe.

Com produção de Wagner Bernardes e lançamento assinado pelo selos Rota Recs e RedStar Recordings, “Bomayê” conta com as faixas “Ali”, “Mais Uma Estação”, “Honestidade” e uma releitura de “Hey Ho Catadão”, música do álbum, “Subvivência” do Rota 54. “O disco vem num contexto pós pandemia e sobretudo pós governo Fascista no Brasil, onde todo o histórico genocida do país ficou escancarado na forma que o governo conduziu a pandemia, a questão dos povos originários, as políticas públicas de inclusão das minorias etc. A capa do disco mostra essa face do estado brasileiro que há mais de 500 anos elegeu seus alvos e que no último período intensificou a política de sua eliminação”, explica o vocalista.

Além de Caio Uehbe (vocal e guitarra), a banda é formada por Daniel Moura (guitarra), Camarada Renan (baixo) e Vinícius Coelho (bateria). O Rota 54 fará o show de lançamento do EP, disponível também em CD, em 11 de março na capital paulista.

Ouça “Bomayê” na íntegra:
https://cutt.ly/G8cP5Eh

Vá ao show:
Quando: 11 de março, a partir das 19h30.
Local: Red Star Studio, Rua Teodoro Sampaio, 512.
Saiba mais: www.sympla.com.br/evento/show-rota-54-lancamento-do-disco-bomaye-com-deserdados-e-refugiadas/1870841

Lhanura lança EP provocador; ouça “Antropoceno”

Foto: Juliano Toledo

Após a estreia do single “Busque o Melhor”, a banda paulista Lhanura lança nesta quarta-feira (14) o primeiro EP, intitulado “Antropoceno”, uma combinação do peso e da liberdade rítmica presentes no nu-metal, com o compromisso e as contestações observadas no rap e no hardcore.

Com reflexões sobre os meandros da vida contemporânea, o novo trabalho, de acordo com o vocalista Bollo, é um exercício de escopo sociológico a respeito dos desdobramentos e efeitos da vida em sociedade. “É uma leitura antropológica das questões que permeiam o modo de vida no Brasil. Trouxemos provocações que vão desde o problema da identidade no mundo globalizado e sua liquidez, passam pela motivação de ser quem se é, de reconhecer os pares, da aceitação e naturalização da desigualdade, e ainda, sobre estruturas de poder que reproduzem falácias legitimadas”, revela.

Para destacar o lançamento do EP, Lhanura escolheu a música “Toga Vil” com o intuito de representar a energia e autenticidade emanada pela banda. “É uma faixa que denuncia o descalabro provocado por omissões do poder judiciário. Ela critica as históricas decisões de arquivamento quando personagens brancos, ricos, correligionários ou herdeiros de figuras importantes, estão no foco de atos criminosos”, diz o vocalista.

“Antropoceno” se apresenta como uma amostra do caminho o qual a banda pretende trilhar, de forma poética, incisiva e cativante. Além de “Busque o melhor” e “Toga Vil”, o EP reúne as faixas “Nos Reconhecer”, “Ainda Não” e “Quem é você?”. “Todas elas contêm características que pretendemos carregar durante nossa jornada. É o nosso grito inicial, um chamado a quem pondera o misto de racionalidade e emoção – um convite à plenitude”, finaliza Bollo

Lhanura é formada ainda por Vinao (Bateria), Minhoca (Guitarra) e Kahlil (Baixo).

Ouça “Antropoceno” nas principais plataformas digitais:
https://ditto.fm/antropoceno 

“Ameaça”, novo single de Livy, resgata origem roqueira

Foto: Paulo Macarini

A cantora e compositora paulista LIVY lançou nesta terça-feira (13) o single “Ameaça”. A faixa é a primeira do álbum de estreia “It was never dead, just resting”, previsto para 2023.

Pautado pelo renascimento, o disco apresenta também algumas canções compostas no início da carreira de LIVY, o que ela considera o “lado B” do álbum. Curiosamente, é uma dessas faixas, “Ameaça”, a escolhida como primeiro single. “Escolhi essa música porque ela representa minha raiz, de onde eu vim, e as nossas raízes dizem bastante sobre a gente. Honre-as sempre que possível. Isso nunca vai fazer com que você erre a direção. Honre mesmo aquela versão ‘rascunho’ que fez você chegar até aqui. ‘Ameaça’ é sinônimo da artista em formação, buscando identidade e se colocando no mundo. Acho que é uma boa forma de recomeçar”, explica.

LIVY também recorda que na época em que compôs a faixa, ouvia bastante hard rock como Halestorm e The Pretty Reckless, o que justificaria a pegada mais roqueira da música. “Pode ter um elemento ou outro dessa combinação”. Já a letra, segundo ela, aborda a dualidade, o maniqueísmo, a ameaça em algo inevitavelmente sedutor. “A música fala também em estados de exceção, totalitarismo. O verso ‘dizem que ninguém escapa desse charme de sempre, dessa velha ameaça’ não parece atual num contexto de democracia tão recente quanto a nossa? Esse flerte com a ausência do Estado de Direito não tem nada de novo e continua se alastrando nos dias atuais, travestido de nacionalismo”, revela.

Em julho deste ano, numa retomada de carreira, LIVY lançou “Baby, é o Fim do Mundo” em videoclipe. A ótima repercussão, deu o gás que a artista precisava para trabalhar no novo álbum, e “Ameaça” é o início do que está por vir em 2023.

Ouça “Ameaça” nas principais plataformas digitais:
https://ffm.to/x8bdy9p.OPR 

Arte: Levi Quinezi

CONFIRA O NOVO EP DO CATALÉPTICOS EM VINIL 10″

“Hungry For Meat Thirsty For Blood” é o nome do novo EP do Catalépticos, lançado em vinil 10″ pela gravadora paulista Neves Records. O disco conta com duas faixas de estúdio – “Hungry For Meat Thirsty For Blood” e “Death March”, disponíveis nas principais plataformas digitais desde 2020 – e outras quatro gravadas ao vivo no festival Psycho Carnival em 2020 – “Death Train”, “Psychopath Fever”, “Freaks!” e “Brand New Cadillac”, exclusivas para a versão em vinil.

Formada em 1996 na cidade de Curitiba, a banda psychobilly já se apresentou no maior festival do estilo, o Big Rumble, na Inglaterra. A partir de então, teve seus discos lançados em diferentes partes do mundo.  Em 2006 o grupo se separou e retomou as atividades 11 anos depois com o relançamento do primeiro álbum, “Little Bits Of Insanity” em vinil e shows com ingressos esgotados no Brasil e Estados Unidos.

Para o baixista Gus Tomb, o lançamento de “Hungry For Meat Thirsty For Blood” é um marco importante para a banda. “Era fundamental para a gente fazer esse lançamento. Tínhamos muita gana em provar – até para nós mesmos – que a gente podia fazer isso. Trabalhar em músicas novas sem perder a nossa essência, a nossa origem. Não nos interessava virar uma banda cover de nós mesmos”, explica. “Quanto ao formato, o vinil, hoje em dia nem pensamos em lançar algo diferente disso“.

Foto: João Urban

Produzido por Virgílio Milleo, com arte de capa por Marcial Balbás, o novo EP do Catalépticos tem edição limitada de 275 cópias em vinil púrpura. 

Questionado sobre os próximos planos da banda, Gus Tomb conta que a ideia a princípio era lançar mais um EP e um novo álbum. “Esse era nosso plano para 2020. Com a pandemia tudo mudou. O mundo virou de cabeça para o ar. Acabaram os shows. Os ensaios passaram a ficar perigosos. Estamos de resguardo aguardando que tudo isso acabe. Hoje um pouco mais desanimados, porque ao que tudo indica, mesmo com a existência da vacina, a depender da competência de nossos políticos e autoridades, o problema ainda vai demorar para acabar“.

Garanta a sua cópia de “Hungry For Meat Thirsty For Blood”:
https://cutt.ly/FkQQxyM 

Ouça “Hungry For Meat Thirsty For Blood” e “Death March” no Spotify:
https://cutt.ly/9kQQWvo

PLEBE RUDE GRAVA “P DA VIDA” COM PARTICIPAÇÃO DE AFONSO NIGRO; ASSISTA AO VIDEOCLIPE

Nesta sexta-feira (27) a Plebe Rude, uma das bandas pioneiras do rock nacional dos anos 80, divulgou o videoclipe da faixa “P da Vida”, com a participação de Afonso Nigro. A música, lançada originalmente em 1987 pelo grupo pop Dominó, é uma versão do compositor Edgard Poças para “Tutta La Vita” do italiano Lucio Dalla. Poças revela que quando escreveu a letra, a ideia era fazer algo diferente, que considerasse importante de dizer na época. “Veio a ideia de falar sobre o que tava acontecendo no mundo, mas me deu aquele choque: puxa! será que aqueles meninos vão cantar isso? Porque eles cantariam coreografando e ficaria um choque visual com as palavras que eram de mais peso. Mas fui em frente e cada vez a música foi ficando mais forte, então a chamei de ‘Puto da Vida’ e naquele tempo isso era um negócio proibitivo, né? Então mudamos para “P da Vida“‘.

Assista “P da Vida”:

A faixa em português chamou a atenção dos integrantes da Plebe Rude, que sempre prezaram por temáticas atuais e que reconheceram na letra, forte e impactante, a possibilidade de conciliar apelo comercial e conteúdo. “Eu já gostava da música desde a década de 80. Achava ousado o fato da banda mais pop da história da música popular brasileira ter conseguido gravar uma letra com cunho social contundente.Como ‘P da vida’ não envelheceu, muito pelo contrário, a Plebe ficou muito a vontade de fazer a versão.“, conta o vocalista Philippe Seabra.

A parceria inusitada entre a banda de Brasília e o ex-Dominó se deu, de acordo com o grupo, por uma piada recorrente sobre a semelhança física entre Philippe e Afonso. “A similaridade naquela época era gritante. Um era confundido com o outro na rua por pessoas pedindo autógrafos“, conta o baixista André X, que vê a parceria como divertida e bem humorada.

Segundo Afonso Nigro, o dueto improvável deve surpreender muita gente e só foi possível, já que a música é atual, política e remete de certo modo ao momento pelo qual estamos passando. “Regravar ‘P da Vida’ foi o máximo, ainda mais com uma banda que eu sempre admirei. Um amigo em comum nos conectou e a empatia foi imediata. O Philippe é super querido e eu adorei a concepção de arranjo. Tem o Clemente também, meu ídolo de infância. Tô muito feliz com o resultado“, afirma.   

Foto: Adriano Pasqua

Com o peso das guitarras distorcidas no lugar dos teclados, e a alternância dos vocais entre Philippe e Afonso, “P da Vida” faz parte do lançamento homônimo que conta ainda com mais uma faixa, a inédita “O Gigante Adormece”, composição de Seabra que seria adicionada a versão da Plebe Rude de “P da Vida”, no entanto, devido à dificuldade em obter a autorização do espólio do autor original na Itália, virou uma segunda música.
 
O vocalista da Plebe Rude conta que a faixa inédita é sobre a “passividade do brasileiro, que não consegue manter o foco no meio do ruído das redes sociais e rapidamente perde qualquer noção de indignação. É a nossa resposta a canção ‘P da vida’, o brasileiro fica puto mas esquece, a indignação desaparece, tem o governo que merece e o gigante – que todos acharam que acordou nas manifestações de 2013 – logo adormeceu de novo“. E o baixista completa: “É mais uma lista de coisas que deixam a gente p da vida. É tanta notícia ruim, tanta energia negativa, que temos medo das pessoas ficarem anestesiadas. Importante não relaxar, não dormir“.  

Assista “O Gigante Adormece”:

“P da Vida” é um EP digital de duas faixas, com lado A e lado B, assim como nos antigos vinis. Este é o primeiro lançamento da banda após o álbum “Evolução, Vol.1”, e foi produzido por Philippe Seabra no QG da Plebe Rude, o estúdio Daybreak em Brasília. O videoclipe da faixa título é assinado por Seabra e Adriano Pasqua.

Ouça nas principais plataformas digitais: 
http://sl.onerpm.com/pdavida 

ARMADA RESGATA A ESSÊNCIA DO PUNK NA INÉDITA “OS RATOS”

Arte: Paulo Rocker

O isolamento social decorrente da pandemia de coronavírus alterou o modo como as bandas têm produzido música. Exemplo disso é a faixa inédita “Os Ratos”, lançada nesta terça-feira (15) pela Armada. O grupo, que sempre prezou pela qualidade impecável de suas gravações, desde a época em que seus integrantes faziam parte da lendária Blind Pigs, agora troca os estúdios pelo celular e considera que a mensagem é mais importante que o meio.

“Estamos vivendo um momento delicado e perigoso politicamente no Brasil, a necessidade de colocar para fora o que sentimos em relação a isso é muito grande. Não dá pra entrar em estúdio? Então vamos gravar com nossos celulares!”, explica o vocalista Henrike Baliú.

O som cru e a atitude “faça você mesmo” são características já conhecidas do punk rock, e é natural que o Armada beba desta fonte, mesmo que em outros momentos tenha optado por não se limitar ao punk, misturando diferentes estilos musicais.  

“Os Ratos” conta ainda com um videoclipe desenvolvido também à distância e editado pelo baixista Mauro Tracco. “A letra do Henrike é uma analogia, mas queria que as imagens fossem para outro lado. Queria que fossem explícitas, sem muito lugar pra subjetividade”, diz Tracco. A ideia do baixista foi mostrar os ratos como inimigos nojentos e desprezíveis. Para isso, se valeu de cenas de filmes B dos anos 70 e 80 com essa temática. “A intenção é deixar o espectador nauseado com tanto rato, que é como nos sentimos em relação aos verdadeiros personagens aos quais a letra se refere”, revela.

Assista ao videoclipe de “Os Ratos”:
https://faromusic.us12.list-manage.com/track/click?u=497b181146c1440e2c2bf2f5f&id=d5366d103c&e=ff20bc14ff

  Foto: Rafael Cusato   

OUÇA “DITADURA ASSASSINA”, O NOVO EP DO ARMADA

Em meio a tensão política latente, o Armada lançou nesta quarta-feira (4) o EP intitulado “Ditadura Assassina”. O novo trabalho marca o posicionamento da banda em relação ao revisionismo histórico empregado por uma ala conservadora que tem crescido no país nos últimos anos.  “A ditadura militar brasileira foi cruel e assassina, sim! E é uma vergonha ver figuras políticas louvando torturadores e pedindo a volta do AI-5. É triste ver uma parte da população pedir intervenção militar no Brasil“, diz o vocalista Henrike Baliú.

Composto pelas faixas “Nas Trincheiras” e “A Rua de Trás”, “Ditadura Assassina” já está disponível nas principais plataformas de streaming e também em vinil 7 polegadas colorido pela gravadora Neves Records, com lançamento que será marcado por um show acústico gratuito no próximo sábado (7) na capital paulista.

A arte assinada pelo ilustrador brasiliense Paulo Rocker mistura história em quadrinhos com referências que remetem aos tempos de exceção no país. A capa é uma releitura de uma fotografia que estampou os jornais na época, os integrantes da Armada são apresentados em fichas que lembram as do Departamento de Ordem Política e Social (DOPS) e as letras de cada uma das músicas aparecem em documentos vetados pela censura.

“‘A Rua de Trás’ é uma música sobre ser criado no Brasil dos anos de chumbo e faz um paralelo com os dias atuais. ‘Nas Trincheiras’ é a estória em primeira pessoa de um jovem soldado enviado para lutar na guerra, onde perde a inocência da juventude e testemunha os horrores que o homem comete contra seus similares”, revela o vocalista.

“Nas Trincheiras” ganhou um ganhou lyric video idealizado por Henrike e editado por André Riolo. 

ttps://faromusic.us12.list-manage.com/track/click?u=497b181146c1440e2c2bf2f5f&id=f5e2354808&e=ff20bc14ff

O Armada é formado por ex-integrantes da banda punk rock Blind Pigs, que decidiram ampliar os horizontes sonoros e fizeram sua estreia em 2018 com o álbum “Bandeira Negra”, que contou com as participações especiais de Sérgio Reis e Kiko Zambianchi.

Vá ao show de lançamento do EP “Ditadura Assassina”: 

Pocket show acústico
Data: Sábado, 7 de dezembro de 2019
Horário: Das 18h às 20h30 
Local: Loja Monstra – Praça Benedito Calixto, 158, Pinheiros. São Paulo – SP
Entrada gratuita 

COM MAIS DE 10 MINUTOS, “DESCOBRIMENTO DA AMÉRICA” É O NOVO SINGLE DA PLEBE RUDE

Foto: Caru Leão

O terceiro single do décimo disco da Plebe Rude, “Evolução – Volume I”, que narra a trajetória do ser humano na terra, foi divulgado nesta sexta-feira (22). Intitulada “Descobrimento da América”, a faixa de exatos dez minutos e trinta segundos convida o ouvinte a entrar no clima de ópera rock do novo álbum, com lançamento marcado para o próximo dia 6.

“‘Descobrimento da América’ cobre a peregrinação à América do Norte e a colonização da América do Sul, ambos tendo resultados bastantes diferentes, mas terminando com o eventual repúdio aos respectivos Reis. Fugindo da intolerância religiosa, ou colonizando e escravizando, a chegada dos europeus às Américas seria desastrosa para as civilizações locais, com milhares de anos de história praticamente aniquilados da noite para o dia se for medido no tempo do grande arco da história da humanidade (e do espetáculo), que data desde do surgimento do Homo sapiens, há 200 mil anos”, conta o vocalista Philippe Seabra.

“Evolução”, álbum duplo, dividido em dois volumes, também está previsto para virar um musical com direção de Jarbas Homem de Mello em 2020. “Eu conhecia um ator de Brasília, o Fabio Yoshihara que atuava em musicais na ‘Broadway Brasil’ como Rent e Fantasma da Ópera. Entrei em contato com ele com a demo na mão, sem saber exatamente o que fazer com aquela obra. Trabalhei muito com direção musical e composição de trilhas sonoras para cinema, inclusive fui o ganhador do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro 2014 pela trilha sonora original de Faroeste Caboclo, mas isso era novo pra mim. Em meia hora ele me colocou em contato com o Jarbas Homem de Mello, que quase instantaneamente topou dirigir”, lembra Seabra.

Assim como os singles anteriores, “Evolução” e “A Mesma Mensagem”, “Descobrimento da América” também ganhou um lyric video dirigido por Fernando Dalvi.

Assista ao lyric video de “Descobrimento Da América”:
https://youtu.be/OQDhR5bGvzQ

Ouça a faixa nas principais plataformas digitais:
https://onerpm.lnk.to/DescobrimentoDaAmerica

OUÇA “A MESMA MENSAGEM”, NOVO SINGLE DA PLEBE RUDE

Foto: Caru Leão

“A Mesma Mensagem”, novo single da Plebe Rude lançado nesta sexta-feira (25), joga luz às religiões e promove um questionamento sobre a pluralidade e a convivência pacífica entre diferentes tipos de fé. A faixa narra a evolução das diversas manifestações religiosas, suas diferenças e equivalências, como se o arco da humanidade fosse medido em uma semana. “Na segunda feira seria a louvação a lua, na terça seria o endeusamento do fogo, e por aí vai, até aparecerem os dogmas e religiões organizadas. A semana ‘eterna’ culmina no domingo, onde o lado bonito e humano da solidariedade da fé e do rito, e o lado feio da intolerância e da perseguição vêm à tona, mostrando o quão belo e terrível a humanidade pode ser. A música é um alerta para todo o mal feito e justificado pelo nome de Deus. Sempre foi assim na história e continua sendo até hoje”, explica.

Para o baixista André X, a música, que ganhou um lyric vídeo desenvolvido por Fernando Dalvi, tem um quê de “espirito reggae, acelerado e temperado com as características da Plebe”. “O refrão é um chiclete aural, cola no ouvido e ecoa durante dias na mente, multiplicando a mensagem que tentamos passar: a convivência entre os povos cabe a cada um de nós”.

O single “A Mesma Mensagem” faz parte do álbum duplo “Evolução”, que terá o lançamento dividido em dois volumes, um deles previsto para 6 de dezembro e o outro para o primeiro semestre de 2020. O disco, que narra em 28 faixas a trajetória do ser humano na Terra e faz uma ampla análise do homem, do seu desenvolvimento e de sua vivência em sociedade, também se transformará em um musical dirigido por Jarbas Homem de Mello em 2020. “O resumo do musical foi divulgado com a música ‘Evolução’. As demais músicas podem ser divididas em dois grupos: aquelas que contam sobre um período histórico específico e aquelas que abrangem um arco maior, tratando do desenvolvimento de um tema ao longo de todo caminho da humanidade nesse planeta. ‘A Mesma Mensagem’ cai nessa segunda categoria”, explica André X.

Segundo Philippe, desde a formação da Plebe Rude em 1981, que a letras da banda são consideradas atuais. “A humanidade pelo visto não aprendeu com os próprios erros, e basta um rápido olhar na história recente do nosso querido e confuso país, para perceber que o Brasil também não. Das duas, uma: ou somos videntes ou nada mudou”, reflete o vocalista.

Assista ao lyric video de “A Mesma Mensagem”:

https://faromusic.us12.list-manage.com/track/click?u=497b181146c1440e2c2bf2f5f&id=c79095db4e&e=ff20bc14ff

ROTA 54 É A PRIMEIRA APOSTA DO SELO DO VOCALISTA DO INOCENTES, CLEMENTE NASCIMENTO

Foto: Mariane Lima

Nesta sexta-feira (11), a banda Rota 54, formada em 2008, lançou o quarto álbum, intitulado “Náusea”. O lançamento é a primeira aposta do selo Kaos, comandado pelo veterano do punk rock nacional, Clemente Nascimento (Inocentes / Plebe Rude). “O Rota 54 faz punk raiz com um frescor surpreendente, letras fortes e canções para assobiar nas esquinas dos guetos, eu tinha que lançar esse disco”, conta o vocalista do Inocentes, que diz ter se surpreendido com as canções bem construídas e a mensagem contundente do grupo. “Conheço os garotos desde o começo, essa formação se encaixou muito bem, é um momento especial deles”, completa.

Atualmente formada por Caio Uehbe (voz e guitarra), Cesar Hiro (baixo e voz), Ricardo Faga (guitarra) e Minoru Slot (bateria), a Rota 54 diz ter entrado em estúdio para gravar as sete faixas que compõem o novo álbum com o sentimento de náuseas. “Náusea, sinônimo de nojo, asco, repugnância. Quantas vezes não nos deparamos com tais sentimentos em situações do cotidiano? Como não a sentir diante da notícia de que um pai de família é alvejado com 80 tiros disparados pelo exército ou com a exaltação de um passado marcado por atrocidades que insiste em nos visitar em episódios como o covarde assassinato político de Marielle Franco, que remonta a época da Ditadura Militar? “, reflete Caio Uehbe.

Influenciados pelas clássicas bandas do punk 77, como The Clash, Sex Pistols, Ramones e Cock Sparrer, a Rota 54 materializa o momento atual com o sentimento de revolta que consagrou o punk rock como música de resistência. A arte do disco, desenvolvida pelo próprio vocalista, também faz referência aos primórdios do punk e a estética das ruas, recheada de alusões aos zines, jornais da classe operária, cartazes, stencils e lambe-lambes. A capa remete a obra “Guernica” de Pablo Picasso, que retrata os horrores do bombardeio nazista à cidade basca de Guernica, e faz uma metáfora com o poema de Carlos Drummond de Andrade “A Flor e a Náusea”, autor que inspira ainda a composição da música “Dente por Dente” através do “Poema de sete faces”.

“Náusea”, produzido também por Clemente Nascimento, já está nas principais plataformas digitais e estará disponível em CD no show de lançamento do disco, marcado para o próximo dia 19, na capital paulista. “O Clemente é uma referência para nós e acredito que deva ser para todo mundo que curte punk rock. Poder fazer parte deste momento com ele é muito gratificante pois é, de certa forma, fazer parte da magnífica história que ele vem construindo desde o final da década de 70”, afirma o vocalista.

Ouça o álbum “Náusea” nas principais plataformas digitais: 
https://ditto.fm/rota54nausea

Vá ao show:
Rota 54 – Lançamento do álbum “Náusea”
Bandas convidadas: Fibonattis e Dellortos
Discotecagem: Clemente (Inocentes) / Dedé & Hiro
Quando: Sábado, 19 de outubro de 2019
Horário: A partir das 20
Local: Espaço Som – Rua Teodoro Sampaio, 512, São Paulo/SP