O tradicional festival best of blues, chegou em sua décima edição aquecendo o fim de semana paulistano no parque Ibirapuera nos dias, 2, 3 e 4 de junho.
O festival trouxe grandes nomes internacionais, como Tom Morello, Buddy Guy, Extreme e Goo Goo Dolls e ainda apostou em nomes de peso do blues e rock nacional, em destaque para a excelente Nanda Moura, que abriu o primeiro dia do festival, e a nova aposta do rock Day Limns que abriu o festival no domingo junto com os consagrados do Ira. O hardcore do Dead Fish se apresentou no sábado.
Entre os nomes internacionais estão a consagrada banda Goo Goo Dolls, que tocou seus maiores hits, a banda Extreme, hard rock de peso dos anos 90, Steve Vai sendo um dos maiores guitarristas do mundo e The Nu Blu Band, banda liderada por Carlise Guy, filha do Buddy Guy.
Importante lembrar que o lendário Buddy Guy, no auge dos seus 86 anos está em sua turnê de despedida, então provavelmente essa foi a última oportunidade de assistir ao seu show cheio de carisma, simpatia e talento, que além de tudo deixou claro seu amor pelo Brasil. Ele se apresentou nos dias 3 e 4, e no segundo dia teve participação especial do Tom Morello, que além da apresentação de sexta, encerrou o evento com chave de ouro no domingo, com os maiores hits de suas bandas e com direito a Medley do Rage Against the Machine, e homenagem ao amigo Chris Cornell.
O festival apesar de variado manteve o foco no blues, e acrescentou outras bandas de rock.
Confira todos os nomes que tocaram no final de semana:
Nacionais: Nanda Moura, Dead Fish, Day Limns, Malvada, Arthur Menezes, Ira.
Internacionais: Extreme, Goo Goo Dolls, Tom Morello, Buddy Guy, Steve Vai, The Nu Blu Band.
Além do foco principal, que é a música, o evento contou com uma boa variedade gastronômica e excelente infra estrutura. Em contra partida o festival que era gratuito se tornou pago, e os preços tanto de comidas quanto de bebidas estavam exorbitantes, inclusive os preços aumentaram de um dia para o outro. Mas é um excelente festival, vale a pena conferir as próximas edições se tiver oportunidade.
Dias improváveis e positivos acontecem, e foi o que aconteceu no domingo retrasado dia 07/05/2023. Estou atuante nesse prezado site, desde 2011 e lá se vão aproximadamente 12 anos, em cobertura de shows, entrevistas, experiências e sonhos realizados, tudo de forma underground, já que aqui nesse país tudo é complicado para quem anda de mãos dadas com a cultura ou contra-cultura, fugindo da manobra de massa midiática.
Desde adolescência uma banda se tornou minha fonte de conteúdo. A primeira vez que ouvi sobre diversidade, igualdade, poder ao povo entre outros aspectos sociais não aprendi na escola, eu aprendi com o Dead Fish.
E as aulas/encontros ou tem quem ache que é apenas um show, e os eventos se tornou cada vez mais presentes na minha vida, foram inúmeras vezes que acompanhei a banda em todos os lugares no estado de SP, o que era um tanto dificultoso já que a alguns anos atrás a cidade que resido Guarulhos sendo uma das maiores do país não possuía nenhuma linha de trem ou metro, a cidade conta com uma cotação de passagem mais altas da país e o serviço oferecido é de péssima qualidade.
Não sou herdeiro da burguesia e nem gostaria de ser, então sempre tive que correr atrás das coisas, assim como todo cidadão legal. Mas nunca me enquadrei em setores privados, empresas que abusam do poder, onde sempre fui calado ao expor pautas sociais e inclusão, a famosa e sempre presente repressão cotidiana.
Sempre atuei em atos de solidariedade, manifestações e atos contra injustiças em qualquer instância, e com o passar dos anos despertei o desejo de contribuir para a sociedade expondo formas críticas e somar na luta das minorias excluídas na sociedade. Em 2018 com as eleições decretadas, e vendo que a maioria das pessoas não se interessavam ou sabiam da história do próprio país, desconheciam a própria raiz e com discursos de armas e violência me assustaram e me encorajou ao mesmo tempo, e essa coragem me levou à Faculdade, iniciando no primeiro semestre de 2019 no curso de História.
Foram 4 anos de luta, pois trabalhar em shopping, estudar, com filho residente em outra cidade e com algumas percas na família me fizeram pensar em desistir inúmeras vezes, sem contar o peso da pandemia que enfrentamos e com ela o medo me assolou, porém resisti e sobrevivi.
Entre enfrentamentos, debates, erros e acertos, me situei na fase final e mais complexa de um curso acadêmico, o TCC, e escolhi um tema que nenhum professor queria ser orientador, porém era algo que eu gostaria de pesquisar, analisar e expor “O Movimento Punk” e seus impactos na sociedade, com sua contra-cultura.
Com essa pesquisa encabeçada solicitei ajuda do Rodrigo Lima que no ato me estendeu a mão para me ajudar. Entre suas indicações, suas entrevistas em podcasts consegui agregar conteúdo ao meu trabalho, e busquei outras informações com a banda Garotos Podres e com Clemente da banda Inocentes e Plebe Rude, que foi solicito em responder algumas questões de grande valia.
Fui ao evento Hammer Fest em Guarulhos com a missão de entregar o livro “Meninos em Fúria” ao Rodrigo, porém sabemos como são os fests de HC, com muita correria, troca palcos, encontros e desencontros. Curti o show do Pense na íntegra no palco 1, vi alguns sons do Sea Smile no palco 2, e sentei ao chão aguardando o Sugar Kane subir ao palco quando o comunicador mais versátil, simpático e gente fina da porra toda Chuva passou por mim e trocamos a famosa palavra “Nhaaaaaauuuu” que é um bordão patenteado por ele em suas apresentações e vídeos. (conheçam o canal dele @Chuva TV no Youtube e nas demais redes sociais).
Nos abraçamos e eu expliquei que precisava entregar um livro ao Rodrigo, no mesmo momento ele respondeu, vamos lá próximo ao camarim verificar se ele está lá. E assim fomos e chegando lá aguardamos um tempo de menos de 5 minutos quando apareceu meu professor/orientador Rodrigo.
Numa conversa de aproximadamente 25 minutos eu agradeci pela ajuda, expliquei as dificuldades para entrar num setor de educação privado e o complexo de sentimento entre a gratidão, o receio do amanhã devido a reforma do ensino médio que ainda está em vigor tentando anular o saber do senso crítico, e as lutas diárias por um mundo mais justo.
Num mix de bons sentimentos, o Rodrigo disse que eu e minha profissão eram importantes para sociedade, e que se eu estivesse me sentindo sufocado pelo sistema, a minha liberdade é minha mente! E que em breve as coisas irão melhorar!
O abracei forte e mais uma vez agradeci por tudo, não tiramos foto alguma, e sim eu tinha vontade de registrar o momento, porém a conversa foi tão leve e excelente que não era um diálogo entre cantor e fã e sim uma conversa de dois sonhadores por um país melhor através do conhecimento e da igualdade.
De fato, optei por guardar na memória e eternizar na mente como um dos melhores dias dessa singela vida.
Passei o show inteiro na frente do palco, celebrando como faço todas as vezes, entre stage dive, mosh, e algumas vezes até cantando rs. Quando antes da música “Escapando”, Rodrigo me citou ao palco e explicou que não estamos sozinhos, nós temos a nós. E a partir desse dia 07/05/2023 essa canção se tornou mais que especial.
Após celebrarem 45 anos de carreira com uma turnê de sucesso estrondoso em 2022, Dire Straits Legacy está de volta ao Brasil para realizar 9 shows em diferentes cidades.
Segundo o comunicado divulgado à imprensa, o objetivo é “reviver a inesquecível e mágica atmosfera da icônica banda britânica”. Para isto, o grupo contou com a participação de músicos consagrados e que fizeram parte de diferentes fases da carreira da banda, como Alan Clark (teclados), Phil Palmer (guitarra), Mel Collins (saxofone), Jack Sonni (guitarra), John Giblin (baixo), Marco Caviglia (voz e guitarra), Primiano Dibiase (teclados), Danny Cummings (percussão e voz) e Cristiano Micalizzi (bateria).
Na noite de domingo (07 de maio de 2023) foi a vez da cidade de São Paulo/SP, no Espaço Unimed. A apresentação foi gravada e teve um clima intimista, uma vez que a plateia era inteiramente composta por lugares sentados e havia uma numerosa e bem organizada equipe atendendo ao público diretamente em suas mesas para servir comidas e bebidas.
Apesar da esfera um tanto requintada, o show foi bastante acalorado, tendo um atraso de aproximadamente 20 minutos do horário previsto de início, mas com direito a solos de guitarra, clarinete, saxofone e teclado, além de recheado de canções de sucesso como “Tunnel of Love”, “Romeo and Juliet”, “Sultans of Swing”, “Walk of Life”, “Money for Nothing”, “So far away” e outras canções memoráveis que não deixaram a atração ficar monótona, além de terem interagido e agitado bastante a plateia, o que nos permite dizer que o objetivo do grupo foi atingido.
Ao tocarem as músicas de maior sucesso, toda a plateia fez questão de ficar de pé, dançar e cantar trechos junto com a banda.
O show foi executado com imensa qualidade e dedicação, tornando essa noite de domingo paulistana pra lá de animada!
SETLIST – DIRE STRRAIT LEGACY – ESPAÇO UNIMED – 07 DE MAIO DE 2023
SETLIST 01 – Expresso Love 02 – Skateaway 03 – Ride Across The River 04 – Tunel Of Love 05 – Romeo & Juliet 06 – Telegraph Road 07 – Private Investigation 08 – Your Latest Trick 09 – Walk Of Life 10 – Setting Me Up 11 – The Bug 12 – Sultans Of Swing 13 – Tow Young Lovers 14 – Money For Nothing BIS 15 – Brothers In Arms 16 – So Far Away
Por Thiago Tavares Fotos: Ricardo Matsukawa/Mercury Concerts
O Monsters Of Rock sem sombra de dúvidas é um dos festivais mais agitados para os fãs do Rock e do Metal no Brasil. Desde 1994, ano de sua primeira edição, conquistou a admiração e respeito por todos, trazendo grandes lendas do cenário musical como Megadeth, Black Sabbath, Iron Maiden, entre outros. E quem esteve na primeira edição em 94 no Estádio do Pacaembu, sentiu a nostalgia ao pisar no Allianz Parque, ainda mais que o festival passou por um hiato de oito anos abolindo o formato anterior de dois dias de apresentações.
Este ano, o set foi 100% gringo: Kiss, Scorpions, Deep Purple, Helloween, Candlemass (em substituição ao Saxon), Symphony X e Doro foram os responsáveis em animar a multidão que compareceu e tomou o Allianz Parque em um público estimado em 55 mil pessoas.
No que se pode dizer perante a organização e estrutura é meio que batido no que se diz respeito ao Allianz Parque. Uma vez que a estrutura foi construída com o devido propósito de receber eventos de grande porte e não só eventos esportivos, a organização não teve trabalho em manter o festival em devido funcionamento e ordem. E claro, para um evento de grande magnitude, irão ter alguns problemas no meio do caminho como filas nos banheiros, nas lanchonetes e bares, mas nada que atrapalhasse a diversão de todos. Aqui deve-se destacar com a devida honra o trabalho do pessoal da limpeza, os caixa itinerantes e dos organizadores de fluxo que não deixaram a peteca cair e sempre estavam à disposição em ajudar e orientar os espectadores em obterem a melhor experiência em tudo.
Outro ponto a
se observar foram as estruturas do palco. Uma vez que entrei um pouco antes da
primeira atração, pude observar com detalhes o tamanho da brincadeira, com
destaque aos amplificadores e telões laterais enormes e já imaginando o que
iriam proporcionar para mais tarde, fazendo que realmente quem estivesse
presente, independentemente de onde estava (na pista comum ou nas
arquibancadas) tivesse uma vivência fora do comum.
Quem iniciou os trabalhos da sétima edição do Monsters Of Rock foi a rainha do metal Doro Pesch, onde pela sua quarta passagem pelo Brasil desembarcou com sua banda de apoio, formado pelo guitarrista brasileiro Bill Hudson, Johnny Dee na bateria, Bas Maas na segunda guitarra e o baixista Stefan Herkenhoff. A apresentação começou pontualmente as 11:30 com um público ainda tímido e com um tempo bastante agradável.
Em alguns momentos, ela arrancou coros da galera, sob olhares de satisfação dos músicos, sendo um verdadeiro termômetro de que desempenharam um ótimo papel no palco e que também foi satisfatório ao público presente.
I Rule the Ruins (Warlock)
Earthshaker Rock (Warlock)
Burning the Witches (Warlock)
Fight for Rock (Warlock)
Raise Your Fist in the Air (Doro)
Metal Racer (Warlock)
Hellbound (Warlock)
Revenge (Doro)
All We Are (Warlock)
All for Metal (Doro)
A seguir, entra o metal progressivo marcando presença no Monsters, desta vez com o Symphony X como a segunda atração, banda esta que também há uma lacuna de tempo que não vinha ao Brasil: julho de 2022 para ser mais preciso, quando teve uma passagem pela América Latina, com quatro shows no Brasil. Como não tinham um trabalho mais recente a ser divulgado (o último lançado em 2015 com o álbum Underworld), o grupo fez um mix de sucessos visando os álbuns lançados entre 1996 e 2015.
Mas nem tudo foram flores na apresentação da banda onde problemas técnicos prejudicaram de forma considerável. Ao longo da apresentação, a guitarra de Michael Romeo apresentava um certo ruido (embolada) e chiados da reprodução de alguma base foram percebidos e estas falhas não foram sanadas durante a performance. Fora isso, uma falha no retorno em “Set the World on Fire” deixou Russell Allen bem irritado, ao ponto de pegar o pedestal e atirar para o fundo do palco.
O resultado da saga: O público não abraçou o show deles e era perceptível
quando se via a galera bem pra baixo ou até mesmo dispersa circulando pela
pista ou transitando para outros locais, para poder se alimentar ou ir ao
banheiro. Era tão perceptível isso que em alguns momentos Russell questionou se
a galera estava “acordada” e em outro momento, com uma ironia: “Onde fumo um
desses para ficar tão animado quanto vocês?”
Nevermore
Serpent’s Kiss
Sea of Lies
Without You
Kiss of Fire
Run With the Devil
Set the World on Fire (The Lie of Lies)
O Candlemass teve uma missão difícil no Monsters of Rock, já que a substituição dos lendários britânicos do Saxon não foi bem recebida nas redes sociais do festival. O som pesado e arrastado da banda parecia deslocado em um evento com atrações principais como Kiss e Scorpions. No entanto, o Candlemass não é uma banda iniciante e conseguiu superar as expectativas.
Para começar o show, o sistema de som tocou “Marche Funebre”, tema de Chopin que é tradicionalmente utilizado como abertura nos shows da banda. O baixista e principal compositor, Leif Edling, foi o primeiro a subir ao palco e colocou os óculos, aparentando espanto com a quantidade de gente presente. A banda iniciou o show com “Mirror Mirror”, faixa de abertura de “Ancient Dreams”, seguida de “Bewitched”, com seu riff arrastado que manteve a empolgação do público.
Apesar de dois discos bem recebidos desde a entrada de Johan Längqvist nos vocais em 2018, a banda se focou em seus dois primeiros álbuns. Längqvist interpretou com maestria as faixas de “Epicus Doomicus Metallicus”, gravadas originalmente com ele como contratado sem se apresentar ao vivo com a banda. Lars Johansson não pode comparecer e foi substituído por Fredrik Åkesson, atual membro do Opeth.
A boa resposta do público veio com força em “A Sorcerer’s Pledge”, música do disco de estreia da banda, que terminou com a banda estendendo sua melodia final para os coros dos presentes. A apresentação dos suecos foi encerrada com “Solitude”, recebendo aprovação geral dos presentes.
Ao final da apresentação, o público aplaudiu de pé o Candlemass, que mostrou que o doom metal ainda tem muito a oferecer nos dias de hoje. Com sua técnica apurada, suas melodias envolventes e sua presença de palco imponente, a banda sueca conquistou novos fãs e deixou os antigos ainda mais apaixonados por sua música. Certamente, um presente para quem teve a oportunidade de assistir ao show.
Mirror Mirror
Bewitched
Under the Oak
Dark Are the Veils of Death
Crystal Ball
The Well of Souls
A Sorcerer’s Pledge
Solitude
Assistir ao show do Helloween no Allianz Parque e pode-se dizer que não há experiência mais divertida no heavy metal atual do que essa. O clima entre os guardiões das sete chaves, desde 2016 como um septeto em função das voltas de Michael Kiske (voz) e Kai Hansen (guitarra e voz), é muito bom e isso é transmitido ao público de forma natural.
Durante a apresentação, um problema com a cortina, que deveria cair no primeiro segundo da música de abertura, “Dr. Stein”, ocorreu, mas nem mesmo isso deixou o grupo completo mal-humorado. Levou apenas um minuto até que o tecido fosse removido e a canção rolou normalmente, com os integrantes ocupando as beiradas do palco que não estavam tampadas. Com o Helloween, até um contratempo vira diversão.
O público ficou bastante entusiasmado com a execução de “Eagle Fly Free”, tocada logo após “Dr. Stein”, que foi cantada por vários presentes junto com Kiske, que continua um gigantesco vocalista – talvez até melhor do que na juventude. “Power”, com Deris, também fez a galera vibrar e entoar o fraseado de guitarra na base do “ôôô”.
Devido ao tempo reduzido de show (55 minutos aproximadamente), o medley de “Walls of Jericho” (1985) com Kai Hansen no vocal foi reduzido a apenas “Ride the Sky” e “Heavy Metal (Is the Law)”, o que foi um acerto. Apesar disso, emplacar duas baladas em sequência – “Forever and One (Neverland)” e “If I Could Fly” – esfriou um pouco o público. A primeira foi bem-vinda, especialmente pelos entrosados vocais combinados de Michael Kiske e Andi Deris; a segunda, nem tanto.
A representante solitária do recente álbum homônimo de 2021, “Best Time”, também foi a única a trazer vocais de Kiske, Deris e Hansen – ainda que este último mais fale do que cante por aqui. O encerramento em alto nível com “Future World” e “I Want Out” reforçou o caráter celebrativo da reunião do Helloween. Na última, a vibe era tão festiva que foram atirados ao público diversos balões alaranjados, ilustrados com a abóbora do clássico logo.
Dr. Stein
Eagle Fly Free
Power
Ride the Sky / Heavy Metal (Is the Law)
Forever and One (Neverland)
If I Could Fly
Best Time
Future World I Want Out
Já o show do Deep Purple no Allianz Parque, em São Paulo, foi uma verdadeira celebração à história da banda. Com integrantes como Ian Gillan e Roger Glover, ambos com 77 anos, e outros dois com 74, Ian Paice e Don Airey, o público presente teve a oportunidade de testemunhar a entrega de uma performance honesta e sem artifícios.
Os músicos apresentaram um setlist que valorizou as capacidades físicas dos integrantes mais velhos, mas sem deixar de lado a injeção de peso oferecida pelo guitarrista Simon McBride, de 44 anos. McBride, que é o substituto de Steve Morse, impressionou a plateia com sua bela interpretação das linhas de Ritchie Blackmore, o ex-guitarrista da banda.
O show teve altos e baixos, mas ganhou destaque com músicas como “Highway Star”, “Lazy” e “When a Blind Man Cries”. O público também se animou com o solo de teclado de Don Airey, que incluiu trechos de “Mr. Crowley”, de Ozzy Osbourne, além de clássicos da música brasileira.
A parte final do show foi marcada por “Space Truckin'” e “Smoke on the Water”, que encerraram a parte regular do set e antecederam o primeiro bis do evento. O quinteto retornou ao palco para tocar “Hush” e “Black Night”, tendo um solo de baixo acompanhado por bateria entre elas. Na canção final, o público se dispôs a cantar os riffs em coro e interagir com solos de Simon McBride.
O show do Deep Purple não foi um típico festival a céu aberto, mas sim uma apresentação intimista e contemplativa, que funcionou muito bem para aquele fim de tarde no Allianz Parque. De qualquer forma, a banda entregou uma performance emocionante e verdadeira, que certamente ficará na memória dos fãs brasileiros por muito tempo.
Highway Star
Pictures of Home
No Need to Shout
Uncommon Man
Lazy
When a Blind Man Cries
Anya
Perfect Strangers
Space Truckin’
Smoke on the Water
Hush
Black Night
Quase 45 minutos de intervalo se passaram com filas enormes nos banheiros e bares lotados, mas finalmente as luzes se apagaram e os veteranos do Scorpions subiram ao palco, sem frescuras ou atrasos, para começar o show com “Gas in the Tank”, a faixa de abertura de seu último disco lançado em 2022, intitulado “Rock Believer”.
Apesar de já terem feito nove apresentações em São Paulo, o Scorpions não decepcionou o público e entregou um show emocionante, mesclando algumas músicas do último álbum com hits dos anos 80, ignorando a fase setentista da banda. Isso não foi um problema, já que o público não estava lá para ser surpreendido, mas sim para cantar e se divertir com as músicas que já conheciam.
O desempenho da banda foi incrível, com destaque para a vitalidade e o peso da performance do baterista sueco Mikkey Dee, que se juntou ao grupo após anos tocando com Lemmy Kilmister no Motörhead. Logo de início, a banda tocou “Make it Real” e “The Zoo”, duas faixas do álbum “Animal Magnetism” de 1980, mostrando que estavam ali para arrasar.
Durante a apresentação, a banda fez três pausas instrumentais, fundamentais para que o vocalista Klaus Meine, que já tem 74 anos de idade e histórico de problemas de saúde, pudesse descansar a voz. Meine se esforçou bastante e conseguiu atingir as notas agudas de sua voz, sem decepcionar o público. Rudolf Schenker também deu um show à parte, percorrendo o palco com muita energia, mesmo com seus 74 anos.
As músicas do último disco não receberam a mesma reação do público que os grandes sucessos da banda, como “Bad Boys Running Wild” e “Still Loving You”, que fizeram a plateia cantar em coro e acender as lanternas dos celulares. “Delicate Dance”, uma música instrumental repleta de solos de guitarra de Matthias Jabs, também foi um momento emocionante do show.
Ao final, a banda fechou a apresentação com “Rock You Like a Hurricane”, levando o público ao delírio. Não houve grandes surpresas, mas o show do Scorpions foi emocionante e deixou o público com um gostinho de quero mais. E, se a fila enorme para os banheiros após o show foi alguma indicação, o público não quis perder um minuto dessa experiência incrível.
Gas in the Tank
Make It Real
The Zoo
Coast to Coast
Seventh Sun
Peacemaker
Bad Boys Running Wild
Delicate Dance
Send me an Angel
Wind of Change
Tease Me Please Me
Rock Believer
New Vision
Black Out
Big City Nights
Still Loving You
Rock You Like a Huricane
O show do Kiss no Allianz Parque em São Paulo foi quente e eletrizante. A banda fez uma apresentação inesquecível, levando o público ao delírio com suas músicas clássicas. Mesmo com o frio da noite de outono, a multidão aqueceu a pista com a energia emanada do palco. A banda executou sucessos como “Shout it out Loud” e “Deuce” no início do show, mantendo a empolgação da plateia. Com a execução de “I Love it Loud”, os membros da banda promoveram um verdadeiro show pirotécnico, com Gene Simmons cuspindo fogo no palco.
A plateia era composta por jovens e adultos, com muitos pais levando seus filhos para assistir ao show da banda icônica dos anos 70. A apresentação do Kiss também contou com Tommy Thayer, que se juntou à banda há mais de vinte anos, fazendo um solo de guitarra e animando a multidão com fogos de artifício.
Apesar de ter
sido um festival, o cansaço já era visível em alguns fãs, que estavam presentes
no local havia horas. A música “Say Yes” teve uma reação morna da
plateia, enquanto “Cold Gin” pareceu um lado B obscuro. Mas,
“Calling Dr. Love”, do álbum “Rock and Roll Over”,
restabeleceu a ordem e a empolgação da multidão. O público cantou junto com a
banda a clássica “God of Thunder”, tornando o momento o mais marcante
e satânico da noite.
O bis do show teve “Love Gun” e “I Was Made For Lovin’ You”, que fizeram a multidão dançar e cantar junto. A apresentação terminou com a música “Black Diamond”, sob a voz de Eric Singer, e a banda se retirou do palco. Foi um show inesquecível para os fãs de todas as idades, uma noite quente e repleta de clássicos do rock. O Kiss realmente mostrou por que é conhecido como a banda mais quente do mundo.
Detroit Rock City
Shout It Out Loud
Deuce
War Machine
Heaven’s on Fire
I Love It Loud
Say Yeah
Cold Gin
Lick It Up
Makin’ Love
Calling Dr. Love
Psycho Circus
100,000 Years
God of Thunder
Love Gun
I Was Made for Lovin’ You
Black Diamond
Beth
Do You Love Me
Rock and Roll All Nite
Em nome do Ponto Zero, agradecemos a Mercury Concerts e a Simone Catto da Catto Comunicação pelo fornecimento da credencial para esta cobertura que certamente não sairá da minha cabeça por muito tempo.
Recentemente, a banda CAVALERA, formada pelos irmãos e lendas do Metal Iggor e Max Cavalera, anunciou a regravação dos clássicos do Sepultura, “Morbid Visions” (1º álbum completo lançado em 1986) e “Bestial Devastation” (1º EP lançado originalmente em 1985).
Max Cavalera comentou a respeito: “À medida que vai ficando mais difícil ano após ano, às vezes você precisa voltar para onde tudo começou! Nós regravamos Bestial Devastation e Morbid Visions com o incrível som do AGORA, mas com aquele espírito cru e atemporal. A arte de capa reflete os tempos em que estamos vivendo agora… Apocalíptico como o inferno! Temos também duas novas faixas com riffs daquela época, lembrados de cor”.
Já Iggor Cavalera afirmou: “Sempre senti que as gravações de nossos primeiros trabalhos não soavam iguais à maneira como tocávamos as músicas. Então, este é um momento muito especial em nossas vidas e estamos muito orgulhosos de mostrar a vocês, fãs reais, nossa verdadeira representação dos incríveis discos Bestial Devastation e Morbid Visions com uma identidade visual insana…”
“Morbid Visions” e “Bestial Devastation” foram regravados no The Platinum Underground, produzidos por Max e Iggor enquanto John Aquilino cuidou da engenharia. Já a mixagem e masterização ficou a cargo de Arthur Rizk. O CAVALERA recrutou Eliran Kantor para criar a capa de ambos os álbuns.
Fiquem ligados para mais informação sobre as duas regravações que serão lançadas no Brasil pela parceria entre Shinigami Records e Nuclear Blast Records!
Sábado passado, dia 15 de Abril foi
uma excelente noite de punk nacional no sagrado palco do Sesc Belenzinho.
A lendária banda formada na década
de 1980 na região do ABC paulista Garotos
Podres, lotou a casa e quando cito em lotar é esgotar os ingressos antecipados
e a carga extra que o Sesc libera esporadicamente em alguns casos.
Sob uma garoa ou chuva porém um
clima agradável, as mediações da casa era formada por famílias, um público
formado desde crianças até a terceira e melhor idade conforme diz o ditado
popular.
Pontualmente as 20:30 sobem ao palco
Mao fundador e vocalista, Uel no baixo, Alberto Rinaldi na guitarra e Tony
Karpa que é um dos melhores bateristas em atividade no Brasil atualmente.
Entre a roda punk, abraços e
entoando todas as músicas em uníssono o público foi um show a parte, já no
palco como é de praxe do professor e historiador Mao, ensinava todos os
presentes alguns casos de desigualdades e repressões que ocorreram no período
da ditadura militar brasileira, na qual a música Johnny foi censurada.
Era nítida
a felicidade da banda e da produção em estar naquele espaço, porque o punk
sempre sofreu e ainda sofre uma resistência nos espaços culturais pelo
histórico de uma pequena parcela utilizar de baderna e violência.
É a segunda vez que a banda se
apresenta em uma unidade do Sesc. A primeira foi em
Guarulhos há alguns meses atrás.
A negação do desgoverno passado
(2018 – 2022) é enfatizado pela banda pois a classe cultural sofreu várias
repressões no período e a introdução ao show trouxe o caso que ocorreu na
cidade de Pederneiras– SP, onde garrafa foi lançada ao palco, agressões contra
mulheres e censura por parte da Secretaria de Cultura da cidade que cortou a
energia elétrica do palco e a omissão policial em não intervir no agressor
fanático pelo ex presidente carinhosamente chamado de bozzo pela banda.
Um show punk é saber respeitar
mulheres e crianças no mosh, e saber que o show é 100% político, revolta e
resistência e acima de tudo a liberdade.
Ao todo foram 20 músicas, 17 seguidas
e 3 bis de encerramento, uma grande mescla entre todos os clássicos da banda,
entre eles: Oi, Tudo Bem? Vomitaram no trem, Aos Fuzilados da CSN, Verme,
Subúrbio Operário, entre outras.
Uma noite para ficar na história, um
show para ser lembrado e relembrado sempre por tudo que representou e como
diria o Camarada “Mao” – Avante Camaradas.
Agradecemos ao Sesc Belenzinho pela oportunidade, em especial a Priscila Dias, da assessoria de imprensa que nos recebeu super bem e a toda organização do evento.
GAROTOS PODRES NO SESC BELENZINHO – SETLIST – 15 DE ABRIL DE 2023
No último dia 17 de fevereiro a Áudio Club recebeu um evento “debochado”, os ícones do humor anos 90 Hermes e Renato da extinta Mtv, e os deuses do metal, diretamente de Metal Land a banda Massacration.
Antes de adentrar no evento em si, devo enfatizar a organização e produção do evento que estava impecável e com uma enorme plataforma entre palco e público, abrilhantando mais a interação entre ambos.
A partir de aproximadamente meia noite e alguns minutos sobem ao palco a trupe do Hermes e Renato, duas musas de escola de samba, o anão Trufinha e uma estrondosa bateria de samba.
Como bom apreciador e fã do Hermes e Renato, foi nostálgico relembrar as músicas que se passavam no programa e poder cantar e rir sem medidas.
Porém em contrapartida sou um apreciador da banda Massacration e suas irreverências e mesclas entre o português e inglês, e num evento onde o rock era desejo de boa parte do público, ficou o ponto de desagrado.
Ao todo foram mais de 30 músicas, e 5 apenas do Massacration mesclado com samba, ou melhor Hevy-Samba como Detonator enfatizou.
Uma verdadeira diversidade de sons entre samba, funk, axé e alguns cover como Molejo, Raça Negra e Tim Maia estiveram no set e os clássicos Pira Pira Pirou, Papai Viado, Charles Bronson, To Boladão de Amor, Baranga, e os clássicos do Massacration: Metal Bucetation , Metal Milf, Evil Papagali, The Bull e Metal Is The Law.
O bis ficou por conta do samba que todos “noventistas” conhecem, Unidos do Caralho a 4.
Quem tentou fugir dos bloquinhos de samba espalhados pela cidade, ouviu um samba de forma diferente e com certeza teve risos leves.
O Ponto Zero agradece a oportunidade e o credenciamento.
MASSACRATION NA AUDIO – 17 DE FEVEREIRO DE 2023 – SETLIST
O metal brasileiro está em alta e, sem dúvida, Troops of Doom é um dos maiores destaques dos últimos anos. Composto por Alex Kafer nos vocais e baixo, Jairo Guedz e Marcelo Vasco nas guitarras e Alexandre Oliveira na bateria, o quarteto vem ganhando cada vez mais destaque no cenário musical extremo nacional. No último dia 11 de Fevereiro, a pessoa que vos fala representou o Ponto Zero para acompanhar de perto essa banda que vem chamando a atenção no cenário nacional.
O setlist foi uma verdadeira viagem pela história da banda, cobrindo material dos três lançamentos até agora. O show começou com o excelente e pesado “Act 1 – The Devil’s Tail”, seguido por “Between The Devil And The Deep Blue Sea” e “Altar Of Delusion”.
O set cobriu todos os lançamentos da banda até agora, com “Far From Your God” sendo anunciada após uma breve pausa e interação com o público. Em seguida foi executada“Act 2 – The Monarch”.
O momento mais marcante para o público foi a sequência de “Antichrist” e “Bestial Devastation”, ambas músicas originalmente gravadas pelo Sepultura enquanto Jairo ainda fazia parte da banda, músicas estas que nem o Sepultura ou os irmãos Cavalera tem o costume em colocar em seus shows.
Outra dupla espetacular de clássicos antigos do Sepultura, “Morbid Visions” e “Necromancer”, também foi tocada, fazendo o público enlouquecer e abrir ainda mais mosh pits dentro da comedoria do SESC.
Vale ressaltar que a banda está em uma harmonia incrivelmente forte, e é perceptível que os quatro caras se divertem muito enquanto tocam os sons mais extremos que você pode imaginar, tudo da maneira mais natural possível.
Aqui deve registrar também a presença de crianças no show, demonstrando que não há impedimentos ou barreiras no que diz respeito ao heavy metal. E a imagem que ficou marcado e representa esta conexão é uma criança sob os ombros daquele que é possivelmente seu pai, onde estava bastante animado e curtindo bastante o show. E a alegria e satisfação dela era grande que até mesmo trocou uma interação mais próxima com Jairo Guedz e no fim do show, o improvável aconteceu: subiu no palco e literalmente passeou entre os integrantes da banda. Um misto de curiosidade e surpresa certamente passou pela cabeça dessa criança onde cada integrante cumprimentou e que dificilmente esquecerão este dia.
Sem dúvidas, quem viu o Troops of Doom pela primeira vez, como eu, saiu do SESC muito satisfeito. Um som agressivo, uma porradaria clássica que certamente vai conquistar os adeptos do heavy metal. É uma questão de tempo estarem nos principais festivais do Brasil quiçá do mundo.
Em nome do Ponto Zero agradecemos a Priscila Dias do SESC Belenzinho pelo credenciamento para a realização da cobertura.
TROOPS OF DOOM NO SESC BELENZINHO – 11 DE FEVEREIRO DE 2023 – SETLIST
No último dia 21 de Janeiro, o Tokio Marine Hall recebeu mais uma vez um dos maiores cantores de heavy metal da atualidade. Ele que nos últimos anos vem recebendo ótimas críticas do público acerca dos últimos trabalhos e principalmente do uso de estruturas de palco até então nunca usadas anteriormente no Brasil, Edu Falaschi não decepcionou o público que compareceu a casa para conferir seu terceiro show na capital paulista apostando novamente nos elementos do seu último trabalho intitulado Vera Cruz, de 2021.
Dando por continuidade a Vera Cruz Tour, mais precisamente chegando a parte final, Edu apostou em um set bem diversificado, celebrando o êxito desta série de shows que começou em outubro de 2022 rodando o Brasil, Argentina e Chile. E ele mostrou que está com todo o gás relembrando diversos sucessos do Angra, Symbols e também da carreira solo.
Desta vez, além da banda composta por por Aquiles Priester (bateria), Roberto Barros (guitarra), Diogo Mafra (guitarra), Fábio Laguna (teclados) e Raphael Dafras (baixo), Edu trouxe para compor o espetáculo a Orquestra Sinfônica Jovem de Artur Nogueira, regida pelo maestro Ricardo Michelino no qual trouxe um toque especial nos arranjos das músicas.
Diante da casa quase lotada, o frontman da banda iniciou os trabalhos pontualmente as 22 horas com os dois pés no peito com músicas do Angra e do álbum Vera Cruz (2021). “Nova Era”, “Fire with Fire”, “Acid Rain” e “Sea of Uncertainties” foi a trinca escolhida e que certamente o público respondeu à altura, cantando de forma efusiva, colocando em evidência a aceitação do último trabalho pela galera presente.
Músicos devidamente apresentados em determinado momento do show, Falaschi executa um clássico do Angra: “Caça e Caçador”, adaptação de “Hunters and Prey”, na qual a sanfona da orquestra roubou a cena de forma brilhante e original, uma vez que a música carrega uma linha de música regional, brasileira. Em “Crosses” e “Temple of Hate”, foi um capítulo a parte do show no qual a cozinha da banda também foi testada e a atuação de Rafael Dafras e Aquiles Priester nas execuções é algo fora do comum.
Edu resolveu também revisitar um capítulo antes de sua passagem no Angra: sua passagem na banda Symbols, em meados de 1997. E este capítulo foi bem representado com uma apresentação em violões com as músicas “What Can I Do” e “Hard Feelings” com os ex-integrantes da banda Tito Falaschi e Rodrigo Arjonas, com o acompanhamento de Fábio Laguna.
Em “Heroes of Sand” a música foi dedicada ao pai do vocalista Christan Passos (Wizards) que faleceu no sábado (21). Passos iria se apresentar e soube da lamentável notícia horas antes de subir ao palco. Mais adiante, mais uma mescla entre Angra e Vera Cruz com “Mirror of Delusion” e “Ego Painted Grey”.
Indo para o terço final do show, Edu priorizou os clássicos. “Bleeding Heart” contou com a participação de Andria Busic do Dr. Sin. Em “Arising Thunder” do álbum Aqua (2010) cabe elogiar os arranjos da orquestra na execução da mesma: algo impecável e que caiu como uma luva enquanto em “Angels and Demons” Drafas e Priester voltaram a demonstrar suas técnicas com competência.
Mas a cereja do bolo estava prestes a acontecer. Depois de muita resistência, apelos e pedidos, Edu Falaschi fez a alegria de muitos marmanjos que quando adolescentes curtiram Os Cavaleiros do Zodíaco em meados dos anos 80 e 90. “Pegasus Fantasy” foi o momento em que a galera pegou seus celulares e começaram a gravar e cantar o clássico de várias gerações. De quebra, Falaschi voltou aos tempos em que fazia covers no início de carreira e cantou “The Wicker Man” (Iron Maiden) com participação de seu irmão Tito Falaschi. Para fechar os trabalhos “Rebirth” e “Spread Your Fire” encerram a noite do dia 21 de Janeiro, dando por encerrada a parte brasileira da tour, visto que ainda haverá dois shows no Japão.
A apresentação do último sábado prova mais uma vez que Edu Falaschi consegue aliar sua versatilidade na interpretação com o carisma e presença de palco e que os problemas relacionados à sua saúde, em que um dia quase comprometeram sua continuidade na sua jornada, são coisas do passado. Não é a toa que diante dos clássicos ele vem cantando em plena performance, mesmo as músicas que exigem uma maior entonação de voz, mas com as devidas adaptações.
A banda mais uma vez é um show a parte e prova que o Edu não brinca em serviço quando disse que faria um projeto ousado, no qual convidou músicos altamente gabaritados. Tá certo que ouvindo nas plataformas digitais é uma coisa, mas quando o espectador vê eles em ação ao vivo, o jogo muda e toda a técnica e competência de cada músico é colocado na frente de todos.
Cabe também elogiar a Orquestra Sinfônica Jovem de Artur Nogueira, onde em algumas músicas em especial (“Acid Rain”, “Caça e Caçador” e “Nova Era”) foi de uma competência sem precedentes na colocação dos arranjos, onde deu mais vida às mesmas. Agora, cabe saber se o Edu acertou na proposta nos próximos trabalhos: O uso de orquestra nos próximos discos será a linha a ser trabalhada?
Além disso, a estrutura do palco mais uma vez chama a atenção. Desta vez, com a devida adaptação visto a presença da orquestra, uma sacada genial foi o fundo do palco (uma grande cortina) com a imagem da frente de uma caravela, onde quem estivesse vendo o show no piso superior da casa, sugeria que todos estavam dentro desta caravela fazendo um show.
Agora, é aguardarmos cenas dos próximos capítulos para sabermos o que essa galera irá aprontar ainda este ano, pois Edu Falaschi não mede esforços para trazer um verdadeiro espetáculo a seus fãs e admiradores.
Em nome do Ponto Zero, agradecemos ao Thiago Rahal Mauro da TRM Press e Felipe Martinez do Tokio Marine Hall pelo credenciamento para a cobertura do show.
SETLIST – EDU FALASCHI – TOKIO MARINE HALL – 21 DE JANEIRO DE 2023
Nova Era Fire With Fire Acid Rain Sea of Uncertainties Caça e caçador Crosses The Temple of Hate What Can I Do – Symbols Hard Feelings – Symbols Heroes of Sand Mirror of Delusion Ego Painted Grey Bleeding Heart Viderunt te Aquae Arising Thunder Angels and Demons Pegasus Fantasy The Wicker Man Rebirth Deus le Volt! Spread Your Fire
Após 2 anos sem evento presencial, a BrasilGameShow voltou ao jogo esse ano. Com participações das maiores empresas do ramo, como a Playstation e a Nintendo, o evento contou com diversas ativações, participações de celebridades do meio, cosplayers e muita novidade.
Entre os destaques, está a Nintendo, com um estande repleto de consoles com os principais jogos da gigante do entretenimento. A Sony/Playstation também entregou muita diversão, disponibilizando seus títulos na plataforma Playstation 5, para degustação.
No estande da Twitch rolaram disputas entre os principais streamers, além de ativações com muitos brindes, incluindo uma garra humana, similar às máquinas de “pegar ursinho”, onde o participante era a garra.
No palco principal, diversas personalidades deram as caras, levando o público ao êxtase de poder ver seus ídolos de perto, de forma confortável e organizada.
Entre os patrocinadores, sem duvidas o que mais se destacou foi o Banco do Brasil, com diversas atividades, como cabine de vento com prêmios, piscina de bolinhas com ondas e jogos interativos numa tela touchscreen.
Estandes menores também marcaram presença e fizeram bonito, com uma área indie totalmente dedicada á eles, com dezenas de demonstrações de jogos.
A área de alimentação também não deixou a desejar, com diversas opções, desde sanduíches á macarrão instantâneo.
Com diversos banheiros, ficou claro a preocupação em atender todos os públicos, e fazer todos se sentirem incluídos, pois havia opções “sem gênero”, espalhados por toda a feira.
Apesar de um grande publico, para serviços essenciais como os já citados banheiros, mesas e cadeiras para a alimentação foram o suficientes e praticamente não havia espera ou filas, e quando havia, tudo era muito rápido.
Com uma edição muito bem organizada, todos os dias do evento mostraram o motivo da BGS ser referencia no tipo de evento, e mostrou que sim, a BGS está de volta ao jogo, e melhor do que nunca.
No último dia 17 de setembro, tivemos a honra de testemunhar mais um capítulo da caminhada da banda brasileira Crypta. A Caminhada está se iniciando e já chamando a atenção do público do metal, onde em pouco tempo na estrada, vem arrancando elogios no Brasil e no exterior.
O início, no mínimo, meteórico da banda foi em meio à pandemia e lançando um cartão de visitas de respeito: Echoes of the Soul. A banda se estruturou a partir da saída da baixista e vocalista Fernanda Lira e da baterista Luana Dametto de outro grupo feminino famoso no Brasil e no exterior, o Nervosa.
Diante dessa espinha dorsal, é certeza que pode se esperar um som de qualidade e muito sucesso nesta jornada, mas como Fernanda Lira ressaltou no show que nada disto estaria acontecendo sem o apoio dos fãs e admiradores. E a banda vem levando a sério este relacionamento, onde ao final do show havia uma fila extensa para que a banda assinasse objetos e itens do merchandising vendidos na lojinha.
A banda, apesar de ser nova no cenário musical, passa pela segunda modificação de integrante. No nascimento do grupo, a guitarrista holandesa Sonia Anubis (Cobra Spell) que participou das gravações do disco e participou dos primeiros shows deixou a banda em meados de Abril deste ano e foi substituída por Jessica di Falchi, sendo bastante elogiada pela crítica especializada.
O show em si dispensa apresentações. Quando se fala de SESC Belenzinho, o ambiente é agradável e para quem é marinheiro de primeira viagem, não depositaria todas suas fichas naquele local (mais precisamente a comedoria) para ter um show de metal bem extremo e que dificilmente teriam pessoas de diferentes idades, estilos e afins, logo quem for para lá com esse pensamento irá queimar a língua.
A apresentação se baseou no disco lançado na íntegra e cabe salientar a performance das guitarristas Tainá Bergamaschi e Jessica di Falchi, demonstrando muito entrosamento e presença de palco, ações estas que empolgaram a galera. Fernanda Lira dispensa apresentações como frontwoman, onde ela consegue trazer o público para junto do show para interagir, cantar junto e isso não é de hoje.
O que ela já fazia com competência nos shows da banda Nervosa, trouxe para o Crypta e a galera vai junto com ela. Luana Dametto é outra integrante que também acompanho desde o tempo de Nervosa e de lá para cá é perceptível a evolução da técnica perante as baquetas, onde a mesma executa trechos pesados, com uma velocidade na qual não demonstra dificuldades.
E claro que a repercussão do álbum vem gerando frutos e muitos shows pela frente até o fim de 2022. Já no início de novembro, participam do Festival Primavera Sounds na capital paulista, além de compromissos na Colômbia, Bolívia e México.
Em nome do Portal Ponto Zero, agradecemos a Priscila Dias, da assessoria de imprensa do Sesc Belenzinho pelo credenciamento para a cobertura do show.
SETLIST CRYPTA – SESC BELENZINHO – 17 DE SETEMBRO DE 2022
Intro (Awakening) Death Arcana Possessed Kali Under the Black Wings Starvation Shadow Within I Resign Blood Stained Heritage Dark Night of the Soul From the Ashes
Terça-feira é dia de Rock? Pergunte para as 70 mil pessoas que compareceram e lotaram o Estádio do Morumbi no último dia 10 de maio para a apresentação histórica da banda Metallica em um show da turnê mundial WorldWired que deveria ter acontecido em abril de 2020, mas devido as restrições da pandemia foi adiado para maio de 2022.
A missão para aquecer os motores da galera, foi dada a banda brasileira Ego Kill Talent. Formada em 2014, a banda é formada por Jonathan Corrêa, Jean Dolabella, Theo van der Loo, Niper Boaventura e Raphael Miranda, que mesmo com pouco tempo de palco, mostrou muito entrosamento aos fãs do Metallica que aos poucos ocupavam todos os espaços do Morumbi.
Na sequência, foi a vez da banda americana Greta Van Fleet, banda formada pelos irmãos Josh (vocal), Jake (guitarra) e Sam Kiszka (baixo) e do baterista Daniel Wagner, o grupo tem uma pegada voltada aos anos 70, com destaque aos agudos do vocalista Josh Kiszka que tirou aplausos do publico que já lotava praticamente todo o estádio e para as músicas “Built by Nations” e “The Weight of Dreams” do álbum The Battle at Garden’s Gate lançado em 2021.
Por volta das 21:10, deu início a “Ecstasy of Gold” música do maestro Italiano Ennio Morricone que abre os shows do Metallica desde 1983, onde já foi possível ver toda a estrutura que a banda trouxe para esta turnê pelo país, um telão gigantesco dividido em cinco partes dando uma impressão de 3D, mostrou cenas do filme “The Good, the Bad & the Ugly” (Três Homens em Conflito), clássico estrelado por Clint Eastwood.
A banda abril já com os dois pés no peito com “Whiplash” e “Ride the Lightning” (que também leva o nome do álbum), mais uma vez trouxe ótimas cenas no telão mesclando cenas da banda no palco e a simulação de uma execução por cadeira elétrica, relembrando a capa do álbum clássico de 1984. A noite ficou mais quente com a pirotecnia durante a música “Fuel“.
A sensação é de que sempre ficou faltando alguma música no set, também são mais de 40 anos de banda com hits que fizeram e fazem parte da história do metal mundial, porém, as músicas executadas transformaram o Estádio do Morumbi em um imenso Karaokê, onde 70 mil fãs da banda cantavam em uníssono com o vocalista James Hetfield.
Um show bem mais curto que os apresentados nas turnês passadas, também não é para menos pois a idade e o cansaço da sequência de shows pesam para todos, mas este fator não influenciou na grandeza do show.
Ego Kill Talent – Now! – Sublimated – We All – The Call – Heroes, Kings and Gods – Lifeporn – Last Ride
Greta Van Fleet – Built by Nations – Black Smoke Rising – Caravel – Lover, Leaver (Taker, Believer) – My Way, Soon – The Weight of Dreams – Highway Tune
Metallica – Whiplash – Ride the Lightning – Fuel – Seek & Destroy – Holier Than Thou – One – Sad but True – Dirty Window – No Leaf Clover – For Whom the Bell Tolls – Creeping Death – Welcome Home (Sanitarium) – Master of Puppets Bis: – Spit Out the Bone – Nothing Else Matters – Enter Sandman
Com nova formação, a banda de hardcore metal/punk Oitão será uma das principais atrações da segunda edição do Manifesto Rock, festival que acontece em São Luiz (Maranhão) entre os dias 13 e 14 de novembro. O Oitão é o headliner do primeiro dia de evento.
O Manifesto Rock é uma realização da Fanzine Prod junto à NJ Entretenimento. Em 2021, o festival acontece no Centro de Comercialização de Produtos Artesanais do Maranhão (Ceprama), no Centro Histórico da capital maranhense.
Além do Oitão, o evento conta com outras 15 bandas de diversas vertentes do rock e metal do Brasil, como o projeto da dupla do Angra, o vocalista italiano Fabio Lione com o guitarrista Marcelo Barbosa, que fecharão a noite do dia 14/11.
Também se apresentam no festival a lendária banda carioca Azul Limão, com 40 anos de estrada e clássicos marcantes do heavy metal nacional; Ação Direta e os seus 30 anos de resistência no punk rock e o peso de décadas do Mutilator e sua referência no metal pesado nacional.
Tem ainda Megahertz, thrash metal nordestino com 35 anos de carreira; Corja, direto de Fortaleza, despejando toda a fúria e empoderamento da mulher no palco, mais 9 bandas maranhenses que vão mostrar a força da cena local: Bastardz, Flagrvm, Comportamento Estranho, Unblooded, Purpura Ink, Gods of Rage, Fome, Deep Hatred e Humanrise
Serviço:
Manifesto Rock Local: Ceprama (R. São Pantaleão, 1212) Data: 13 e 14 de novembro de 2021 Horário: 15 horas
Ingressos: Ingresso solidário por dia R$ 30,00 + 1kg de Alimento Passaporte solidário 2 dias R$ 50,00 + 1kg de Alimento Inteira por dia R$ 80,00 Meia por dia R$ 40,00
Pontos de venda: Bilheteria Digital Loja CD Rock Galeria La Ravardiere na rua do Passeio – Centro Gallery Tatto – Shoping da Ilha, Rio Anil Shopping
Oitão com nova formação
O Oitão anunciou recentemente o baterista Bruno Santin, que completa com peso e técnica a formação ao lado de Henrique Fogaça (vocal), Ciero (guitarra) e Tchelo Martins (baixo).
A entrada de Santin solidifica o Oitão para as próximas novidades e lançamentos do quarteto de hardcore/metal.
Bruno Santin é natural de Piracicaba, interior de São Paulo, e é baterista profissional desde a adolescência. Dentre os projetos de destaque do músico estão a Cardiac, Endrah e o Lockdown, projeto death metal criado em meio à pandemia com João Gordo (Ratos de Porão), Antonio Araújo (Korzus e Matanza Ritual) e Rafael Yamada (Claustrofobia e ex-Project 46).
A banda de metal progressivo Symphony X retorna à América Latina em agosto de 2020 com sua turnê especial em comemoração aos 25 anos de carreira do grupo. Será um momento único para todos os fãs latinos: o setlist vai reunir os maiores sucessos da trajetória da banda norte-americana em apresentações majestosas.
Durante 25 anos de carreira, o grupo criado pelo guitarrista Michael Romeo gravou discos inesquecíveis como “Symphony X” (1994), “The Divine Wings of Tragedy” (1997), “The Odyssey” (2002), “Paradise Lost” (2007), “Iconoclast” (2011), além do último trabalho mais recente em estúdio, “Underworld” (2015), com faixas que se destacaram mundo afora, entre elas, “Whitout You” e “Nevermore”.
“Estamos extremamente animados para comemorar este marco em nossa carreira”, diz a banda em comunicado divulgado pelo site oficial. Formada em 1994, em Nova Jersey, nos Estados Unidos, o Symphony X conta atualmente com Michael Romeo (guitarra), Russell Allen (vocais), Jason Rullo (bateria), Michael LePond (baixo) e com Michael Pinnella (teclados).
É preciso ficar ligado para saber todos os detalhes da turnê. Em breve a produtora Top Link Music divulgará mais informações com as cidades, datas e os horários que o Symphony X se apresentará.
Começou hoje, dia 18 de agosto e vai até domingo, dia 20, uma das exposições mais horripilantes do mundo. A HORROR EXPO, feira internacional exclusiva do segmento para Cinema, TV/Streaming, Literatura, Games e Cultura Pop, que trás para São Paulo palestras, workshops, empresas, experiências sensoriais, cosplays, exposições, shows e muita diversão aos visitantes.
Uma das principais atrações é o Celeiro do Horror, da Prevent Senior, que conta com diversos personagens e distribuição de brindes, outro ponto de destaque são os Truckescapes da Escape Time, com uma ambulância ambientada para um possível apocalipse zumbi. Vale a pena visitar também os estandes da Colormake e o Trem Fantasma, uma experiencia tecnológica em VR (Realidade Virtual).
Durante todo evento serão apresentadas amostras e filmes no espaço Cinema, onde tivemos a oportunidade de acompanhar um bate papo com cineasta e escritor Mick Garris, com a apresentação de uma de suas obras, neste espaço também acontecerá a pré-estreia do filme Zumbilândia: Atire Duas Vezes, do diretor Ruben Fleischer, que será exibido na íntegra e com exclusividade no dia 19 de outubro às 17h.
SERVIÇO HORROR EXPO 2019: Datas: 18, 19 e 20 de outubro de 2019 Horário: das 12h às 22h Local: Pavilhão de Exposições do Anhembi Endereço: Avenida Olavo Fontoura, 1209 – Santana, São Paulo/SP
Ingressos: Ingresso individual por dia: 3º Lote: valor promocional a partir de R$ 170,00 (entrada solidária e meia-entrada)
Para saber mais detalhes sobre cada formato de ingresso, assim como opções de pagamento e parcelamento, acesse: horrorexpo.com.br/ingressos/
377 anos, esta é a soma da idade dos integrantes da banda Iron Maiden que realizou o show da turnê Legacy Of The Beast no último domingo, dia 06 de outubro, no Estádio do Morumbi na capital paulista. Engana-se quem pensa que se trata de uma banda de “velhinhos”, pois toda a banda possui uma energia de dar inveja em muitos jovens.
Já no caminho para o Morumbi,
pude perceber que a noite seria fantástica, pois já percebia diversas pessoas
que lotavam o metro com camisetas da banda, também notei algumas famílias
inteiras a caminho do show, é muito legal ver os pais levando seus filhos para
um show de metal.
Chegando ao estádio, fiquei ainda mais impressionado, pois estava totalmente lotado e era notável a ansiedade dos fãs para o início do show, mas antes da atração principal, a responsabilidade de aquecer a galera foi da banda The Raven Age, que tem acompanhado o Maiden durante a Legacy Of The Beast, com a divulgação do álbum Conspiracy lançado em março de 2019.
Formada por Matt James (vocais), Matt
Cox (baixo), Tony Maue (guitarra), Jai Patel (bateria) e George Harris (guitarra),
filho do Steve Harris, baixista do Iron Maiden. A banda faz um metal moderno,
pesado e técnico, e mesmo não sendo uma banda conhecida pela maioria do
público, causou uma boa impressão, inclusive com bons momentos de interação com
a galera.
Pontualmente as 20h, acabou a ansiedade e o Iron Maiden subiu ao palco com “Aces High“, do álbum Powerslave de 1984, um clássico espetacular para fazer os 61mil fãs que lotaram o Morumbi cantar e pular initerruptamente, devo destacar também o cenário, alias a banda abusa deste quesito trazendo um conceito diferente a cada parte do show, avião, vitrais, fogo e uma escultura gigante do Eddie causam um impacto impressionante.
Um show repleto de clássicos e a banda executando as músicas com maestria, com participação do publico em praticamente todas as faixas, regidos pelo vocalista Bruce Dickinson, que fez um show a parte, o jovem vocalista (risos), não parou um minuto, correu, pulou e cantou muito e não deixou de interagir com a galera que respondia o sempre. Mesmo que você não seja fã da banda, é praticamente impossível não se arrepiar na introdução de “Fear of the Dark“, que foi cantada em coro por todos que estavam presente.
Não posso deixar de destacar os demais integrantes do Maiden, a simpatia do baterista Nicko McBrain contagiou os fãs que gritaram o nome dele por diversas vezes durante o show, o guitarrista Janick Gers que girou e jogou sua guitarra o tempo todo, o timbre o baixo do Steve Harris que é característico em todas as músicas da banda, Adrian Smith e Dave Murray que completam a trinca perfeita de guitarras com Gers.
Apesar de sempre querermos ver e ouvir mais, este foi um show completo, não sai de lá com a sensação que tenha ficado alguma música fora do set, mas saímos de lá com a promessa que a banda deverá retornar em breve e que este foi o melhor show que eles já fizeram no Brasil até o momento. Quanta honra SP, posso afirmar que fiz parte disso… 🤘🏽
Setlist: The Raven Age Betrayal of the Mind Promised Land Surrogate The Day the World Stood Still The Face That Launched a Thousand Ships Fleur de Lis Grave of the Fireflies Seventh Heaven Angel in Disgrace
Setlist: Iron Maiden Aces High Where Eagles Dare 2 Minutes to Midnight The Clansman The Trooper Revelations For the Greater Good of God The Wicker Man Sign of the Cross Flight of Icarus Fear of the Dark The Number of the Beast Iron Maiden The Evil That Men Do Hallowed Be Thy Name Run to the Hills
PARAGUAI 20.11 – Asuncion, Paraguay @ Absoluto Rock
A ‘quadrilha’ do Brujeria traz os icônicos Juan Brujo (vocal), Fantasma (vocal, baixo), Bruja Encabronada (vocais femininos), Aa Kuernito (guitarra), Hongo (guitarra), Pinche Peach (vocal e samplers), El Criminal (guitarra), Hongo Jr (bateria). Mas isso pode mudar a qualquer momento, uma vez que os músicos escondem suas reais identidades – por se tratar de uma banda misteriosa, muitos dizem que há músicos famosos da cena metálica entre seus integrantes.
Formado em 1989, o Brujeria possui 3 EPs e 4 álbuns de estúdio – entre eles os clássicos “Matando Güeros” (93) e “Raza Odiada” (1995). O mais recente é “Pocho Aztlan”, lançado em 2016.
No dia 02/08/2019, a banda sueca Narnia lança o seu 8º álbum de estúdio, denominado ‘From Darkness To Light’, pouco mais de um mês antes do início de uma turnê pela América Latina ao lado das bandas Stryper e Tourniquet. O novo material é uma sequencia natural do álbum auto intitulado lançado em 2016 e que marcou o 20º aniversário da banda.
A fagulha acessa com o lançamento do disco ao vivo ‘We Still Believe – Made in Brazil’ (2018) seguiu com a banda para o estúdio, onde foi canalizada e estruturada em 9 canções.
Com suas raízes musicais permanecendo profundas no metal melódico, a banda se estendeu também a um som moderno onde as guitarras ainda dominam, mas que permitem a aparição de sintetizadores analógicos dos anos 70 e 80 ainda percorram a paisagem sonora. As letras continuam verdadeiramente importantes para o Narnia e honram o espírito da banda, com essa herança tem sido bem administrada e refinada.
‘From Darkness To Light’ tem recebido respostas positivas da crítica especializada através do mundo. Recentemente atingiu o primeiro lugar na seção ‘The Jury’ da revista Sweden Rock Magazine, onde 4 profissionais analisam 9 lançamentos. Além disso teve uma boa resenha (8/10) e uma entrevista completa com o vocalista Christian Liljgren. O site brasileiro Metal Na Lata em sua resenha disse que “Se em seus primórdios a banda era mais melódica e menos progressiva, sem se preocupar de soar Heavy Metal, hoje temos uma banda renovada, com um som moderno, maduro, fruto dos anos de rodagem na competitiva cena Power Metal. “From Darkness to Light” é um disco a ser degustado em pílulas.” Um grande começo para esta nova aventura do Narnia que logo depois envolverá o início da turnê ao lado dos já citados Stryper e Tourniquet.
Disponibilizado em todas as plataformas digitais através do selo Sound Pollution (também responsável pelo lançamento físico nos EUA, Europa e Austrália), ‘From Darkness To Light’ tem produção de CJ Grimmark, guitarrista da banda, mixagem por Viktor Stenquist e masterização feita por Jens Bogren (Sepultura, Extol, Symphony X, James LaBrie entre outros) e está sendo lançado simultaneamente no Brasil através de uma parceria entre a Voice Music e Musik Records podendo ser adquirido no link disponibilizado mais abaixo ou em sua loja especializada favorita.
“You Are The Air That I Breathe” (vídeo clipe legendado em português)
“A Crack In The Sky” (vídeo clipe legendado em português)
Stryper + Narnia e Tourniquet em São Paulo Data: 14/09/2019 Local: Tropical Butantã Endereço: Av. Valdemar Ferreira, 93. Butantã, São Paulo/SP Ingressos: https://ticketbrasil.com.br/show/6860-stryper-saopaulo-sp/ingressos/ Informações: https://www.facebook.com/events/2820544031504350/
Stryper + Narnia e Tourniquet no Rio de Janeiro Data: 15/09/2019 Local: Circo Voador Endereço: Rua dos Arcos, s/n – Lapa, Rio de Janeiro/RJ Ingressos: https://checkout.tudus.com.br/circo-voador-stryper-mais-tourniquet-e-narnia/selecione-seus-ingressos Informações: https://www.facebook.com/events/430542487487665
Stryper + Narnia e Tourniquet em Brasília Data: 17/09/2019 Local: Toinha Brasil Show Endereço: SOF, Quadra 9, Guará, Brasília/DF Ingressos: https://ticketbrasil.com.br/show/6863-stryper-brasilia-df Informações: www.facebook.com/events/418740612216751/ Stryper + Narnia e Tourniquet em Belo Horizonte Data: 19/09/2019 Local: Mister Rock Endereço: Av. Tereza Cristina, 295 – Prado, Belo Horizonte Ingressos: https://ticketbrasil.com.br/show/6879-stryper-belohorizonte-mg Informações: https://www.facebook.com/events/263016827944356/
Narnia é: Christian Liljgren – Vocal CJ Grimmark – Guitarra Jonatan Samuelsson – Baixo/Backing Vocal Martin Härenstam – Teclados Andreas “Habo” Johansson – Bateria
Na última terça-feira, dia 18 de Junho, paira uma certa dúvida da pessoa que vos escreve: acompanhar um show para cobertura ao Ponto Zero ou acompanhar Brasil e Venezuela pela Copa América? É claro que Copa América não é uma competição que ganha visibilidade em proporção a Copa do Mundo, mas também não poderia descartar a possibilidade de cobrir um show que uma vez que recebemos o material de imprensa já pensei com meus botões: “Isso será interessante! Por onde passou, sempre aclamado, galera gostando do que está vendo…”. Mediante ao desempenho desfavorável de nossa seleção (com s minúsculo em proporção a bola que está jogando), fui ao teatro para conferir um dos tributos ao Led Zeppelin mais conhecidos no mundo e que voltou a capital paulistana mostrando para o que veio.
A
banda norte-americana Led Zepagain, formada em 1989, formada por pelo
vocalista Swan Montgomery (como Robert Plant), pelo guitarrista Anthony
Thymiakos (como Jimmy Page), pelo baixista/tecladista Jim Wootten (como John
Paul Jones) e pelo baterista Derek Smith (no papel do lendário John Bonham,
falecido em 1980) tem um currículo de banda grande, em proporção ao
reconhecimento do trabalho que fazem, tamanho o realismo que se vê no show. Isso
é demonstrado nos prêmios conquistados em em 2002 e 2005 com o prêmio de melhor
banda tributo da Rock City News Award, onde fora isso, já
possui mais de um milhão de downloads realizados no iTunes.
Já
circulando pelo Shopping Bourbon, onde o Teatro Bradesco fica localizado, era possível
observar os primeiros fãs do Led esperando as portas do local se abrirem para
tomarem seus lugares. Eram homens, mulheres de diversas idades e até crianças,
que com certeza, seus respectivos pais influenciaram muito bem a iniciar a
ouvir rock.
Devidamente
credenciado, adentrei ao teatro, e a cada dia que adentro, me surpreendo com o
local, a arquitetura. Um lugar bem bacana para receber espetáculos e musicais
de grande porte. E com certeza, estava prestes em ver não só um show, mas sim
um espetáculo digno de Led Zeppelin.
Começando
pontualmente as 21:00, a banda já começa com um clássico de 1971: Rock and
Roll. A partir dessa música, já era possível perceber como seria a postura da
banda e a proposta de como iriam levar o espetáculo ao público presente.
E
pasmem: os caras chegaram derrubando a porta. Uma sonoridade que lembra de
forma exata no que foi gravado no ano em questão. É claro que não poderia
passar batido as roupas usadas pelos integrantes da banda, onde praticamente
estavam vestidos a caráter, lembrando os anos 70 com camisas no estilo floral,
calças no estilo boca de sino e sapatos que lembravam o estilo social com um
salto discreto.
Sobre
o vocal, o público não sabia se quem estava no palco era Swan Montgomery ou o
lendário Robert Plant. Ele consegue incorporar o vocalista com uma facilidade
fora do comum em todos os aspectos mesmo: em técnica vocal, vestimenta, até
mesmo na presença de palco com as dancinhas da época. Enfim, pairava a dúvida
ao mesmo tempo que apresentava uma adrenalina no show que empolgava a todos.
Agora
a cozinha, senhoras e senhores do Brasil é um show a parte: imagine uma cozinha
sincronizada e que colocou o show no bolso. Pois bem, Anthony Thymiakos, Jim
Wootten e Derek Smith não tiveram trabalho a reproduzir um set de quase duas
horas de espetáculo, onde a banda passeou literalmente na discografia da banda
executando os grandes sucessos.
É uma pena que desta vez, com a tour teve uma passagem por
São Paulo, entretanto, o show passou por seis localidades no Brasil. Além de
São Paulo, os fãs do Led Zeppelin contemplados foram Porto Alegre, Goiânia,
Belo Horizonte, Florianópolis, Curitiba e Rio de Janeiro.
Espero que muito em breve voltem para São Paulo pois o show
sem sombra de dúvidas é impecável em todos os sentidos. Impecável ao ponto de
esquecer Brasil e Venezuela. Aliás, eles compensaram muito bem com o espetáculo.
Agora com a seleção brasileira…só basta lamentar.
Em nome do Ponto Zero, agradecemos ao Costábile Salzano Jr da
THE ULTIMATE MUSIC – PR pelo credenciamento ao show.
SHOW LED
ZEPAGAIN – TEATRO BRADESCO – SÃO PAULO – 18 DE JUNHO DE 2019
No último dia 26 de maio, a equipe do Ponto Zero bateu ponto novamente no SESC Belenzinho para a cobertura de um show em que muitos diziam que seria o show do ano naquele local devido a banda que se apresentaria e também faz bastante tempo que não apareciam no Brasil, entretanto, o sumiço desta banda foi proporcional a porradaria apresentada por eles, onde ninguém ficou parado literalmente.
Formado atualmente por John Connelly (vocal e guitarra), Glenn Evans (bateria), Dan Lilker (baixo, vocal) e Erik Burke (guitarra), a banda de Nova Iorque Nuclear Assault estava disposto a colocar a comedoria do SESC Belenzinho a baixo em dois shows bastante esperados pelo público. Mas dois shows? Sim! A banda se apresentou em duas datas, 25 e 26 de maio (quinta e sexta-feira) para delírio dos headbangers que não perderam tempo e esgotaram os ingressos em pouco tempo, praticamente esgotado em 2 semanas.
O grupo de trash metal estadunidense estava ansioso demais por desembarcar no Brasil, sendo que sua última passagem ocorreu em Agosto de 2015, onde até se cogitava naquela época que seriam as últimas apresentações, algo que não aconteceu e de lá para cá, vem fazendo shows esporádicos. Ao retornar em terras brasileiras, a banda passou antes por Recife (PE), Limeira (SP), Rio de Janeiro (RJ), e Vila Velha (ES) para finalmente encerrar essa passagem com chave de ouro na capital paulista.
Pontualmente as 21h30 min, a banda sobe ao palco sendo ovacionado pela galera presente que lotou a Comedoria do SESC, onde de início, Johon Connelly agradeceu quem estava presente e já iniciou com uma trinca clássica da banda, referente ao segundo álbum da banda intitulada Survive (1988): Rise from the Ashes, Brainwashed e F#.
Entre as três primeiras músicas executadas no show, algo me chamou bastante a atenção e que demonstra que o povo queria muito colocar o terror no SESC Belenzinho. Em Brainwashed, os headbangers começaram a subir ao palco e cantar junto com John Connelly. Enquanto um se jogava para os braços da galera, outro imediatamente subia ao palco, dividia os vocais e também se jogava. Nessa altura do campeonato, os seguranças já não sabiam mais o que fazer, uma vez que o cordão que divide o público do palco já tinha sido rompido. Enfim, a festa já estava completa ao modo dos headbangers mais extremos. Em meio ao povo que já estava eufórico com cada música executada, Connelly gentilmente pediu para que as pessoas subissem sim ao palco, mas que preservassem os equipamentos.
Mais adiante, o grupo apresentou mais do seu trash metal rustico com Vengeance e After the Holocaust, ambas do álbum Game Over (1986). Ambas na execução destas músicas, a galera não ficou parada e foi mosh atrás de mosh, foi algo fora do comum e algo que não tinha visto.
E o povo, ao contrário da primeira noite, resolveu protestar politicamente após a execução de Critical Mass, o povo soltou o coro de “Fuck Bolsonaro”. O baixista Dan Lilker foi na onda e trocou o nome para o norte-americano Donald Trump, algo que também me chamou a atenção em meio a situação política em nosso país e que até mesmo, a liberdade de expressão começou a ser questionada no campo do rock e do heavy metal, algo que já acontece há muito tempo e de pleno conhecimento de todos.
Houve
também a parte mais hardcore da banda que foi apresentada, mais para o final do
show. O hardcore ficou por conta das faixas My
America, Hang the Pope e Lesbians,
onde apenas Lilker consegue cantar de forma bem impressionante, devido a sua
técnica vocal.
Sem sombra de dúvidas, esta foi uma das melhores apresentações do Projeto Música Extrema e no qual esperamos também que o Nuclear Assault continue pela estrada nessa caminhada, tocando o terror por onde passa, com os grandes sucessos e também com novos trabalhos. Aqui deixo meus parabéns ao SESC pela continuidade do projeto.
Em nome do Ponto ZerØ, agradecemos a Poliana Queiroz, da área de Comunicação do SESC Belenzinho pelo fornecimento das credenciais.
SETLIST
NUCLEAR ASSAULT – SESC BELENZINHO 26 DE ABRIL DE 2019
Rise From the Ashes Brainwashed F# Vengeance Radiation Sickness New Song Critical Mass Game Over Butt Fuck Stranded in Hell Sin Betrayal Analogue Man in a Digital World F# (Wake Up) My America Hang the Pope Lesbians Trail of Tears
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